A arte da animação: intercruzamentos entre o teatro de formas animadas e o cinema de animação

MEDEIROS, Fábio Henrique Nunes. A arte da animação: intercruzamentos entre o teatro de formas animadas e o cinema de animação. Tese (Doutorado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2014.

Palavras-chave: Anima, Cinema de animação, intercruzamento de linguagens, Teatro de animação.

Resumo: Esta pesquisa se propõe a analisar os intercruzamentos entre o teatro de formas animadas e o cinema de animação por meio de suas conjecturas históricas, estéticas e operacionais, partindo do pressuposto de que as duas linguagens têm nas suas gêneses a anima. Para tal, foi realizado um mapeamento histórico e conceitual das duas linguagens, investigando os fatores que as bifurcam, as afastam e as imbricam, especialmente, por meio de uma amostragem de práticas artísticas do teatro de formas animadas, do cinema de animação e de modalidades identificadas como convergentes para o objeto, tais como os autômatos, tecnologias e virtualidade. Por uma questão metodológica da característica interdisciplinar do objeto e de sua extensão, fez-se necessário um recorte que parte do macro para o micro, elegendo uma amostragem que contempla o tripé conceitual, histórico e estético. Devido à área de cobertura do campo do objeto, a pesquisa aborda várias vertentes de conhecimentos vernaculares e atuais, teóricos e práticos, num movimento recorrentemente pendular. Assim, apresenta uma amostragem que teve como critério artistas de excelência que convergem para o objeto, entre eles: Lotte Reiniger, Ji?í Trnka, Norman McLaren, Jim Henson, Michel Ocelot, Tim Burton, Cia Lumbra e Cia Pequod, bem como outros exemplos esparsos.

Acesse aqui.

5/5

A máscara no teatro moderno: do avesso da tradição à contemporaneidade

MACHADO, Vinicius Torres. A máscara no teatro moderno: do avesso da tradição à contemporaneidade. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2009.

Palavras-chave: Caráter, Figura, Grotesco, Máscara, Modernismo, Tipo. 

Resumo:  trabalho apresenta algumas das iniciativas para a retomada da máscara no teatro moderno. No amplo quadro da primeira metade do século XX, escolhemos quatro principais artistas que abordaram esse objeto: Gordon Craig, Meyerhold, Jacques Copeau e Jacques Lecoq. Nestes a máscara não é apenas mais um elemento colocado em cena, mas também um princípio organizador da teatralidade que almejam. Através de seus trabalhos analisamos algumas características da máscara que podem ser reelaboradas no teatro contemporâneo. Em Gordon Craig, abordamos as primeiras proposições dentro do teatro simbolista, além do panorama da máscara no início do século XX; através de Meyerhold, pudemos traçar os elementos grotescos contidos na máscara; com Jacques Copeau, questionamos os conceitos de caráter e de tipo e, através da pedagogia de Jacques Lecoq, pudemos analisar o trabalho da máscara como signo representativo. A partir dos elementos abordados, apontamos uma proposição de trabalho com a máscara que procura aproximá-la do conceito de figura.

Acesse aqui.

5/5

O ator no teatro de animação contemporâneo: trajetórias rumo à criação da cena

CASTRO, Kely Elias de. O ator no teatro de animação contemporâneo: trajetórias rumo à criação da cena. Dissertação (Mestrado em  Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2009.

Palavras-chave: Ator, Ator-manipulador, Processo de Criação, Teatro Contemporâneo, Teatro de Animação.
 
Resumo: Partindo do caráter híbrido do Teatro de Animação, o presente estudo analisa aspectos de procedimentos criativos que se apresentam como especificidades na trajetória do ator rumo à criação da cena nesta linguagem. Para tanto, vale-se de pesquisa de campo realizada nos seguintes grupos teatrais dedicados ao Teatro de Animação e atuantes na cidade de São Paulo: Cia. Truks, Sobrevento, Morpheus Teatro e Seres de Luz Teatro. Neles foram observados processos de criação de espetáculos, bem como procedimentos em treinamentos e oficinas. O estudo ampara-se ainda em pesquisa de escopo teórico referente às relações estabelecidas entre artes plásticas e cênicas no Teatro de Animação contemporâneo e aos métodos de trabalho e preparação do ator, bem como aspectos concernentes a sua atuação com objetos, bonecos, máscaras e outros materiais. O resultado revela uma reflexão verticalizada em direção às particularidades que se apresentam nos procedimentos de criação da cena pelo ator-manipulador.
 

Acesse aqui.

5/5

Monstro-máscaras videográficas: vontade de potência na lei do eterno retorno

BARBOSA, Roberto Gomes. Monstro-máscaras videográficas: vontade de potência na lei do eterno retorno. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2014.

Palavras-chave: Denis Marleau, fáustico, máscaras, máscaras videográficas, Monstros, Otávio Donasci, prometeico, sociedade do controle, teatro.

Resumo: A pesquisa analisa como a forma do monstro e o conceito da máscara atravessam o tempo histórico como elementos paradoxalmente de coerção social e política, como também exercem a função de objeto de transformação pessoal. Munidos destas duas abstrações, o videoperformer brasileiro Otávio Donasci e o encenador canadense Denis Marleau utilizam máscaras videográficas e, através de suas obras, revelam respectivamente as aspirações das sociedades de controle: prometeica e fáustica.

Acesse aqui.

5/5

No teatro todo corpo é máscara: a prática do mascaramento e seus desdobramentos a partir do trabalho do Théatrê du Soleil

DUARTE, Rudson Marcelo. No teatro todo corpo é máscara: a prática do mascaramento e seus desdobramentos a partir do trabalho do Théatrê du Soleil. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2017.

Resumo: A relação entre a linguagem da máscara e o corpo do ator é estudada desde o início do século XX por diversos artistas-pedagogos, como Gordon Craig, Jacques Copeau e Jacques Lecoq. Mas a influência dessas pesquisas no trabalho dos atores do Théatre du Solei entende uma perspectiva diferencial acerca de como esse corpo reage e se deixa afetar durante a experiência com a máscara. Essa pesquisa busca entender os traços significativos dessa escrita do Soleil, realizada com máscara no corpo do atuante e seu mascaramento resultante: o corpo-máscara. Através de estudos sobre o Interacionismo Simbólico de Goffman, da neurociência de Mark Johnson e da sua relação com os trabalhos artísticos integrados de Helena Katz e Christine Greiner, buscamos observar como a relação do corpo com o atravessamento simbólico da máscara pode criar uma cognição e imagética para o ator, ao mesmo tempo esse olhar fora conduzido para uma aproximação com o trabalho artístico com as máscaras no Soleil, para depois realizarmos uma experimentação laboratorial, que nos pudesse fazer entender esses traços em uma prática, que elucidasse tais conceitos e perspectivas.

Acesse aqui.

5/5

O olhar sob a máscara : a razão de Estado nas origens do Direito Público moderno

VITA, Caio Druso de Castro Penalva. O olhar sob a máscara : a razão de Estado nas origens do Direito Público moderno. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal de Pernanbuco, 2002.

Palavras-chave: Estado de direito; Direito publico

Resumo: Na modernidade, a conotação atribuída ao discurso da razão de Estado é francamente negativa. Ela é vista como um correlato do arbitrário no exercício de um poder que, à falta de razões, faz da força o seu único argumento. À repulsa contra essa face diabólica do poder corresponde uma recusa terminante que se opõe ao seu estudo. Entre nós, pouco ou quase nada é dito sobre ela. É generalizado o silêncio a respeito dessa máscara de que se afirma ser forjada em nome do injustificável, para perverter o Estado de Direito num estado sem direitos. Recuperando as raízes da tratadística da razão de Estado, o propósito deste trabalho é demonstrar que, por trás daquela máscara, existe ali um olhar que lhe confere uma positividade insuspeita. Aqui, a razão de Estado é examinada no contexto das transformações havidas no pensamento ocidental, a partir da instituição de uma nova ordem e de um novo mundo construídos, pelo homem e para o homem, para fundamentar a sua ação. Contra a negatividade normalmente atribuída à teórica da razão de Estado, o objetivo desta pesquisa é demonstrar como ela influenciou na criação de um espaço público e comum para as relações humanas, e como foi concebida mais como um discurso de convencimento do que como um contra-argumento alçado pela força do poder político. Como um ensaio, enfim, de fundamentação humana para os negócios humanos.

Link: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4463

5/5

Tudo isso é bonito! O festival das máscaras ramkokamekrá : imagem, memória, Curt Nimuendajú

BARROS, Nilvânia Mirelly Amorim de. Tudo isso é bonito! O festival das máscaras ramkokamekrá : imagem, memória, Curt Nimuendajú. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, 2013.

Palavras-chave: Coleção etnográfica; Máscaras indígenas; Fotografia; Memória.

Resumo: Um valioso acervo com cerca de 2.300 peças etnológicas e 900 arqueológicas formam a Coleção Etnográfica Carlos Estevão de Oliveira, que se encontra no Museu do Estado de Pernambuco. Entre os mais de 54 povos indígenas com objetos que constituem a coleção, um expressivo acervo remete ao povo Ramkokamekrá-Canela. Impulsionado pelo envolvimento com a Coleção Carlos Estevão, este trabalho é resultado de um estudo no campo das investigações antropológicas da memória e da imagem fotográfica entre o povo Ramkokamekrá-Canela. Pretende-se discorrer sobre algumas questões teóricas que fazem interface da antropologia visual com a memória social, e apresentar dados decorrentes da pesquisa de campo entre índios Ramkokamekrá da aldeia Escalvado, o confronto destes com as fotografias tiradas por Curt Nimuendajú, em especial o relato da memória dos membros mais velhos que vivenciaram a festa das máscaras, o Kokrit, quando esta era ainda uma forte prática entre eles.

Link: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12113

5/5

Lugares, tradições e rostos: máscaras no carnaval de Pernambuco objetos que falam sem calar sujeitos

COSTA, Maria das Graças Vanderlei da. Lugares, tradições e rostos: máscaras no carnaval de Pernambuco objetos que falam sem calar sujeitos. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade de Pernambuco, 2013.

Palavras-chave: Carnaval; Imaginário; Estética; Tradição; Máscara; Memória; Identidade; Identificação; Ator-Rede.

Resumo: Dentre as diversas brincadeiras que compõem o Carnaval pernambucano, os folguedos dos mascarados destacam-se pela riqueza imagética: uma tradição viva que envolve brincantes, moradores e visitantes. Um perene processo de formação, transformação e ampliação de grupos insere os participantes em uma lógica de identificação com o movimento da Cultura da Tradição. O universo simbólico e a estética que cercam os folguedos marcam a memória dos indivíduos e dos lugares, acionando construções identitárias em função da visibilidade dos mascarados, que se tornam representantes das cidades. A máscara é elemento primordial para a formação de uma teia de entendimentos sobre as relações que constroem a dinâmica das brincadeiras. Seguindo uma opção teórico-metodológica pautada nos direcionamentos da teoria ator-rede, no âmbito da Antropologia das Ciências e das Técnicas, reconheci a máscara como objeto-sujeito e visualizei a existência de uma rede sociotécnica que a envolvia. As máscaras narraram histórias sobre mudanças e permanências, amenidades e controvérsias, sob a égide de uma tradição compartilhada. Formatando a Cartografia das máscaras nos 185 municípios de Pernambuco, escolhi como referencial empírico, para um maior aprofundamento da pesquisa, as centenárias brincadeiras dos Papangus de Bezerros e dos Tabaqueiros de Afogados da Ingazeira. Bezerros, conhecida como a Terra dos Papangus, vivencia um grandioso Carnaval: um espetáculo de proliferação de imagens, propagado pela indústria cultural e de turismo. Os Tabaqueiros têm uma visibilidade ainda restrita ao âmbito local, porém ampliada a cada ano, num processo de reconhecimento da importância da brincadeira. O estalido dos chicotes, o silêncio enigmático dos brincantes, a beleza e criatividade das fantasias, o som dos chocalhos e a força das máscaras despertam sentimentos e provocam emoções. Partindo das peculiaridades dos lugares onde se desenvolvem os folguedos, segui uma trajetória construída sobre os alicerces das recorrências temáticas que afloraram do intenso trabalho etnográfico e auxiliaram o direcionamento de meu olhar. O segredo, o medo, a vaidade e o prazer foram como fios que desenharam uma manta de conhecimento e entendimento, bordando a vida e a história dos brincantes, dos lugares e das máscaras.

Link: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11905

5/5

Teatro de bonecos como dispositivo pedagógico: uma experiência de alteridade com estudantes do ensino regular

MENDES, Marcelo Silva. Teatro de bonecos como dispositivo pedagógico: uma experiência de alteridade com estudantes do ensino regular. Dissertação (Mestrado) – UDESC, 2018.

Palavras-chave: Escola pública, Teatro de bonecos, Alteridade,

Resumo: Este artigo apresenta parte de uma pesquisa de campo desenvolvida em uma Escola Estadual de Ensino Médio, localizada na região da grande Florianópolis, Santa Catarina. A pesquisa consiste no uso do teatro de bonecos com a técnica de animação direta-visível por alunos de nível Médio regular na disciplina de Artes. O objetivo da pesquisa é experimentar a relação entre os princípios técnicos da linguagem mencionada, o processo de conscientização corporal e a importância do saber da experiência, segundo Jorge Larrosa, a partir do uso do teatro de bonecos. Embora utilize o termo “dispositivo pedagógico” de Basil Bernstein, não tenho a pretensão de aprofundar, neste momento da pesquisa, esse modelo teórico que define o que pode ser um dispositivo pedagógico. O termo é desenvolvido por Bernstein (1996) como uma condição para a produção, a reprodução e a transformação da cultura. O autor afirma que existem três tipos de regras que constituem um dispositivo pedagógico, sendo elas: regras distribuitivas, regras recontextualizadoras e regras avaliativas (BERNSTEIN, 1996). A teoria do dispositivo pedagógico foi idealizada como um “modelo de análise processual, em que um campo específico de conhecimento, uma disciplina escolar, por exemplo, pode ser transformada ou ‘pedagogizado’ a fim de constituir conhecimentos e conteúdos escolares, além de relações transmitidas” (MAINARDES; STREMEL, 2010). Entretanto, é possível estabelecer um paralelo entre o sentido duplo da palavra “manipulação” e a semelhança entre a exigência da existência de um processo de conscientização corporal para realizar uma animação adequada com a importância do “dispositivo pedagógico” na descrição e análise das relações que se estabelecem no interior das salas de aula, denunciando as suas estruturas de poder e controle social. Esta estratégia de ação relaciona-se com a exploração de criação no ambiente de ensino, dentro de uma atmosfera de valorização da alteridade, de modo que seja possível o desenvolvimento de reflexões e questionamentos sobre práticas pedagógicas e processos de ensino e aprendizagem no contexto escolar. A pesquisa proposta é parte do desenvolvimento de uma pesquisa de Mestrado Profissional em Artes (PROF-ARTES).

Link: https://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/11687/7563

SHAKESPEAREAN PUPPETS: Dramatic and human bodies manipulated

MACIEL, Aline. SHAKESPEAREAN PUPPETS: Dramatic and human bodies manipulated. Dissertação (Mestrado em Letras) – UFSC, 2010.

Palavras-chave: Shakespeare, Adaptação, Teatro de Formas Animadas.

Resumo: Através de um estudo sobre adaptações de peças de Shakespeare para o Teatro de Formas Animadas, essa pesquisa explora adaptações do corpo dramático e humano, discutindo reescrituras de Shakespeare em um espetáculo representado com bonecos, enfocando a questão da adaptação do corpo humano e do corpo dramático de Shakespeare. O corpus é a peça 100 Shakespeare, representada pela Compania brasileira Pia Fraus, que consiste na adaptação de nove peças de Shakespeare para o Teatro de Formas Animadas. As esquetes selecionadas são: Hamlet, Otelo e Titus Andronicus uma vez que estas apresentam elementos que caracterizam adaptações textuais e corpóreas. Esta dissertação utiliza parametros teóricos, sobretudo, de Linda Hutcheon, que aponta que cada pessoa experiencia uma mesma adaptação diferentemente de outra por causa de sua formação; de Patrice Pavis, que acredita que uma adaptação pode modificar o significado de uma peça; de Ana Maria Amaral, que define “boneco” como objeto inanimado que retrata seres humanos ou animais e que é animado por um ator-manipulador; de Pilár Amorós e Paco Parício, que contribuem com diversas idéias a repeito do Teatro de Formas Animadas; de Valmor Nini Beltrame, que apresenta alguns princípios da manipulação de bonecos; e das idéias de Heinrich von Kleist a respeito da superioridade da marionete em relação ao serhumano. Baseando-se nos parametros identificados, esta dissertação aponta para as possibilidades de considerar os bonecos adaptações do corpo e da mente humana e humanizações de personagens Shakespeareanas, analisando como as esquetes são adaptadas, como os bonecos são manipulados e como as personagens são desenvolvidas. 

Link: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/94017