RUTESKI, Lucas. “Porque amar é subversivo” : política e estética no teatro essencial de Denise Stoklos entre 1990 a 1994. Dissertação (Mestrado em História) – UFPR, 2015.
Palavras-chave: Denise Stoklos; Teatro Essencial; Política; Estética.
Resumo: A artista brasileira Denise Stoklos é considerada como um dos principais nomes do teatro brasileiro. Denise Stoklos criou um estilo próprio de teatro, o qual nomeou como “Teatro Essencial”. O conceito de “Teatro Essencial” fundamenta-se principalmente na figura do ator, isto é, neste conceito o ator participa efetivamente de todas as etapas de concepção dos espetáculos, utilizando-se do corpo, da voz, mas principalmente de sua subjetividade. Assim, Denise Stoklos além de representar, também escreveu, dirigiu, coreografou, concebeu a cenografia de suas peças, enfim, congregou praticamente todas as funções necessárias para a concepção dos espetáculos. Dito isso, o objetivo central deste trabalho é discutir historicamente como o conceito de “Teatro Essencial”, cunhado por Denise Stoklos, dialoga de maneira sincrônica e diacronicamente mediante viés o político e estético com o contexto político, social e cultural brasileiro entre os anos de 1990 a 1994. Como fontes documentais, nos utilizamos dos textos-manifestos publicados pela autora, os textos teatrais das três peças da autora as quais analisamos, críticas jornalísticas relativas ao período, bem como reportagens e entrevistas da autora publicadas em jornais de circulação nacional e internacional. No intuito de compreendermos a imbricação de estética e política no Teatro Essencial nos propusemos a analisar as peças “Casa” de 1990 mediante a ideia de “política do cotidiano”. Já em “500 anos: Um Fax de Denise Stoklos para Cristóvão Colombo” de 1992, nos utilizamos como chave de investigação a política da memória. E finalmente em “Amanhã será Tarde e depois de amanhã nem existe” de 1994, uma interpretação mediante a concepção do sentimento de amor como força transformadora da sociedade.