Show de Mamulengos” de Heraldo Lins – Construções e Transformações de um Espetáculo na Cultura Popular

MACÊDO, Zildalte Ramos de. Show de Mamulengos” de Heraldo Lins – Construções e Transformações de um Espetáculo na Cultura Popular. Dissertação (Mestrado) – UFRG, 2014.

Palavras-chave: Mamulengos, Cultura popular, Tradição, Modernidade.

Resumo: O teatro de mamulengos é uma das expressões da cultura popular que têm sua trajetória marcada por construções e transformações tanto em suas representações simbólicas como em seus personagens e performances. Na cidade do Natal, RN, existe um mamulengueiro chamado Heraldo Lins que mantêm o seu teatro de mamulengos em atividade há vinte e um anos, ele possui o seu próprio olhar sobre o que produz e como produz, procura ajustar o seu teatro de mamulengos ao contexto social e ao mercado, tematiza as apresentações a pedido do contratante, sistematiza a construção das passagens e falas dos bonecos. Esta pesquisa procurou estudar o processo de contrução do “Show de Mamulengos” de Heraldo Lins, sobretudo como ocorrem as transformações. Constatamos que ele opta pela dissolvição de valores simbólicos presentes no teatro de mamulengos tradicional em prol de uma adaptação à modernidade, se colocando entre o treatro tradicional de mamulengos e a indústrial cultural. O trabalho de campo foi realizado através de um recorte metodológicos que privilegiou a observação participante, a entrevista e o registro sonoro-visual.

Link: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/12288

O ensino de teatro de animação: contribuições para construção de novos saberes e fazeres acerca da cultura de ensinar e aprender teatro

FONSECA, Neyde Solange Garcia Fonseca. O ensino de teatro de animação: contribuições para construção de novos saberes e fazeres acerca da cultura de ensinar e aprender teatro.Tese (Doutorado em Ciências da Educação). Universidade do Minho – UMINHO, Portugal, 2015.

Palavras-chave: Ciências Sociais, Ciências da Educação.

Resumo: A presente investigação defende a tese de que: o ensino de teatro de animação contribui para a construção de novos saberes acerca da cultura de ensinar e de aprender arte. O objetivo principal foi compreender o modo como os professores ensinam teatro de animação nos anos iniciais do ensino fundamental, após sensibilização (formação) acerca dessa linguagem. O locus da investigação foi o Núcleo de Educação da Infância NEI – CAP – UFRN, Natal, escola pública de ensino infantil e fundamental. Como procedimentos metodológicos se fez a opção pela pesquisa de natureza qualitativa – estudo de caso com observação participante. Para coleta dos dados utilizou-se a análise documental por meio dos instrumentos de operacionalização institucional:Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte; Pedagógicos: Projeto Político Pedagógico e plano de aula, tais documentos contemplam a obrigatoriedade do Teatro como área de conhecimento, mas não explicitam o teatro de animação como um tipo diferenciado de linguagem teatral. E, como instrumentos empíricos, utilizaram-se as entrevistas semi estruturadas, sessões de estudos – sensibilização dos professores e observação da prática pedagógica, fundamentados na proposta triangular (BARBOSA, 1998). O processo de sensibilização (formação) dos professores acerca dessa linguagem foi determinante para a construção de novos saberes sobre o teatro de animação. O fazer teatral se deu com a elaboração do texto verbal (sombras) e não verbal (negro), a partir da liberdade das crianças de criar e recriar textos, utilizando como estratégia os sistemas dos jogos teatrais de Spolin (2003), determinando o Onde?, Quem? e O quê? A materialidade das silhuetas se constituíu a partir dos materiais, das atitudes e expressões das silhuetas, efetivando-se com ação cênica, em que ocorre a expressão e comunicação entre os bonecos/sombras e os espectadores, evidenciando-se o cerne do teatro em busca da formação estética e crítica dos alunos. A Proposta Político Pedagógica do NEI foi reconstruída em 2012 pela equipe pedagógica, que inseriu o teatro de animação como área de conhecimento no ensino infantil e fundamental, destacando a leitura de imagem (apreciação e fruição), contextualização, técnica, expressão e produção.

Link: http://hdl.handle.net/1822/38431

Bairro Brincante: sociedades constitutivas de um bairro de Juazeiro do Norte – CE

FEITOSA, Antonio Lucas Cordeiro. Bairro Brincante: sociedades constitutivas de um bairro de Juazeiro do Norte – CE. Tese (Doutorado em Sociologia) – UFCE, 2020.

Palavras-chave: Bairro, Periferia, Cultura Popular.

Resumo: Esta tese é um estudo sociocultural sobre modos de entrecruzamento de algumas das socialidades que constituem o bairro João Cabral, na cidade de Juazeiro do Norte-CE. A partir da pesquisa de campo, realizada entre os anos de 2017 e 2020, observou-se a recorrência do uso das categorias “periferia”, “cultura popular” e “violência” nas narrativas sobre o bairro, sendo comum, na cidade e região, sua classificação como “o mais, ou um dos mais, violentos”, “periférico”, “celeiro/berço da cultura popular”. Ao mesmo tempo, práticas culturais identificadas como “cultura popular” (reisado, guerreiro, banda cabaçal, maneiro-pau, bacamarte, lapinha) têm sido significadas como modos de “tirar crianças e jovens da rua, do mundo do crime”, “trabalho social e com jovens” e “valorização do bairro”. Por outro lado, dinâmicas dos conflitos sociais urbanos contemporâneas a muitas cidades brasileiras têm permeado o universo da “cultura popular”, mais precisamente a “brincadeira” do reisado. Em alguns dias da “brincadeira”, muitos jovens homens têm se fantasiado do personagem “cão”, usando uma longa bata, chicote e máscara. “Os cão”, como são denominados, despertam admiração e medo. No campo da “cultura popular” local e na cidade, eles têm sido acusados de pertencimento a facções criminosas, de cometerem crimes, de procurarem confusão com outros grupos de reisado pertencentes a outros bairros. Em vista desses componentes empíricos, o objetivo desta tese consiste em descrever e analisar as diferentes conexões e entrelaçamentos da tríade bairro (“periferia”) – “cultura popular” – “violência”, problematizando como, nessas conexões e a partir delas, o bairro João Cabral é acionado e produzido por múltiplos fluxos. O trabalho de campo foi desenvolvido a partir de uma orientação etnográfica, acompanhando os “brincantes” dos “grupos de cultura popular” em suas apresentações no bairro João Cabral e em outros espaços da cidade, promovidas por instituições ou por eles próprios. Somado a isso e a outros eventos que acompanhei no bairro, também utilizei relatos e entrevistas que fiz com moradores do bairro João Cabral e pessoas vinculadas com os “brincantes”, e material documental (revistas, monografias, dissertações) sobre o bairro e a “cultura popular”. A pesquisa, assim, permite pensar o bairro por meio do entrecruzamento de socialidades, entendendo-o como multiplicidade.

Link: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51567

São Belebreu: um boneco santificado num festejo carnavalesco

CORDEIRO, Sandra Maria Barbosa. São Belebreu: um boneco santificado num festejo carnavalesco. Dissertação (Mestrado). Universidade de Brasília – UNB, 2016.

Palavras-chave: Religiosidade brasileira; Teatralidade; Carnavalização.

Resumo: No presente estudo, abordo como sujeito de pesquisa São Belebreu no seu Festejo carnavalesco. Procuro identificar Belebreu na sua condição de santo e boneco, ressaltando nas manifestações sagradas e profanas em que ele está inserido, a teatralidade, elementos de carnavalização e realismo cômico grotesco. O “Festejo de São Belebreu” é uma brincadeira do Nordeste brasileiro, que acontece na terça-feira de carnaval, na cidade de Viana – Maranhão, na comunidade de Centro de Antero de Santeiro. Com apoio nos estudos de Mikhail Bakhtin sobre a cultura cômica popular e a abordagem de outros autores da área do teatro e da antropologia, busco contextualizar este estudo. Para a realização desta pesquisa, foram feitas três idas ao campo, nas quais foram realizadas observações, entrevistas semiestruturadas com moradores da comunidade, registro audiovisual dos acontecimentos do Festejo e revisão bibliográfica sobre o tema proposto.

Link: https://repositorio.unb.br/handle/10482/22469

A interpretação com o objeto: reflexões sobre o trabalho do ator.

Cavalcante, Caroline Maria Holanda. A interpretação com o objeto: reflexões sobre o trabalho do ator. Dissertação (Mestrado). Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, 2008.

Palavras-chave: Teatro de figuras animadas.

Resumo: Este estudo se apóia na compreensão de que o teatro de animação sofreu intensas transformações no século XX. Nesse contexto; a técnica vem ocupando um importante espaço na prática do ator-animador; consolidando um conjunto de reflexões e saberes pertinentes ao trabalho desse intérprete. A pesquisa tem como foco o estudo dos princípios específicos à interpretação mediada pelo objeto; consistindo em organizá-los; tomando como referência as reflexões de autores especialistas nessa arte. Esse percurso investigativo foi enriquecido pelo diálogo com alguns espetáculos. Após as leituras e reflexões realizadas o material foi organizado em três eixos: o primeiro trata de questões pertinentes à relação entre o ator-animador e o objeto; o segundo eixo levanta reflexões sobre a neutralidade e o terceiro eixo trata de questões referentes ao movimento na animação do objeto.

Link: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=129905

Busco a Flor e Encontro a Poesis da Precariedade: Percursos de uma investigação através da Iluminação Cênica e a Máscara Teatral

VIOLA, Daniele Rocha. Busco a Flor e Encontro a Poesis da Precariedade: Percursos de uma investigação através da Iluminação Cênica e a Máscara Teatral. Dissertação (Mestrado em Teatro) – UDESC, 2020.

Palavras-chave: Iluminação Cênica. Máscaras. Atrizes. Desierarquização.

Resumo: Afetos não têm hierarquias. O afeto é uma interação. Flores carregam afetos, do solo mais fértil ao mais árido. Até mesmo no concreto a flor rompe e surge, dentro da sua simplicidade. Ela carrega em si a potência de desafiar hierarquias e tornar-se “igual”, destaca a sua presença sem diminuir nada ao seu redor. É, simplesmente, afeto: livre e autônomo. Neste trabalho, a flor me guia a uma interação entre autonomia, liberdade e ação, de maneira igualitária. A partir disso, discuto a possibilidade de criação na qual esses conceitos são alcançados com a desierarquização dos elementos visuais da cena. Mais especificamente: iluminação e máscaras, e a interação entre elas, somada à atuação. O percurso se caracteriza como um processo onde a relação dos recursos cênicos desafia as hierarquias, tal como a flor. Ao mesmo tempo, visa oportunizar que certos elementos visuais do espetáculo teatral ganhem espaço na criação e no próprio resultado cênico, independente de sua posição hierárquica ou sequencial na produção. Aqui trilho um caminho poético e técnico com um olhar para as visualidades presentes e interagentes no teatro. Proponho um trajeto das raízes às pétalas, até a imagem da flor.

Link: https://sistemabu.udesc.br/pergamumweb/vinculos/000083/0000834f.pdf

A ludicidade e a expressão criativa: o teatro de bonecos na construção de experiências estéticas na Educação básica

FERRAIUOLLI, Adriano de Almeida. A ludicidade e a expressão criativa: o teatro de bonecos na construção de experiências estéticas na Educação básica. Dissertação (Mestrado em Cognição e Linguagem). Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF, 2011.

Palavras-chave: Teatro de Bonecos, Criatividade, Ludicidade, Formação Estética.

Resumo: Esta pesquisa pretendeu investigar e refletir sobre a utilização de vivências em Teatro de Bonecos no contexto escolar, verificando se as mesmas poderiam ser um instrumento potencializador da criatividade, da ludicidade e das relações socioculturais com educandos, do primeiro segmento do Ensino Fundamental, em uma Escola Pública Municipal de Campos dos Goytacazes/RJ. Investigamos como ocorreu o processo criativo de educandos, frente aos desafios pedagógicos propostos em atividades expressivas em Teatro de Bonecos, tendo em vista a necessidade de uma formação cognitiva e sensível com crianças, que seja capaz de contribuir para a sua formação estética. O suporte teórico utilizado foi sustentado em Vygotsky, Ostrower, Luckesi, Freire, Peixoto, Pereira, entre outros, e as categorias pesquisadas foram a Criatividade, a Ludicidade e a Interação Sociocultural. A metodologia pautou-se em uma abordagem qualitativa, como forma de reflexão e análise, através da utilização de métodos para compreensão do objeto de estudo em um contexto de pesquisa-ação e de observação participante. A análise dos dados coletados apontou o Teatro de Bonecos como uma linguagem estética, que se utiliza da voz, da criação plástica e textual, da expressão lúdica e do poder criativo do corpo. As vivências expressivas em Teatro de Bonecos apresentaram-se como um recurso didático para a Educação, capaz de favorecer significativamente no desenvolvimento da criatividade, da ludicidade e das interações socioculturais com os participantes.

Link: http://www.pgcl.uenf.br/acervo/dissertacoes?nome=teatro+de+bonecos

Brincar, interagir, expressar e comunicar: um estudo a partir do teatro de bonecos na educação infantil

FIGUEIREDO, Taicy de Ávila. Brincar, interagir, expressar e comunicar: um estudo a partir do teatro de bonecos na educação infantil. Dissertação (Mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde) – UNB, 2009.

Palavras-chave: Educação de crianças, Literatura infanto-juvenil, Teatro de bonecos.

Resumo: O presente trabalho buscou compreender a importância do brincar com Teatro de Bonecos para o desenvolvimento infantil. Entende-se que a Educação Infantil tem como um de seus objetivos pedagógicos a instrumentalização das crianças pequenas, para a construção gradativa de linguagens e conhecimentos cada vez mais amplos. Para fundamentar as proposições deste trabalho, nos apoiamos na abordagem Sócio-Histórica e, também, buscamos resgatar a importância fundamental do ato de ouvir e contar histórias nas classes de Educação Infantil valorizando, sobretudo, a literatura oral. O presente estudo insere-se nas propostas metodológicas qualitativas, utilizando uma metodologia inspirada na pesquisa-ação e foi realizado numa sala de Educação Infantil, de uma Escola Classe da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. Foram realizadas 11 sessões de intervenção, sendo seis Oficinas de Rodas de Histórias e cinco Oficinas de Teatro de Bonecos. Participaram das oficinas os alunos de cinco anos de uma turma do 2 período da Educação infantil e sua professora regente. A pesquisa de campo foi registrada com a filmagem das Oficinas de Teatro de Bonecos e pela construção de Portfólios contendo os desenhos produzidos pelas crianças nas Oficinas de Rodas de Histórias. Os dados foram submetidos à análise interpretativa e a análise apontou que as crianças foram capazes de representar, com intencionalidade, por meio de desenhos e da fala, as ações vivenciadas nas oficinas e que interações entre as crianças foram, cada vez mais, sendo mediadas por diálogos.

Link: https://repositorio.unb.br/handle/10482/4708

O Sangyo em Dolls – Um Encontro do Bunraku com Takeshi Kitano

FERREIRA, Gustavo Henrique Lima. O Sangyo em Dolls – Um Encontro do Bunraku com Takeshi Kitano. Dissertação (Mestrado em Linguagens da Cena e Pedagogia da Cena) – UFRN, 2013.

Palavras-chave: Cinema. Doll, Bunraku, Takeshi Kitano, Monzaemon Chikamatsu.

Resumo: Este trabalho tem por finalidade investigar as relações existentes entre o Teatro Bunraku e o filme Dolls (2002) do diretor japonês Takeshi Kitano. Para isso, foi feito inicialmente um estudo teórico desse teatro, elencando seus principais elementos, permitindo então, uma análise direta do filme, buscando revelar suas conexões com o Bunraku. O sangyo faz referência à presença simultânea de três artes no teatro Bunraku: a narrativa, a música e a manipulação de bonecos. Em Dolls, o diretor Takeshi Kitano apresenta uma narrativa por meio de três histórias distintas, todas elas construídas com referências ao Bunraku. Assim como nesse teatro três artes distintas se harmonizam no palco, em Dolls três histórias independentes vão se apresentar em harmonia no filme. Ao confrontar os dados do teatro Bunraku com os dados do filme Dolls, o objetivo é estabelecer as conexões entre a linguagem cênica do Bunraku, a dramaturgia de Monzaemon Chikamatsu e o cinema de Takeshi Kitano. Estas conexões permitem compreender como características de uma arte secular, regida por fortes regras e convenções, podem ser reapresentadas através de outra linguagem, no caso a linguagem cinematográfica

Link: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/12450

O Bumba meu boi do grupo Danças Brasileiras Gracinha: uma experiência de arte-educação com crianças e jovens

CARVALHO, Luciana Coin de. O Bumba meu boi do grupo Danças Brasileiras Gracinha: uma experiência de arte-educação com crianças e jovens. Dissertação (Mestrado Artes Cênicas) – UNESP, 2012.

Palavras-chave: Arte e educação; Bumba-Meu-Boi; Bumba-meu-boi na arte; Educação não-formal; Danças folcloricas brasileiras; Cultura popular.

Resumo: Esta dissertação apresenta a experiência do Grupo de Danças Brasileiras Gracinha e localiza essa proposta nos contextos brasileiros de arte-educação e de educação não formal. O Grupo de Danças Brasileiras Gracinha é formado por crianças e jovens que frequentam o Centro de Convivência Gracinha, no bairro Jd. Campo Belo, em São Paulo. Esse Grupo realiza, há treze anos, apresentações de danças brasileiras, sendo o Bumba meu boi o folguedo que deu início a essa atividade. Além do espetáculo, também organizam o ciclo de festas rituais do Bumba meu boi – Renascer, Batizado e Morte –, com explícita referência ao folguedo que acontece no estado do Maranhão. Para realizar esse estudo, acompanhei e registrei os ensaios, apresentações e festas do Grupo de Danças Brasileiras Gracinha, entre março de 2010 e junho de 2011. Também realizei entrevistas com os educadores e crianças diretamente envolvidos nesse projeto. E, finalmente, procurei colocar essa experiência no centro de uma reflexão sobre a presença das manifestações da cultura popular em projetos sociais e educacionais.

Link: http://hdl.handle.net/11449/86852

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