Raizes da teatralidade na dança cenica : recortes de uma tendencia paulistana

GERALDI,  Sílvia Maria. Raízes da teatralidade na dança cênica: recortes de uma tendência paulistana. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, 2018.

Palavras-chave: Dança cênica, Teatralidade, Dança – História, Dança contemporânea, Coreógrafas – Biografia.

Resumo: Essa pesquisa teve como finalidades principais: a reconstituição e registro documental da produção realizada pelas coreógrafas paulistanas Célia Gouvêa e Sônia Mota durante as décadas de 70 e 80; a apreciação dessa produção de modo a refletir sobre as raízes da teatralidade na dança cênica do período. A fim de alcançar-se uma compreensão das vias de teatralização utilizadas por cada artista, buscou-se reconhecer em seus espetáculos quais foram os modos de gestão da corporeidade dançante, as principais estratégias coreográficas empregadas e como foram manipulados os diferentes materiais cênicos. O recorte contextual escolhido para esse estudo vai de 1974 a 1993, demarcando dois momentos emblemáticos para a dança paulistana: a fundação do Teatro Galpão de São Paulo em dezembro de 1974; e a criação do MTD – Movimento Teatro-Dança 90 em 1993. A abordagem metodológica adotada foi de cunho qualitativo, valendo-se de depoimentos pessoais das coreógrafas e da reunião de documentos históricos de diversas espécies para realização das análises. Durante o processo de trabalho, buscou-se forjar instrumentos adequados à sistematização dos dados da pesquisa, resultando na elaboração de três categorias de análise: corpo cênico, princípios estruturais, estruturação da linguagem. A partir da definição de tais categorias, pôde-se realizar a apreciação da produção individual de cada criadora, bem como um estudo final comparativo de seus modos de produção cênicos, buscando-se capturar elementos elucidativos das tendências teatralizantes presentes nas danças de Célia Gouvêa e Sônia Mota.

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Os Trapalhões no reino da Academia : revista, rádio e circo na poética trapalhônica

CARRICO, André. Os Trapalhões no reino da Academia: revista, rádio e circo na poética trapalhônica. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Estadual de Campinas, 2013.

Palavras-chave: Comédia, Teatro de revista, Rádio – Humor, sátira, etc., Circo, Palhaços.

Resumo: O principal objetivo da tese Os Trapalhões no Reino da Academia: Revista, Rádio e Circo na poética trapalhônica é analisar as raízes da formação do ator cômico brasileiro a partir de três tradições da cena nacional, presentes na poética do grupo cômico Os Trapalhões: o Teatro de Revista (Mussum), o Humorismo Radiofônico (Zacarias) e o Circo (Dedé e Didi). Para isso, localizamos os elementos dessas vertentes nos personagens-tipo desse grupo por meio do registro cênico em sua obra cinematográfica e televisiva. O projeto trapalhônico nos permitiu apontar a permanência de procedimentos universais de tradição popular, aportados pela formação desses cômicos, e a clareza na transmissão de princípios cênicos de artistas que os antecederam. Alicerçados por esses saberes, Os Trapalhões naturalizaram a figura do palhaço e souberam conjugar as potencialidades individuais de cada integrante do grupo, misturando e atualizando códigos e configurando uma poética reveladora da vitalidade de nossas escolas cômicas.

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Alinhaves entre traje de cena e moda: estudos a partir de Gabriel Villela e Ronaldo Fraga

PEREIRA, Dalmir Rogerio. Alinhaves entre traje de cena e moda: estudos a partir de Gabriel Villela e Ronaldo Fraga. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2012.

Palavras-chave: Gabriel Villela, moda, Ronaldo Fraga, traje de cena.

Resumo: Esta pesquisa é um estudo acerca das intersecções entre teatro e moda, através do aspecto ritualístico do traje de cena, a partir do trabalho do diretor e figurinista Gabriel Villela em Romeu e Julieta (1992, junto ao Grupo Galpão de Teatro); e do trabalho do estilista Ronaldo Fraga, no desfile Nara Leão (2007). A definição de termos como traje de cena, indumentária e moda somada à investigação bibliográfica dos dois criadores, sob a ótica da teoria teatral e a análise dos dois eventos – o espetáculo teatral e a fashion performance – a partir de registros fotográficos, audiovisuais e entrevistas, possibilitam um registro e reflexão dos processos criativos de Villela e Fraga, tendo em vista a tradição e o costume popular presentes em seus trabalhos por meio de técnicas artesanais, utilizadas na produção de trajes na cena contemporânea.

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Lume teatro: trajes de cena e processo de criação

FRANÇOZO, Laura de Campos. Lume teatro: trajes de cena e processo de criação. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2015.

Palavras-chave: Cenografia, Figurino, Lume Teatro, Traje de cena.

Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar o processo de criação dos figurinos dos espetáculos do grupo Lume Teatro. Já que este grupo é, antes de tudo, um núcleo de pesquisa, o presente trabalho busca então compreender de que forma as linhas de pesquisa do Lume Teatro influenciam ou modificam o modo de produção dos trajes de cena. Para atingir essa meta, analisamos o pensamento acerca dos figurinos dos mestres teatrais que foram a base do trabalho desenvolvido pelo Lume. A seguir, foram entrevistados os sete atores-pesquisadores do Lume e dois figurinistas que trabalham com frequência com o grupo. A partir das entrevistas, descrevemos o processo de criação dos trajes de espetáculos derivados de três linhas de pesquisa, apontando as características recorrentes de cada linha. O trabalho de finalização teve como guia norteador o estabelecimento de pontos de contato e distanciamento entre aquilo que os mestres do Lume diziam a respeito do figurino e aquilo que o Lume produz.

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No teatro todo corpo é máscara: a prática do mascaramento e seus desdobramentos a partir do trabalho do Théatrê du Soleil

DUARTE, Rudson Marcelo. No teatro todo corpo é máscara: a prática do mascaramento e seus desdobramentos a partir do trabalho do Théatrê du Soleil. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2017.

Resumo: A relação entre a linguagem da máscara e o corpo do ator é estudada desde o início do século XX por diversos artistas-pedagogos, como Gordon Craig, Jacques Copeau e Jacques Lecoq. Mas a influência dessas pesquisas no trabalho dos atores do Théatre du Solei entende uma perspectiva diferencial acerca de como esse corpo reage e se deixa afetar durante a experiência com a máscara. Essa pesquisa busca entender os traços significativos dessa escrita do Soleil, realizada com máscara no corpo do atuante e seu mascaramento resultante: o corpo-máscara. Através de estudos sobre o Interacionismo Simbólico de Goffman, da neurociência de Mark Johnson e da sua relação com os trabalhos artísticos integrados de Helena Katz e Christine Greiner, buscamos observar como a relação do corpo com o atravessamento simbólico da máscara pode criar uma cognição e imagética para o ator, ao mesmo tempo esse olhar fora conduzido para uma aproximação com o trabalho artístico com as máscaras no Soleil, para depois realizarmos uma experimentação laboratorial, que nos pudesse fazer entender esses traços em uma prática, que elucidasse tais conceitos e perspectivas.

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O traje de cena como documento: estudo de casos de acervos da cidade de São Paulo

CALLAS, Marcello Girotti. O traje de cena como documento: estudo de casos de acervos da cidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2012.

Palavras-chave: acervos, figurino, memória, Teatro Laboratório CAC/EAD, Teatro Lírico de Equipe, Teatro Popular do Sesi, traje de cena.

Resumo: Os trajes de cena estudados nesta pesquisa apresentam-se como elementos potenciais para a preservação da Memória do Teatro Brasileiro, especificamente do Teatro Paulistano. Busca-se demonstrar que cada traje pode ser peça fundamental na reconstrução de um espetáculo, o que permite traçar o percurso da História do Teatro. Cada traje de cena cria elementos materiais que podem constituir formas relativamente autônomas de arte, que se apresentam como ferramentas para a preservação da arte teatral e de seu caráter reconhecidamente efêmero. O foco de pesquisa é documentar a memória dos trajes de cena que compõem o figurino teatral, enquanto parte constituinte da encenação. Busca-se discutir a potencialidade de memória e comunicação dos trajes de cena de um recorte do teatro paulistano, demonstrando como o registro documental contribui para a construção da História do Teatro Brasileiro. São abordados os seguintes acervos: o conjunto de trajes do Teatro Lírico de Equipe; amostra do conjunto de trajes do acervo CAC/EAD e o conjunto de trajes do Teatro Popular do Sesi-SP.

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Os potenciais narrativos do bordado no traje de cena

BOEIRA, Maria Celina Gil Reis. Os potenciais narrativos do bordado no traje de cena. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2018.

Resumo: Esta pesquisa busca investigar a presença do bordado no traje de cena, não só como elemento decorativo, mas também como elemento narrativo. Importam para esta reflexão o processo de produção manual, a artesania – principalmente a partir dos estudos de Richard Sennett – e poéticas têxteis que o bordado pode produzir. Partindo da relação entre o ato de tecer e o de narrar presente em Walter Benjamin e Roland Barthes, a pesquisa traça um breve histórico do bordado, entendendo de que maneiras e com que objetivos ele foi usado em trajes de diversos tipos, principalmente no traje de cena. Dois estudos de caso são objeto de análise nesta pesquisa: os trajes do espetáculo O homem de la mancha (2014), de Miguel Falabella; e processos criativos do encenador Gabriel Villela. O que liga ambos os casos é o artista Arthur Bispo do Rosário. Bispo produziu grande parte de suas obras quando esteve internado no hospital psiquiátrico. O bordado era uma das principais técnicas utilizadas por ele, cujo trabalho era marcado pelo alto grau de detalhes e pela ressignificação de objetos do cotidiano. Em O homem de la mancha, os trajes de cena foram inspirados em obras têxteis de Bispo. Já Villela assume ser Bispo uma de suas maiores inspirações e seus processos criativos se assemelham sobremaneira. Além de uma reflexão teórica sobre o que se tem produzido contemporaneamente no teatro envolvendo a artesania e o bordado, foi proposto ao longo da pesquisa um exercício prático utilizando a técnica como plataforma. Esse experimento, realizado junto aos alunos do curso de Têxtil e Moda no ano de 2017, foi uma criação coletiva em oficinas, cujos processos são relatados aqui. O ponto de partida das discussões e processos que resultaram nesse experimento foi a peça A mulher como campo de batalha, de Matéi Visniec. A peça trata de duas mulheres, internadas em um sanatório, dividindo suas experiências e ressignificando suas memórias. Essa peça foi escolhida por lidar com questões pertinentes à técnica do bordado: o gênero, a criação coletiva e a memória.

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Lugar (In) Comum: a parceria de Flávio Império e Fauzi Arap em Pano de Boca

BARALDI, Paula de Lima. Lugar (In) Comum: a parceria de Flávio Império e Fauzi Arap em Pano de Boca. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2015.

Palavras-chave: Fauzi Arap, figurino, Flávio Império, teatro brasileiro, vida e arte. 

Resumo: A presente dissertação discorre a respeito da parceria do cenógrafo-figurinista-artista visual Flávio Império com o diretor-dramaturgo Fauzi Arap em Pano de Boca, primeira peça escrita por este, com foco na montagem de 1976, realizada no Teatro Treze de Maio, em São Paulo. O texto, dividido em três planos, apresenta no primeiro duas personagens-personagens, criadas por um autor invisível e que dialogam com a platéia, sem o uso da “quarta parede”, no segundo, uma atriz que questiona as fronteiras entre a vida e a arte e, no terceiro, um grupo teatral que decide o futuro de sua trupe, trancado, no plano ficcional, dentro de um teatro abandonado. À luz de textos de Foucault, Nise da Silveira, Pirandello, Chevalier e de textos e obras de Fauzi e Flávio, a dissertação aborda sincronicidades e busca similitudes entre o plano ficcional de Pano de Boca e a realidade do teatro paulistano dos anos 1970, além de pôr em cena os lendários teatros Arena e Oficina, e o show Opinião.

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A roupa depois da cena

FERREIRA, Manon de Salles. A roupa depois da cena. Tese (Doutorado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2015.

Palavras-chave: Conservação têxtil, Cultura material, Fause Haten, Figurinos, Moda, Ney Matogrosso, Teatro, Trajes de cena.

Resumo: A partir da estreita relação entre a roupa social e o figurino, dentro e fora do espetáculo, esta tese tem como objetivo investigar os percursos que faz a roupa após a “cena”, isto é, a partir do momento em que são guardadas como documentos de pesquisa e não mais usadas como objeto de consumo e descarte. São discutidas questões relacionadas aos acervos têxteis e os processos necessários para a sua conservação e esse será o objeto de estudo: as iniciativas existentes fora dos espaços museológicos que vem sendo realizadas por grupos de teatro, universidades, colecionadores, instituições culturais e estilistas. Será debatido o exemplo do Centre National du Costume de Scène, na França, a coleção de figurinos do cantor/performer Ney Matogrosso numa instituição de ensino, e o desenvolvimento, como estudo de caso, do projeto de conservação e exposição da coleção de marionetes do estilista/figurinista Fause Haten.

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Identidade cultural brasileira nos figurinos de O Rei da Vela

PESTANA, Sandra Regina Facioli. Identidade cultural brasileira nos figurinos de O Rei da Vela. Dissertação (Mestrado em Teoria e Prática do Teatro) – Universidade de São Paulo, 2012.

Palavras-chave: Figurino, Hélio Eichbauer 1941-, Identidade cultural, Teatro, Teatro Oficina (companhia teatral).

Resumo: Este trabalho analisa os figurinos criados por Hélio Eichbauer para o espetáculo O Rei da Vela, escrito por Oswald de Andrade em 1930 e encenado pelo Teatro Oficina em 1967, com direção de José Celso Martinez Corrêa. A análise enfocou o tratamento dado pela companhia e pelo cenógrafo à questão da identidade cultural brasileira, observando como esta noção modifica-se conforme a vigencia de ideologias da cultura brasileira. Buscou-se detalhar como as referências utilizadas na criação do trabalho foram colocadas plasticamente em cena, observando quais foram os materiais e peças empregadas, seu uso e sua história na indumentária social.

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