Encanta o objeto em Kantor

MORETTI, Maria de Fátima de Souza. Encanta o objeto em Kantor. Dissertação (Mestrado em Literatura) – UFSC, 2003.

Palavras-chave: Objetos; Dramaturgia; Bonecos de cera; Paródia; Morte.

Resumo: O objetivo desta pesquisa é fazer um levantamento dos trabalhos realizados por Tadeusz Kantor, buscando analisar os objetos utilizados em dois espetáculos, “Wielopole-Wielopole” e “La classe morte”, tentando encontrar nessas obras a maneira como o autor se serve dos objetos. Através de uma carta escrita por uma de suas atrizes, pudemos aqui destacar alguns outros espetáculos por ela citados. Observamos também como se dá a dramaturgia de Kantor, de onde surge, como ele a produz, assim como identificamos a presença da paródia, do duplo e da morte em seus trabalhos. Esta pesquisa fundamenta-se especialmente na utilização do objeto por Tadeusz Kantor e do Teatro das Formas Animadas, fazendo uma análise comparativa das duas formas de uso dos objetos. Duchamp, artista plástico contemporâneo de Kantor, utilizava, como ele, os elementos do cotidiano. Fazemos, então, uma avaliação dessa utilização, por um e por outro, buscando as coincidências e as diferenças na utilização desses elementos entre os dois artistas. Enfim, todas essas observações foram feitas por nós para evidenciar a obra de Tadeusz Kantor.

Link: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/85641

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Manipulações: entendimentos e usos da presença e da subjetividade do ator em práticas contemporâneas de teatro de animação do Brasil

PIRAGIBE, Mario Ferreira. Manipulações: entendimentos e usos da presença e da subjetividade do ator em práticas contemporâneas de teatro de animação do Brasil. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – UNIRIO, 2012.

Palavras-chave: Linguística; Letras; Artes; Processos e métodos de construção cênica.

Resumo: Esta tese se propõe a investigar as transformações percebidas nas poéticas cênicas do que se convencionou chamar teatro de animação ou de formas animadas à luz dos modos de apresentação e trabalho do ator operador, compreendendo o recurso do ator à vista como uma recorrência nas práticas das companhias de teatro de animação brasileiras contemporâneas mais propensas a empreender investigações sobre a linguagem. Partindo de indagações acerca da especificidade do teatro de animação como gênero apartado do panorama geral da arte teatral, o estudo considera as transformações recentes percebidas nas práticas de animação como demonstrações de um movimento de indefinição das fronteiras entre as modalidades de apresentação em teatro. Dessa forma o estudo se põe a indagar acerca das funções e entendimentos do ator sobre a cena animada no que diz respeito à sua contribuição para a mobilidade dos conceitos em animação, mas também naquilo que toca aos motivadores temático-dramatúrgicos que a sua presença suscita, e sobre as questões de treinamento e técnica que identificam e/ou afastam o seu trabalho da atuação teatral.

Link: http://hdl.handle.net/unirio/11390

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Pichar sons, ver silêncios, ouvir gestos: uma aventura poética com o soundpainting

OMURA, Taiyo Jean. Pichar sons, ver silêncios, ouvir gestos: uma aventura poética com o soundpainting. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – UNIRIO, 2015.

Palavras-chave: Composição; Improvisação; Língua de Sinais; Soundpainting.

Resumo: O Soundpainting é uma língua de sinais gestuais para composição ao vivo, podendo envolver som, imagem e movimento. Criada em meados dos anos 1970 pelo compositor e saxofonista estadunidense Walter Thompson, e inicialmente utilizada como uma forma alternativa de regência orquestral, no âmbito da improvisação em jazz, a língua hoje também inclui em seu processo criativo atores, dançarinos e artistas visuais. Inserida dentro da linha de estudos “Processos e Métodos de Criação Cênica”, a pesquisa acompanha uma jornada pessoal através de oficinas práticas e performances realizadas com o Soundpainting no campus do Centro de Letras e Artes da UNIRIO, bem como as questões teóricas surgidas durante o processo. Nesse sentido, analisamos a abordagem do Soundpainting com a “improvisação” através do pensamento de Keith Johnstone, bem como o de “jogo” em Roger Callois. Dividida em três capítulos seguindo uma estrutura lógica, aos moldes de um curso de línguas, a dissertação parte do nível inicial do Soundpainting, seus fundamentos, avança para uma etapa de conversação, voltada para a prática do jogo e da improvisação, e finaliza no grau poético, ou seja, quando a língua “pega delírio” e passa a criar. O trabalho apresenta uma introdução à pesquisa em artes cênicas com o Soundpainting, apontando a relevância de seu estudo e prática, tanto em processos educacionais quanto artísticos.

Link: http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/11191?show=full

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Elementor #688Escutar a cena: um outro olhar para o que soa

LOUREIRO, Daniel Biscaro. Escutar a cena: um outro olhar para o que soa. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – UNIRIO, 2010.

Palavras-chave: Artes cênicas.

Resumo: O presente estudo tem como objetivo abrir um espaço de interlocução entre as artes cênicas e os estudos do som oriundos de diversas áreas. Tomando as escutas como ponto de partida, nos preocupamos em trazer para os estudos cênicos apontamentos que colaborassem com as múltiplas possibilidades de expansão sônica da cena, contribuindo para a abertura de uma auralidade cênica desde a formação do atuador até aspectos conceituais. Como estratégia de abordagem traçamos um paralelo entre a visão e audição como forma de melhor comunicar este trabalho.

Link: http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/11424?show=full

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Arte sonora : problematização, conceituação e composição

ENOQUE, Rodrigo Leite Souza. Arte sonora : problematização, conceituação e composição. Dissertação (Mestrado em Música) – UFPR, 2018.

Palavras-chave: Arte sonora; instalações sonoras; intervenções artísticas; audiovisual; espaço-temporalidade.

Resumo: O presente trabalho realiza um estudo sobre o processo criativo de duas obras, a instalação audiovisual Silêncidades e a intervenção urbana Horário de Brazilia, investigando-as a partir do campo da arte sonora. Para alcançar o objetivo da pesquisa, elaborou-se uma ampla reflexão sobre o conceito de arte sonora, a qual abrange: análises sobre sua consolidação enquanto gênero artístico e as definições, e divergências conceituais, observadas na literatura da área; análises sobre o papel da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade observada em obras do gênero, estudo que focou sua investigação sobre os diálogos e as influências das artes visuais e da música no processo de sua consolidação; estudos sobre a referencialidade dos materiais sonoros, focando em uma análise crítica sobre o conceito de ruído, e estudos sobre as abordagens ao tempo e ao espaço, buscando compreender como o gênero parte dos materiais sonoros para propor outras abordagens à formalização do processo criativo, assim como novas formas de experiência sensível. Na sequência deste estudo, realizou-se uma análise sobre exemplos do estado da arte da produção artística deste gênero, apresentando um repertório referencial que dialoga e demonstra o campo de influências presentes no processo criativo do artistainvestigador. A análise destas obras de referência selecionadas serve de base a uma investigação sobre as formas escolhidas para a realização das obras criadas no âmbito da pesquisa, a saber: instalações e intervenções. Fundamentadas nesta contextualização, Silêncidades e Horário de Brazilia são então analisadas a partir da inter-relação entre suas propostas poéticas e o campo conceitual da arte sonora, investigando como suas realizações audiovisuais dialogam com características próprias do gênero de arte sonora.

Link: https://hdl.handle.net/1884/56959

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A paisagem sonora da Ilha dos Valadares

TORRES, Marcos Alberto. A paisagem sonora da Ilha dos Valadares. Dissertação (Mestrado em Geografia) – UFPR, 2009.

Palavras-chave: Paisagem sonora; Fandango; Percepção; Memória.

Resumo: As águas separam a Ilha dos Valadares da cidade de Paranaguá, que apesar da proximidade – cerca de 400 metros do centro urbano – e mesmo havendo uma ponte que as conecta, possuem características diferentes na paisagem. Destaque para a paisagem sonora, marcante na ilha por ser mais próxima do natural, e por conter o fandango. O fandango, manifestação da cultura caiçara que tem na Ilha dos Valadares a presença do maior número de mestres e tocadores do Estado do Paraná, apresenta-se como importante elemento para pensar a cultura e a geografia do lugar. Os bailes de fandango envolvem homens e mulheres, que dançam e se divertem juntos, repetindo o que aprenderam com seus pais. Entre os fandangueiros que habitam Valadares, encontram-se pessoas de diferentes locais de origem. A presente pesquisa contou com cinco fandangueiros, sendo três oriundos de outras ilhas do litoral paranaense, um da cidade de Paranaguá, e um da própria ilha estudada. Dessa forma, este trabalho buscará desvendar, através das percepções e memórias de cinco fandangueiros moradores da Ilha dos Valadares, quais são os elementos componentes do universo simbólico acerca do lugar onde vivem.

Link: http://hdl.handle.net/1884/19665

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Cartografias sonoras : um estudo sobre a produção de lugares a partir de práticas sonoras contemporâneas

NAKAHODO, Lilian Nakao. Cartografias sonoras : um estudo sobre a produção de lugares a partir de práticas sonoras contemporâneaso. Dissertação (Mestrado em Música) – UFPR, 2014.

Palavras-chave: Cartografia Sonora; Prática sonora; Lugar; Experiência aural.

Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo mapear e apontar estratégias no que denominamos como práticas sonoras cartográficas, propondo uma investigação centralizada nas relações entre o espaço geográfico e a criação de lugares subjetivos, através da experiência aural. A questão que direciona o percurso inicial é como a experiência aural participa na representação de uma realidade? Para apoiar esta investigação, revisei as noções correntes sobre lugares, criação de lugares e a experiência aural num enfoque fenomenológico, bem como as cartografias e criação de mapas na contemporaneidade. Após esse percurso inicial, sugiro quatro modelos de experiência aural baseada em relações localizacionais metafóricas: a sala de concerto, o mirante, o lugar fora de lugar e os caminhos. O tema é, então, levado ao âmbito aural através da exposição e análise de obras e práticas artísticas que, por meio do suporte sonoro, colocam em questão o lugar geográfico e a criação de lugares subjetivos, sublinhando a estratégia de mapeamento incorporado. As obras em questão são compostas em sua maioria por soundwalks e outras práticas influenciadas de algum modo pela paisagem sonora de Schafer. Na revisão da 2a parte do trabalho, aprofundo dois temas fundamentais nas práticas sonoras cartográficas contemporâneas – a mobilidade e a singularização do lugar geográfico, cujas implicações sobre a percepção dos lugares em questão são tratadas como estratégias de desautomatização da percepção. A questão que direciona a revisão dessas obras e práticas é delineada em torno de o que pretendem tornar “visível” e qual é o processo ou estratégia cartográfica utilizada.

Link: http://hdl.handle.net/1884/44476

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A trilha sonora teatral em pauta : experiências de criadores de trilha sonora em Porto Alegre

CHAVES, Marcos Machado. A trilha sonora teatral em pauta : experiências de criadores de trilha sonora em Porto Alegre. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – UFRGS, 2011.

Palavras-chave: Musica; Teatro; Processo de criação; Trilha sonora

Resumo: A pesquisa propõe a construção de um possível conceito de trilha sonora no teatro, e a análise das funções dos profissionais responsáveis por ela, bem como das dificuldades encontradas por esses profissionais para a efetiva realização do seu ofício, em particular no que se refere ao seu papel criador e não apenas executor. Através de entrevistas com criadores de trilha sonora teatral que atuam em Porto Alegre, escolhidos por seus trabalhos diferenciados, buscam-se novas abordagens entre o teatro e a música. Ao problematizar a trilha sonora, o trabalho tem como principais referenciais as teorias de Murray Schafer, Giovanni Piana e Lívio Tragtenberg, no que dizem respeito ao som e à sonoridade no teatro. A investigação dialoga com duas acepções sobre trilha sonora teatral: trilha sonora total, em que todos os sons no espetáculo fazem parte do conceito, e trilha sonora musical, quando se trata diretamente das músicas cênicas da montagem teatral.

Link: http://hdl.handle.net/10183/31780

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A Luz da Montagem

MACHADO, Renato Bandeira Gouvêa. A luz da montagem. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – UNIRIO, 2011.

Palavras-chave: Analogia; Iluminação Cênica; Montagem.

Resumo: Esta dissertação propõe uma aproximação entre o cinema e o teatro. O eixo principal deste movimento são os mecanismos de iluminação cênica, no teatro, e de montagem, no cinema. O movimento busca uma analogia entre estas duas ferramentas, analisando formas como são utilizadas em seus específicos veículos. O ponto de partida são observações realizadas quando da encenação da peça Sangue bom, da Cia. PeQuod de Teatro. Fui o criador do desenho de luz da peça em questão e, junto aos demais participantes da montagem, tive a nítida percepção que o resultado final da cena trazia consigo um componente cinemático que fazia com que o espectador, sentado em sua poltrona teatral, tivesse por vezes a sensação de estar diante de um filme. O fato de ter me graduado em cinema pela Universidade Estácio de Sá e possuir algum conhecimento adquirido sobre a sétima arte me levou a propor esta dissertação onde averiguo um possível ponto de contato entre peça e filme. Começo por levar ao leitor um breve histórico da Cia. PeQuod e sua relação com o cinema, bem como a forma com que se estabeleceu meu contato com o diretor da mesma Miguel Vellinho. Enquadrar a peça como um tipo específico de teatro, no caso o drama, é o passo seguinte, já que se fazia necessário criar um recorte mais preciso para dar suporte ao estudo. Sigo por analisar mais especificamente a maneira como a iluminação foi utilizada na peça. Para colocar o cinema na discussão, primeiramente já proponho o recorte desejado dentro do vasto universo cinematográfico. Devido à sua semelhança com as estruturas do drama teatral, que foram base para um dos pensamentos que o fundamentou, o cinema clássico narrativo, forma predominante até os nossos dias, foi o escolhido. Estudar a questão do fragmento como unidade da construção cinematográfica, no caso o plano, que traz atrelado a si uma configuração espacial e uma duração, e, portanto, sua justaposição acarretando forçosamente descontinuidades de espaço e tempo levou-me a pesquisar como se constitui o espaço cinematográfico (especialmente na narrativa clássica) e como o tempo interfere na narrativa. Tal estudo se estendeu também para o drama teatral, numa tentativa de compreender suas relações de espaço e tempo. A junção de fragmentos, no cinema, se dá através da montagem. No drama, o estudo traz a ideia que a iluminação é responsável por fragmentar o espaço continuo dentro de uma mesma cena e também tem interferências no ritmo e no tempo diegético da peça. Restava escolher um filme para poder mergulhar num estudo de caso que detalhasse a analogia proposta. Drácula de Bram Stoker do norte americano Francis Ford Coppola é o escolhido. Segue-se o estudo de caso que procura fundamentar a analogia entre iluminação e montagem com o foco voltado para uma peça e um filme que tratam de uma história de vampiro. Era ainda necessário colocar o fato de iluminação e montagem poderem aparecer de diversas outras formas, por vezes muito distantes, daquelas cristalizadas por drama teatral e cinema clássico narrativo. Um pequeno mergulho na obra do cineasta soviético Sergei Eisenstein e em algumas peças contemporâneas cujos processos vivenciei nos trazem tal distanciamento. Finalizando, procuro pensar sobre como a ideia de fragmentação percorreu fortemente todo o século XX fazendo com que montagem e iluminação, cada uma à sua maneira, dentro de seu veículo, tenham se apoiado nela consideravelmente para se constituir como ferramentas da narrativa.

Link: http://hdl.handle.net/unirio/11389

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A luz, o iluminador e o performer : uma experiência perceptiva

BEM, Cláudia Pinto de. A luz, o iluminador e o performer : uma experiência perceptiva. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – UFRGS, 2014.

Palavras-chave: Estímulo luminoso; Fenomenologia; Iluminador cênico; Luz; Performer.

Resumo: O presente estudo aborda as possibilidades artísticas e expressivas da luz, a partir da realização de laboratórios, onde estímulos luminosos foram especialmente concebidos no sentido de afetar a percepção de um peformer e sua consequente criação de movimento. Assim, tanto o processo criativo do iluminador, enquanto criador do estímulo, quanto aquele do perfomer encontram-se aqui examinados. A reflexão que acompanhou todo o processo empírico esteve nutrida por aspectos do comportamento da luz dentro dos campos da ótica física e alguns princípios do pensamento fenomenológico de Merleau-Ponty.

Link: http://hdl.handle.net/10183/105096

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