SCHEFFLER, Ismael. Babel: o processo de criação do espetáculo teatral: catálogo da exposição. Curitiba, UTFPR, 2013.
Resumo: Este catálogo documenta dois importantes projetos de extensão e pesquisa realizados na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba, no ano de 2013: o espetáculo teatral Babel e a exposição Babel: o processo de criação do espetáculo teatral. Ambas atividades foram desenvolvidas pelo Programa de Extensão Desenvolvimento Cenográfico, da UTFPR, que foi contemplado com recursos públicos pelo edital do Programa de Extensão, da Secretaria de Ensino Superior, do Ministério da Educação (PRoExt 2013 – SESu/ MEC). A exposição apresenta o percurso criativo do espetáculo Babel, desenvolvido em conjunto com outro programa de extensão da UTFPR, o TUT – Grupo de Teatro da UTFPR, grupo universitário e amador, que, em 2013, completou 40 anos de atividades. Neste catálogo, são apresentados primeiramente os grupos e os agentes que realizaram estas ações culturais. A seguir, é apresentada a trajetória de produção do espetáculo em seus aspectos pedagógicos e criativos, procurando dar ao público em geral acesso a um conhecimento nem sempre disponibilizado: como um espetáculo teatral é produzido. Por fim, é apresentada uma seleção de fotos que retratam o espetáculo Babel.
SCHEFFLER, Ismael; SOUZA, José Marconi Bezerra de (orgs.). Caricaturas e tipos cômicos no teatro. Curitiba: Arte Final, 2021.
Resumo: O livro Caricaturas e tipos cômicos no teatro, organizado pelos professores Ismael Scheffler e José Marconi Bezerra de Souza, apresenta desenhos de busto e corpo de 96 personagens de nove produções cênicas de cunho cômico apresentados pelo TUT, grupo de teatro da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Curitiba, entre os anos de 2005 e 2010, sob a direção de Scheffler. São 192 desenhos finalizados além de alguns registos dos processos criativos (croquis, estudos anatômicos e expressivos) e algumas fotografias das personagens originais dos espetáculos. Oito alunos de design da UTFPR participaram do projeto, em um percurso coletivo de desenvolvimento de estilos diversificados: Alan Rodrigues Rêgo, André Vieira, Danka Farias de Oliveira, João Pedro Neto, Letícia Máximo, Maiara Miotti Cunha, Priscila Celeste Chiang, Vinícius Calegari Marocolo, com José Marconi. O livro remonta um período da trajetória do TUT e dá início às comemorações do cinquentenário do grupo fundado em 1972. É, portanto, um trabalho de documentação histórica que usa o desenho criativo no resgate da memória.
MAGALHÃES, Mônica Ferreira. Maquiagem e pintura corporal: uma análise semiótica. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) – Universidade Federal Fluminense, 2010.
Resumo: Este trabalho trata a maquiagem como uma linguagem, constituída de um plano de expressão e um plano de conteúdo e concretizada em enunciados pintados sobre o
rosto e/ou o corpo de um sujeito localizado historicamente num tempo e espaço definidos. Utiliza a base teórica da semiótica discursiva e propõe uma metodologia de
análise que considera a função semiótica do corpo e a praxis enunciativa de diferentes
formas de maquiagem e pintura corporal. São analisados os exemplos da maquiagem
social, da pintura corporal e da maquiagem teatral, em seus aspectos discursivos e
tensivos, a partir fundamentalmente dos conceitos propostos pelo semioticista Jacques
Fontanille (2004, 2007). Observa que a maquiagem, como toda linguagem, cria códigos socialmente interpretáveis pelo hábito ou produz sentidos inesperados a partir da articulação que promove entre o sensível e o inteligível.
Revista Arte da Cena – Dossiê Cenografia, Direção de Arte & Design de Cena – Parte I – v. 4 n. 2 (2018)
CENOGRAFIA, DIREÇÃO DE ARTE E DESIGN DE CENA – Alexandre Silva Nunes, Cassia Maria Monteiro, Ismael Scheffler 5
MOLIÈRE30 E A ARQUITETURA DO INVISÍVEL – Amabilis de Jesus da Silva
ATUAÇÃO DOCENTE DE JACQUES LECOQ NA FORMAÇÃO DE ARQUITETOS LABORATÓRIOS DE CENOGRAFIA EXPERIMENTAL – Ismael Scheffler
APONTAMENTOS SOBRE A HISTÓRIA DA ILUMINAÇÃO MODERNA a parceria entre tecnologia e cena. – Berilo Luigi Deiró Nosella
ENCENAÇÃO E COMUNHÃO NA RODOVIA DOS ROMEIROS – Walquiria Pereira Batista
EXPERIMENTO MACUNAÍMA CENOGRAFIA E PERCEPÇÃO VISUAL – Osvaldo Antonio Anzolin
DA SOLIDEZ DOS AFETOS INCONCLUSOS A CIDADE DE WONG KAR WAI – Elizabeth Motta Jacob PDF REFLEXÕES SOBRE A COMPOSIÇÃO CENOGRÁFICA E O PALIMPSESTO A PARTIR DA PRÁTICA TEATRAL EM ESPAÇOS DE USO NÃO CONVENCIONAL – Daniel Marcos Pereira Mendes
ALGUMAS RELAÇÕES ENTRE A ARTE CONCRETA E O VÍDEO O ATO PROJETIVO COMO DISPOSITIVO SEMÂNTICO NA CENA – João Carlos Machado
POR UM OLHAR MENOS RETINIANO ESTUDO REFLEXIVO SOBRE OS PROCESSOS QUE ENVOLVEM A INFORMAÇÃO VISUAL DIRECIONADA A PRÁTICA CENOGRÁFICA EM EXPOSIÇÕES DE ARTE DE MUSEUS – Tarsila Ferreira Silva Schetini
A ESTÉTICA DA AUSÊNCIA NA ESCULTURA CINÉTICA DE HEINER GOEBBELS REFLEXÕES SOBRE A TEATRALIDADE DAS COISAS – Eduardo dos Santos Andrade
A VESTE E A RUPTURA DA IMAGEM MASSIFICADA NAS RUAS DA CIDADE UMA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DAS ARTES E DOS OFÍCIOS – Regilan Deusamar Barbosa Pereira
FIGURINO: COMPONENTE DETERMINANTE NA ABORDAGEM CÊNICA E NA COMPOSIÇÃO VISUAL DO ESPETÁCULO DE ÓPERA. – Veridiana Piovezan
Revista Arte da Cena – Dossiê Cenografia, Direção de Arte & Design de Cena – Parte II – v. 5 n. 1 (2019)
CENOGRAFIA, DIREÇÃO DE ARTE & DESIGN DE CENA – PARTE II – Ismael Scheffler, Alexandre Silva Nunes, Cássia Maria Monteiro 003-007
ENTREVISTA COM A CENÓGRAFA LUCIANE GRECCO – Ana Lucia Rosendo Cintra 008-028
AS CENAS CRUAS E VISCERAIS DE LINA BO BARDI NOS ANOS 1960 Entre o espaço “abstrato” e o espaço “abjeto” – Evelyn Furquim Werneck Lima 029-059
A CANGACEIRA ELETRÔNICA [1970] PELOS CROQUIS DE HÉLIO OITICICA Um projeto de ambientação cênica para o filme não realizado de Antônio Carlos de Fontoura – Cassia Maria Monteiro 060-102
DIREÇÃO DE ARTE EM CAMPO EXPANDIDO Autonomia Criativa na Composição de Dramaturgias Plástico-Visuais – Alexandre Silva Nunes 103-141
UM ESTUDO SOBRE LUZ E FOTOGRAFIA NA EXPRESSÃO DA IMAGEM CINEMATOGRÁFICA – Wesley Martins da Silva, Saulo Germano Sales Dallago 142-164
DRAMATURGIA ENTRE SOM, SILENCIO E RUÍDOS A polifonia dos elementos em Heiner Goebbels – Elcio Levi Brandão Diniz 166-193
CAMINHOS DA CENA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – Flávia Janiaski Vale 193-227
VASCONCELOS, Iam Nascimento. Fazendo a pele no auto do círio: processos criativos da maquiagem da comissão de frente. Dissertação (Mestrado em Artes) – UFPA, 2019.
Palavras-chave: Maquiagem teatral; Etnocenologia; Processo criativo.
Resumo: Esta pesquisa busca compreender os processos criativos da maquiagem da Comissão de Frente revelados na espetacularidade deste fenômeno cênico de dimensões singulares como cortejo dramático, a partir do olhar de artista-pesquisador-participante do Auto do Círio. Fundamentado teórico-metodologicamente na Etnocenologia, enquanto Etnociência das Artes e formas de espetáculo, acolhemos como principais autores deste campo de conhecimento, Armindo Bião (2008), Jean-Marie Pradier (1995) para a abordagem de espetacularidade; teatralidade; matrizes culturais; matrizes estéticas e Michel Maffesoli para Comunidades Emocionais. No estudo do imaginário, Paes Loureiro (2010) em sua proposição de Conversão Semiótica como chave conceitual para a compreensão da poética da cultura amazônica. Para o enfoque dos Processos Criativos, Sônia Rangel (2015) e Philip Hallawell (2010). Como premissa etnocenológica dominante, privilegiamos nos procedimentos metodológicos as múltiplas vivências internas no fenômeno da pesquisa, dando relevância à sabedoria dos praticantes e suas trajetórias no espetáculo, por meio de registros fotográficos, vídeos do processo criativo de auto maquiagem e coreográfico, além de entrevistas semiestruturadas. Esses registros audiovisuais compõem um documentário intitulado Auto Etnodocumentário, indissociado desta reflexão, contribuindo, enquanto maquiador, para a construção de conhecimento que brota da complexidade e riqueza das práticas espetaculares de rua na Amazônia contemporânea.
SILVA, Joseane Maria da. A maquiagem como experiência artística e pedagógica. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020.
Palavras-chave: Ensino de teatro; Ensino de maquiagem; Aparência; Construção de personagem; Maquiagem.
Resumo: A pesquisa aborda o estudo da maquiagem enquanto experiência artística e pedagógica com alunos do ensino fundamental II. Esse estudo tem como objetivo discutir os conhecimentos da maquiagem partindo da ideia de aparência, a fim de proporcionar reflexões sobre o conceito de imagem nas relações sociais e na construção do personagem. Busca-se, com o desenvolvimento de práticas pedagógicas e estratégias metodológicas, auxiliar no processo de construção do conhecimento da maquiagem e sua percepção enquanto elemento de linguagem da cena teatral. Os diálogos estabelecidos fundamentam-se na metodologia de pesquisa-ação, considerando as questões trazidas pelos discentes, e assim, despertando o olhar crítico dos discentes sobre sua própria realidade. Dessa forma, partimos das ideias de Bourdieu e Landowski para discutir sobre a aparência e os fatores que influenciam na construção da imagem. Destarte, as discussões dos autores Magalhães, Souza e Ramos trouxeram contribuições no entendimento da maquiagem enquanto linguagem cênica, refletindo enquanto um elemento que altera a aparência de quem a usa. Trago também as ideias de Freire como norte teórico sobre a educação, entendendo a importância dialógica entre o professor e o aluno no processo de construção do conhecimento. Assim, busca-se, com a pesquisa, difundir as questões sobre o ensino de teatro por meio do ensino da maquiagem, ampliando as discussões sobre a pedagogia teatral.
SAMPAIO, , Jose Roberto. Maquiagem teatral: Uma experiência metodológica de ensino na Licenciatura em Teatro. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – Universidade Federal da Bahia, 2016.
Resumo: Esta pesquisa pretende servir como um modelo para nortear o ensino da Maquiagem Teatral em cursos de licenciatura em teatro, assim como em cursos livres e oficinas de formação do ator. A partir de um panorama histórico da máscara e da maquiagem no teatro, pontuando os momentos em que estas eram utilizadas com destaque na encenação, de acordo com o gênero e o conceito dos encenadores, até os dias atuais e, após uma pesquisa sobre o ensino da Maquiagem Teatral no Brasil, com entrevistas com seis professores da referida disciplina, em universidades das cinco regiões brasileiras, segue-se uma descrição da metodologia aplicada no ensino da Maquiagem Teatral com vistas à interdisciplinaridade. Como aporte teórico foram utilizados estudos da semiologia, da história do teatro e da educação, da anatomia facial, dos estudos de luz e sombra e de grandes pensadores do teatro.
SILVA, Renata Cardoso da. O Mambembe: uma experiência de criação de maquiagem na formação de atores. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Universidade Federal da Bahia, 2008.
Palavras-chave: Caracterização visual; Maquiagem Cênica; Personagem-Tipo; Fisiognomonia; O Mambembe.
Resumo: O objetivo dessa investigação é abordar a caracterização visual de espetáculos, com foco na maquiagem cênica, levando em conta sua importância para a construção da cena e do personagem teatral. A partir da montagem de O Mambembe, realizada pelo Módulo V de Interpretação Teatral da Escola de Teatro da UFBA, retrata-se o processo de criação dos rostos de personagens-tipo, utilizando-se a teoria fisiognomônica como principal pilar poético. O espetáculo é resultado do trabalho didático em sala de aula, durante o período letivo de 2007.1.
SOUZA, Jesus Fernando Vivas de. A maquiagem no processo de construção do personagem. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – Universidade Federal da Bahia, 2018.
Resumo: Este trabalho enfoca a importância da automaquiagem no processo de construção cênica do personagem num contexto cultural de predomínio da imagem. Estrutura-se em quatro capítulos: o primeiro acompanha a evolução da maquiagem ao longo da história e o seu uso na fixação de papéis sociais; o segundo busca nas máscaras do teatro grego a matriz da maquiagem contemporânea; o terceiro mostra a maquiagem como elemento integrante e essencial do processo de construção do personagem, à luz da experiência do autor como ator, maquiador, diretor e professor de maquiagem no Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília; e o quarto descreve o resultado da aplicação cênica desse entendimento na montagem de “A Farsa Veríssima”, adaptação para o palco de crônicas de Luís Fernando Veríssimo, no encerramento do XVII Curso Livre de Teatro da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia.
RAMOS, Adriana Vaz. O design de aparência de atores e a comunicação em cena. Tese (Doutorado em Comunicação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2008.
Resumo: Esta pesquisa pretende analisar a linguagem utilizada para construir a aparência de atores e personagens no âmbito de espetáculos, a qual denominamos caracterização visual de atores, bem como dimensionar sua importância na edificação dos significados de uma dada obra artística. A expressão caracterização visual refere-se, mais especificamente, aos relacionamentos expressivos entre cores, formas, volumes e linhas que, de diferentes maneiras, materializam os figurinos, as maquiagens, os penteados e os adereços, visando traduzir, em matéria plástica sensível, a aparência geral, ou seja, a caracterização de um ator, numa cena espetacular. Atualmente, nota-se, em espetáculos veiculados por diferentes meios, uma forma peculiar de conceber a construção da aparência de atores, que difere da mera função de referência usualmente apresentada pela concepção do figurino de uma obra, que, em geral, é tomado como parte acessória da representação. O trabalho de realização de um figurino é decorrente de um desenho mimético e referencial, que antecede o espetáculo em que se insere o ator, como é o caso dos figurinos que retratam determinada época, por exemplo. Neste trabalho, pretendemos refletir sobre o processo de complexidade pelo qual tem passado a linguagem que denominamos caracterização visual de atores para, enfim, entender seu campo conceitual e propor a existência de um outro modo de constituir essa linguagem, conceituado como design de aparência de atores, em que o figurino é, apenas, um elemento parcial. A caracterização visual, como uma linguagem, pode ser organizada segundo os modos figurino ou design de aparência. As concepções de Giulio Carlo Argan sobre as diferenças existentes entre as noções de projeto e programa, bem como as proposições de Régis Debray a respeito dos distintos modos de se organizar uma informação foram decisivas para que pudéssemos formular a conceituação de design de aparência e assinalar as divergências entre esse modo de caracterizar atores e um trabalho de figurino. Por um mecanismo metonímico do pensamento, o senso comum costuma usar o termo figurino apenas para se referir à aparência geral de um ator, ignorando a importância dos demais componentes para a construção da imagem cênica. Os conceitos elaborados pelos semioticistas da Escola de Tártu-Moscou apresentam as perspectivas teóricas necessárias para podermos compreender a aparência de atores em espetáculos como um sistema aberto, constituído por diálogos entre inúmeros sistemas modelizantes. Assim, podemos dizer que a aparência de um ator é um texto cultural, resultante de um complexo imbricamento de linguagens e que somente em meio a essa complexidade pode ser entendido. Um espetáculo artístico é uma obra sistêmica, um feixe de relações, no qual inúmeras linguagens atuam para a construção de um produto final. Não é possível isolar apenas uma das linguagens constitutivas de uma obra para compreendê-la, pois é necessário fazer, sempre, uma leitura relacional e, sobretudo, comunicante ou mediativa com o repertório de inferências que poderá ser construído pelo receptor. As análises realizadas buscam compreender como as imagens criadas pelo design de aparência de atores constroem as espacialidades de uma cena artística. Para tanto, trabalhamos com o seguinte corpus analítico: a peça Os sete gatinhos de Nelson Rodrigues, dirigida por Antunes Filho, em 1989; a microssérie Hoje é dia de Maria, dirigida por Luiz Fernando Carvalho, produzida pela Rede Globo de televisão, em 2005; três imagens criadas pela fotógrafa norte americana Cindy Sherman.