FERNANDES, Fernanda Pires Alvarenga. Ponto de partida, um país em cena: análise das relações entre o musical e o discurso de identidade no teatro brasileiro. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Juiz de Fora, 2009. Palavras-chave: Identidade, Teatro, Música.
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Teatro
Teatro negro e atitude: corpos negros na cena em Belo Horizonte
LIMA, Evandro Nunes de. Teatro negro e atitude: corpos negros na cena em Belo Horizonte. Dissertação (Mestrado em Educação: Conhecimento e
Inclusão Social da Faculdade) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2019.
Palavras-chave: Teatro, Negros nas artes cênicas, Teatro na educação, Artes cênicas, Relações étnicas, Negros, Identidade racial.
Resumo: A Arte Negra é espaço de ruptura, e em alguma medida, ajuda a descontinentalizar a compreensão dos fatos, e com isso, a construção do sujeito negro vai se dando com auxílio dos valores afro civilizatórios que são essenciais para compreensão de mundo a partir do seu (nosso) olhar. Se no antes éramos indizíveis e invisíveis, com nos mostrou Martins (1995), agora estamos rompendo e insurgindo culturalmente, e o TEATRO NEGRO E ATITUDE (TNA) nesses seus 25 anos de atuação contribui para que haja uma ruptura e insurgência preta na cena teatral belorizontina. Através desta pesquisa buscamos registrar o nascimento do TNA, todo o arcabouço que sustenta o seu surgimento, e também entender o processo de montagem dos seus espetáculos e como esses reverberaram na vida dos seus participantes. Entendemos de que forma o grupo forjou sua Estética da Atitude e Poética da Negrura como elementos fundamentais para a transformação do sujeito e seu aquilombamento. Separamos a linha cronológica do grupo em três setênios – de 1993 a 2000; de 2001 a 2008; de 2009 a 2018-, e entrevistamos dois sujeitos de cada um deles. Destaco aqui que a história do grupo e a minha própria no teatro confluem, por isso, optamos por usar o método qualitativo com a entrevista episódica trazida por Uwe Flick (2009), onde conversamos com atrizes e atores que passaram pelo TNA, buscando entender o que transformou suas vidas e o que os fez se aproximarem dele. Igualmente as entrevistas, fizemos uma análise documental, revisitamos aos textos das peças encenadas, materiais impressos sobre o grupo, fotos, clippings, áudios e outras narrativas. Três são os motivos que fazem com que as pessoas procurem o grupo: por ser um lugar de militância negra; por ser um coletivo de pesquisa negra; por ser um coletivo que possibilita que o indivíduo consiga gerir sua arte. |
Interação cênico-musical: estudo nº. 2
FERNANDINO, Jussara Rodrigues. Interação cênico-musical: estudo nº. 2. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2013.
Palavras-chave: Voz, Linguagem corporal, Música e teatro, Teatro, Artes cênicas, Estudo e ensino.
Resumo: Os aspectos interacionais entre as áreas de Música e Teatro constituem o tema desta tese. Tendo sido observada uma fragmentação entre estes aspectos nos processos artísticos e de formação destas áreas, de uma maneira geral, o trabalho partiu da premissa de que há necessidade de um maior entendimento em torno dessa questão. A pesquisa investigou práticas de entrelaçamento entre as duas linguagens, visando a alcançar possíveis indicadores, capazes de suscitar uma maior compreensão desse fenômeno. A elaboração das práticas partiu do cruzamento entre os fundamentos de alguns encenadores e pedagogos musicais referenciais, e, com vistas à verificação desses procedimentos, foi gerada uma disciplina-laboratório, que se constituiu o campo de investigação. A pesquisa foi realizada na Universidade Federal de Minas Gerais, tendo, como sujeitos participantes, alunos dos cursos de Graduação em Música e Graduação em Teatro desta instituição. Tendo, como suporte, os pressupostos da pesquisa qualitativa, empregou-se a observação participante e sistemática como principal instrumento metodológico, utilizando-se, ainda, a aplicação de entrevistas e questionários, como apoio ao processo investigativo. As entrevistas foram realizadas com profissionais das áreas de Música e Teatro, com experiência de integração entre estas linguagens, e os questionários foram aplicados junto aos alunos integrantes da disciplina-laboratório. A análise dos dados evidenciou a viabilidade pedagógica dos procedimentos investigados e permitiu identificar alguns meios implicados no processo de interação, demonstrando, ainda, as características de atores e músicos frente à proposta em questão. A partir do processamento dessas informações, foram elaborados os eixos indicadores da interação cênico-musical, resultados os quais a tese se propôs a alcançar.
Era uma vez um grêmio: o teatro musical de Carlos Câmara e a construção do teatro cearense
COSTA, Marcelo Farias. Era uma vez um grêmio: o teatro musical de Carlos Câmara e a construção do teatro cearense. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2013. Palavras-chave: Teatro Ceará, Teatro brasileiro Resumo: Nos anos de 1920 e 1930 surgiu em Fortaleza, Ceará, um grupo de teatro, o Grêmio Dramático Familiar, que revolucionou o movimento teatral, fazendo surgir o verdadeiro teatro cearense. Antes se pensava que a falta de atividade teatral e apoio do público se devia à falta de uma casa de espetáculos realmente bem instalada, mas isso se provou, na prática, não ser verdadeiro. Foi com o teatro de Carlos Câ-mara, encenando seus textos A Bailarina, O Casamento da Peraldiana, Zé Fidelis, O Calú, Alvorada, Os Piratas, Pecados da Mocidade, O Paraíso, Os Coriscos que a cidade consagrou o teatro, com sua presença e seu aplauso. Eram espetáculos musicais, do gênero burleta, apresentados num teatrinho improvisado fora do centro da cidade, mas que magnetizou seus contemporâneos, que se viram retratados em cena numa linguagem pitoresca e tipicamente do Ceará. Desprovido de ambições artísticas, Carlos Câmara seguia os passos de seu mestre Arthur Azevedo, e escre-via para um elenco certo, os talentosos componentes do seu Grêmio Dramático. |
O jogo musical no teatro de Meierhold: princípios e procedimentos nos planos da atuação, encenação e dramaturgia
SOUZA, Raquel Castro de. O jogo musical no teatro de Meierhold: princípios e procedimentos nos planos da atuação, encenação e dramaturgia. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2012.
Palavras-chave:Teatro musical, Linguagem corporal, Teatro, Musica, Representação teatral, Meierhold, Karl Theodor Kasimir, 1875-1940, Melodia.
Resumo: Esta dissertação tem por finalidade destacar princípios de composição e discriminar procedimentos criativos que se referem ao jogo com a música no teatro do encenador russo Vsévolod Meierhold (1875-1940). Parte da premissa que a música é uma das mais importantes matrizes de construção da cena meierholdiana e encontra-se no cerne da renovação artística proposta pelo encenador. Evidencia-se também a questão da assimilação do conteúdo musical no corpo/voz do ator através das práticas pedagógicas desenvolvidas por Meierhold, destacando os princípios musicais presentes na biomecânica e na Leitura Musical do Drama. Para tal fim, a pesquisa se apoia, como principal fonte de investigação, nos textos teóricos do encenador e nos relatos de seus comentadores. A partir das informações rastreadas, apresenta-se uma proposta de delineamento dos recursos e estratégias desenvolvidos por Meierhold em que a música opera como elemento construtivo da cena teatral nos planos da atuação, encenação e dramaturgia.
Invenções de um corpo na prática teatral de atores com bonecos
SANTOS, Adriana Maria Cruz dos. Invenções de um corpo na prática teatral de atores com bonecos. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2019.
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O uso da imagem tecnológica na narrativa cênica contemporânea
BARONE, Luciana Paula Castilho. O uso da imagem tecnológica na narrativa cênica contemporânea. Dissertação (Mestrado em Artes) -Universidade Estadual de Campinas, 2002.
Palavras-chave: Teatro, Arte e tecnologia, Representação teatral, Sistemas multimídia.
Resumo: Esta dissertação aborda o uso da imagem tecnológica como elemento narrativo na cênica contemporânea. Para tanto, apresenta um traçado histórico acerca da evolução da iluminação, do espaço, da dramaturgia, da interpretação e dos recursos tecnológicos no panorama teatral, salientando as modificações que os levaram a intervir mais verticalmente na narrativa cênica. A partir do percurso histórico, define uma das linhas contemporâneas da prática teatral; a do espetáculo multimediático, para o qual aponta a utilização de recursos imagéticos como configuradores de uma narrativa cênico-espetacular. A segunda parte do estudo apresenta um processo empírico de uso da Imagem tecnológica como elemento narrativo em uma encenação contemporânea – “Ofélia em Ofi” – revelando de como foram concebidos e trabalhados os elementos cênicos na linguagem híbrida do multimediático, que configura um discurso imagético para sua formulação narrativa.
Link: http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/284264
O edifício teatral : resultado edificado da relação palco-platéia
DANCKWARDT, Voltaire P. O edifício teatral : resultado edificado da relação palco-platéia. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001.
Palavras-chave: Espaço arquitetônico, Teatro, Teatro : História.
Resumo: Esta dissertação estuda a arquitetura teatral sob o aspecto da relação existente entre o palco e a platéia como fator determinante e conseqüente da configuração do espaço arquitetônico. Aborda a evolução tipológica dos teatros no mundo ocidental, com ênfase nas configurações do edifício como suporte para a encenação teatral, a partir de exemplos significativos de cada período. Estabelece ligação entre a produção dramática e a participação do espaço arquitetônico como facilitador do processo de percepção, considerando as propriedades geométricas do palco e sua interface com a audiência. Discute os aspectos cenotécnicos, acústicos e óticos como impositivos instrumentais de projeto do edifício teatral e suas conseqüências no resultado edificado. Gera um ponto de partida para a fundamentação teórica necessária ao desenvolvimento de projetos de teatros, em especial nas relações morfológicas entre o espaço do ator e o do público.
Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes
METZ, Márcia Teresinha. Gordas, gordinhas, gorduchas : a potência cênica dos corpos insurgentes. Tese (Doutorado em Linguística, Letras e Artes).
Palavras-chave: Atrizes, Obesidade, Mulheres; Teatro.
Resumo: A presente pesquisa reflete acerca das atrizes gordas que atuam na cena teatral na cidade de Porto Alegre. O estudo inicia pelo questionamento sobre a nomenclatura correta para designar as mulheres de corpos fartos: gordas, gordinhas ou gorduchas. Propõe-se demonstrar como é difícil fazer definições precisas quanto aos corpos com relação ao seu peso. Também se apresenta um referencial teórico que discorre sobre os conceitos de potência e insurgente. Ao longo da história, o corpo das mulheres sofreu opressões e regulações específicas, assim como os corpos das gordas e os corpos das mulheres artistas. Identificar isso nos auxilia a entender o padrão de beleza vigente. Para verificar se esse padrão se perpetua no teatro foram assistidos 38 espetáculos e anotadas as características físicas de 72 atrizes. Com caráter qualitativo, três atrizes porto-alegrenses com mais de trinta anos de carreira, sendo uma ex-gorda e duas autodeclaradas gordas, foram entrevistadas. Uma cena em formato de palestra foi realizada pela pesquisadora para questionar a associação da gordura à doença e, após a apresentação, seguiu-se uma roda de conversa composta por atrizes. As transcrições das entrevistas e da conversa coletiva estão entrelaçadas pelos referenciais teóricos. Pôde-se perceber que os pontos que mais se repetiram nos relatos estão relacionados, evidenciando preconceitos e dificuldades que as atrizes gordas ou com soprepeso enfrentam na profissão. Porém, ao mesmo tempo, notou-se que elas atuam com regularidade. A pesquisa busca auxiliar na construção de uma nova perspectiva sobre as atrizes gordas e, consequentemente, sobre todas as pessoas que têm corpos que fogem ao padrão de beleza calcado na magreza, juventude e branquitude. Como forma de adequação da linguagem, o trabalho utiliza o termo corpa ao invés de corpo.