O câncer de pele é um problema significativo no Brasil e no mundo, sendo causado por um crescimento anormal e descontrolado de células que compõem a pele, principalmente devido à exposição excessiva ao sol. Existem dois tipos principais de câncer de pele: melanoma e não melanoma.
Melanoma: O melanoma é um tipo de câncer de pele que se origina nos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção de melanina, a substância que determina a cor da pele. Este é o tipo mais grave de câncer de pele devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). No entanto, o prognóstico pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial.
Não melanoma: O câncer de pele não melanoma é um tumor maligno que se desenvolve nas células da pele que não produzem melanina. É um câncer bastante incidente, mas que, felizmente, tem baixa letalidade. Este é o tipo mais comum de câncer de pele no Brasil, com alta chance de cura se for detectado e tratado precocemente.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que número de casos de câncer de pele não melanoma no triênio de 2023 a 2025, é de 220.490, o que corresponde a um risco estimado de 101,95 por 100 mil habitantes, sendo 101.920 em homens e 118.570 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 96,44 casos novos a cada 100 mil homens e 107,21 a cada 100 mil mulheres.
Quanto ao câncer de pele melanoma, o número de casos novos estimados é de 8.980, o que corresponde a um risco de 4,13 por 100 mil habitantes, sendo 4.640 em homens e 4.340 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 4,37 casos novos a cada 100 mil homens e 3,90 a cada 100 mil mulheres.
É importante ressaltar que a exposição excessiva ao sol é uma das principais causas do câncer de pele. Portanto, medidas preventivas, como o uso de protetor solar e evitar a exposição ao sol durante as horas de pico, são essenciais para reduzir o risco de desenvolver esta doença.
Os sintomas do câncer de pele podem variar dependendo do tipo de câncer. Aqui estão alguns dos sintomas mais comuns:
- Manchas que coçam, descamam ou sangram.
- Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor.
- Feridas que não cicatrizam.
- Pigmentos de manchas que se espalham.
- Inflamação e vermelhidão.
Para o câncer de pele não melanoma, os sintomas podem incluir:
- Pequena ferida ou nódulo na pele, de cor branca, avermelhada ou rosa, que pode causar coceira.
- Ferida ou nódulo na pele, que cresce rápido e forma uma casquinha, acompanhada de secreção e coceira.
- Ferida que não sara e que sangra durante várias semanas.
- Verruga que cresce.
- É importante lembrar que esses sintomas podem ser causados por condições que não são câncer. Se você notar qualquer um desses sintomas, é recomendado consultar um dermatologista para uma avaliação
Dependendo do tamanho da lesão, a Sociedade Brasileira de Dermatologia e a American Cancer Society indicam a regra do ABCDE, método usado para detectar possíveis sinais de melanoma. Segundo informações do Ministério da Saúde, o teste funciona da seguinte forma:
Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
Bordas irregulares: contorno mal definido;
Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
Diâmetro: maior que 6 milímetros;
Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).
Alguns tratamentos que existem para este tipo de câncer são: cirurgia para remoção simples, cirurgia micrográfica de Mohs, excisão tangencial ou excisão shaving, eletro curetagem, criocirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. A escolha dependerá do tipo e estágio da doença.
A prevenção do câncer de pele envolve várias medidas que ajudam a proteger a pele dos danos causados pela exposição ao sol. Aqui estão algumas dicas importantes:
- Evite a exposição prolongada ao sol: Especialmente nos horários em que os raios solares são mais intensos, entre 10h e 16h12.
- Use proteção adequada: Isso inclui roupas que protegem o corpo, chapéus de abas largas, óculos de sol com proteção UV, sombrinhas e guarda-sol.
- Use filtro solar: O uso de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais é fundamental, principalmente quando a exposição ao sol é inevitável. O filtro solar deve ser aplicado corretamente e reaplicado a cada duas horas, durante a exposição solar, assim como após mergulho ou grande transpiração.
- Hidrate-se: Ingerir líquidos ajuda a manter a hidratação da pele.
Lembre-se, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para aumentar as chances de cura. Portanto, se você notar qualquer alteração na pele, é recomendado consultar um dermatologista para uma avaliação. Também devemos incentivar desde a infância o cuidado com a pele, pois a radiação solar tem efeito cumulativo. Portanto, é importante ensinar às crianças sobre a importância da proteção solar. Além disso, mesmo em dias nublados, é importante usar as proteções necessárias.
REFERÊNCIAS
.https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-pele
Câncer da pele
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/
https://www.tuasaude.com/sinais-de-cancer-de-pele/
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/cancer-de-pele
https://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-pele-sintomas-tipos-tratamentos-e-cuidados/16072/7/
https://www.tuasaude.com/tratamento-para-cancer-de-pele/
Câncer de pele
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-pele/tratamento-e-prevencao
https://www.pronep.com.br/blog/quais-sao-as-causas-e-os-sintomas-do-cancer-de-pele/