A máscara do diabo e o corpo diabólico: da construção imagética, ritualística e teatral aos mascaramentos carnavalescos.

PINTO, Danilo Correa. A máscara do diabo e o corpo diabólico: da construção imagética, ritualística e teatral aos mascaramentos carnavalescos. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2020.

Palavras-chave: Carnaval, Corpo, Diabo, Máscara, Mascaramento. 

Resumo: Esta dissertação é o resultado de um trabalho prático-teórico sobre a máscara do Diabo e suas formas de mascaramento no universo das Artes Cênicas e da Cultura popular. Apresenta um percurso analítico sobre a construção iconográfica do Diabo e sua compreensão artística enquanto máscara constituída por aspectos específicos em diferentes contextos históricos. Entendendo a figura do Diabo como algo atravessado por características sociais, políticas e culturais, a pesquisa ressalta processos ritualísticos e teatrais nos quais o Diabo esteve imerso e de onde se expandiu para outros campos do simbólico e do imaginário popular. A partir disso, a máscara do Diabo é observada no âmbito das festividades sacro-profanas populares, com destaque para a festividade carnavalesca dos desfiles de Escolas de Samba em que a expansão e o desdobramento artístico da figura do Diabo emergem de processos de mascaramentos. Tais processos são denominados de mascaramentos carnavalescos que instauram um corpo diabólico no Carnaval. Portanto, esta dissertação busca explorar as formas possíveis da máscara do Diabo dentro de um contexto artístico, popular e contemporâneo de um desfile de Escola de Samba.

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Incorrigíveis: teatro, festa e carnaval em uma poética pícara

CAMPOS, Alysson Lemos. Incorrigíveis: teatro, festa e carnaval em uma poética pícara. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal do Ceará, 2020.

Palavras-chave: Pícaros, Incorrigíveis, Carnaval, Festa, Teatro.

Resumo: A presente dissertação tem como objetivo lançar um olhar sobre os processos de criação do coletivo de teatro de rua Os Pícaros Incorrigíveis (Fortaleza/CE) desbravando os possíveis desdobramentos de uma poética pícara. A pesquisa tem como principal paisagem de investigação o espetáculo Devorando Heróis: a tragédia segundo os pícaros (2017), se configurando como um espaço de fértil elaboração dos pensamentos do Coletivo, sendo estes embebidos pela festa e pelo carnaval, elementos que configuram um arcabouço conceitual que atravessa as relações pícaras, incidindo desde as suas proposições estéticas, aos modos de convivência. Reconhecendo tratar-se de uma poética que está amparada em uma fronteira liminar entre a vida e o teatro que os integrantes se propõem a conceber a partir de uma visão de mundo carnavalizada. Os caminhos metodológicos percorridos assumem também uma natureza pícara, que em diálogo com o Coletivo alimenta a discussão a partir das mesas de bar que o grupo costuma habitar, celebrando, bebendo e devorando todas as referências que possam interessar na elaboração de uma poética que assim como os Pícaros se sustentam incorrigíveis.

Link: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51399

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Lugares, tradições e rostos: máscaras no carnaval de Pernambuco objetos que falam sem calar sujeitos

COSTA, Maria das Graças Vanderlei da. Lugares, tradições e rostos: máscaras no carnaval de Pernambuco objetos que falam sem calar sujeitos. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade de Pernambuco, 2013.

Palavras-chave: Carnaval; Imaginário; Estética; Tradição; Máscara; Memória; Identidade; Identificação; Ator-Rede.

Resumo: Dentre as diversas brincadeiras que compõem o Carnaval pernambucano, os folguedos dos mascarados destacam-se pela riqueza imagética: uma tradição viva que envolve brincantes, moradores e visitantes. Um perene processo de formação, transformação e ampliação de grupos insere os participantes em uma lógica de identificação com o movimento da Cultura da Tradição. O universo simbólico e a estética que cercam os folguedos marcam a memória dos indivíduos e dos lugares, acionando construções identitárias em função da visibilidade dos mascarados, que se tornam representantes das cidades. A máscara é elemento primordial para a formação de uma teia de entendimentos sobre as relações que constroem a dinâmica das brincadeiras. Seguindo uma opção teórico-metodológica pautada nos direcionamentos da teoria ator-rede, no âmbito da Antropologia das Ciências e das Técnicas, reconheci a máscara como objeto-sujeito e visualizei a existência de uma rede sociotécnica que a envolvia. As máscaras narraram histórias sobre mudanças e permanências, amenidades e controvérsias, sob a égide de uma tradição compartilhada. Formatando a Cartografia das máscaras nos 185 municípios de Pernambuco, escolhi como referencial empírico, para um maior aprofundamento da pesquisa, as centenárias brincadeiras dos Papangus de Bezerros e dos Tabaqueiros de Afogados da Ingazeira. Bezerros, conhecida como a Terra dos Papangus, vivencia um grandioso Carnaval: um espetáculo de proliferação de imagens, propagado pela indústria cultural e de turismo. Os Tabaqueiros têm uma visibilidade ainda restrita ao âmbito local, porém ampliada a cada ano, num processo de reconhecimento da importância da brincadeira. O estalido dos chicotes, o silêncio enigmático dos brincantes, a beleza e criatividade das fantasias, o som dos chocalhos e a força das máscaras despertam sentimentos e provocam emoções. Partindo das peculiaridades dos lugares onde se desenvolvem os folguedos, segui uma trajetória construída sobre os alicerces das recorrências temáticas que afloraram do intenso trabalho etnográfico e auxiliaram o direcionamento de meu olhar. O segredo, o medo, a vaidade e o prazer foram como fios que desenharam uma manta de conhecimento e entendimento, bordando a vida e a história dos brincantes, dos lugares e das máscaras.

Link: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11905

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Um panorama do traje teatral brasileiro na quadrienal de Praga

ROCHA, Rosane Muniz. Um panorama do traje teatral brasileiro na quadrienal de Praga (1967-2015). Tese (Doutorado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2016.

Palavras-chave: Bienal de São Paulo, Carnaval, Cenografia, Figurino, Quadrienal de Praga, Traje de cena.

Resumo: São raras as oportunidades para expor um traje de cena fora da cena, em uma exposição na qual seja possível refletir sobre a obra criada, seu processo de trabalho e propostas cênicas, tanto no País quanto no exterior. A maior exposição internacional de performance design acontece, há 58 anos, na República Tcheca, tendo reunido artistas, pesquisadores e estudantes de 90 países, na última edição, em 2015. Durante a Quadrienal de Praga (1967-2015), o Brasil já foi premiado diversas vezes, incluindo o prêmio máximo da PQ: a Triga de Ouro, em 1995 e 2011. Porém, a falta de uma instituição responsável pela organização da participação do País causa instabilidade nas formas curatoriais, além de escassez de verba. Este estudo investiga como o traje de cena do teatro brasileiro é representado na exposição internacional. Um percurso que se faz necessário iniciar na Bienal Internacional das Artes Plásticas do Teatro (1957 a 1973), evento criado como um quadro pertencente à Bienal de São Paulo e que, após sua quinta edição, faria surgir a exposição tcheca. Uma documentação inédita, com amplo resgate documental e iconográfico, compõe esta tese e serve como fundamental objeto de estudo para reconhecer qual a posição do traje cênico nesta trajetória de vinte edições, construída ao longo de 58 anos, para possibilitar a investigação da hipótese desta tese: confirmar se, no histórico da participação brasileira, entre 1987 e 2003 – quando a representação do país esteve aos cuidados do cenógrafo J. C. Serroni – houve algum tipo de preferência curatorial por artistas e/ou trabalhos cujos trajes de cena tenham reforçado uma possível presença de influência na construção da imagem do figurino teatral de acordo com estereótipos da cultura brasileira, em destaque as características estéticas do Carnaval.

Link: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-22092016-153159/pt-br.php

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