Tempo de jejuar e resistir: a presença do kung-fu no treinamento do ator : a experiência extracotidiana no teatro vocacional em proposição épica

OLIVEIRA, Juliana Rocha de. Tempo de jejuar e resistir: a presença do kung-fu no treinamento do ator : a experiência extracotidiana no teatro vocacional em proposição épica.  Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Estadual Paulista, 2010.

Palavras-chave: Kung-fu, Teatro, Representação teatral, Expressão corporal (Teatro), Teatro vocacional, Treinamento corporal, Pedagogia teatral.

Resumo: Esta pesquisa surgiu da necessidade de registrar, organizar, sistematizar e relacionar os conhecimentos adquiridos em minha formação de atriz, professora de teatro e artista marcial, no intuito de melhor explorar o processo de criação teatral, utilizando técnicas marciais orientais. Aproximando as duas artes: teatral e marcial – kung fu, termo que além de designar uma arte marcial de origem chinesa possui outros significados como, por exemplo, capacidade de aguentar jejum e resistir, vislumbrei desenvolver, com os envolvidos no processo, potencialidades e habilidades, que foram vivenciadas na preparação corporal destes como atores, iniciando pelo treinamento para se chegar ao ensaio e por fim o espetáculo, promovendo de forma prática o aprimoramento do autoconhecimento e de suas relações com o outro e com o espaço, proporcionando um maior domínio do corpo, que se tornou mais expressivo para a criação cênica. Por buscar orientar os processos de trabalho teatral, de modo a tornar a experiência com teatro um meio socializador, fundamentado no principal postulado brechtiano, em que educar e divertir se apresentam essenciais à experiência com os jovens, considerando o contexto aqui abordado, o eixo dessa proposta leva em conta a abordagem práxica do teatro épico, sistematizado por Bertolt Brecht, sobretudo a partir de meados da década de 1920, quando o dramaturgo alemão passa a dedicar-se à criação das peças didáticas. Por meio dessas ideias e das práticas vivenciadas, algumas perguntas surgiram. Por que e como se apropriar de duas artes aparentemente distintas: kung fu e teatro, a fim de possibilitar uma melhor expressão do corpo? Como essas duas artes poderiam interagir, dando origem a um treinamento utilizado em um grupo de teatro? O que há nessa técnica oriental, que mobiliza e contribui para

Acesse aqui.

5/5