A incidência da Doença Parkinson (DP) aumenta com o envelhecimento, mas não é exclusiva dela, pode ocorrer em pacientes com menos de 40 anos. Quinin categorizou e classificou esta doença como Young Onset Disease Parkinson’s, Parkinson de início em jovens ou Parkinson Precoce, quando a doença afeta a jovens entre 25 e 40 anos de idade, diferenciando-o do Parkinsonismo Juvenil e Doença de Parkinson de início tardio, menores de 25 e maiores de 50 anos respectivamente. O Objetivo deste estudo foi fornecer informações revisadas sobre a doença de Parkinson Precoce, procurando esclarecer a definição, a epidemiologia, a etiopatogenia, manifestações clínicas e diagnósticos com tratamentos não farmacológicos como farmacológico e cirúrgicos neste grupo etário. Trata-se de um estudo de levantamento bibliográfico, descritivo e retrospectivo dos últimos trinta e dois anos (1982 a 2014) relacionado à Doença de Parkinson Precoce (YOPD). Para execução deste trabalho foi realizado um levantamento nas bases de dados como a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Internacional em Ciência da Saúde (MEDLINE) e Biblioteca Nacional de Medicina dos Institutos Nacionais da Saúde do Estados Unidos (PUBMED), sendo utilizada a língua portuguesa, inglesa e espanhola. Etiopatogenicamente similar à
Doença de Parkinson de início tardio, diferem com a idade de aparecimento dos sintomas, progressão mais lenta, com maior supervivência e taxa aumentada de distonia, que convertem o diagnostico inicial mais difícil, e precocidade de complicações induzidas pelos medicamentos. O diagnóstico é exclusivamente clínico, constituindo os diagnósticos diferenciais relevantes. Recomenda-se iniciar com inibidores da monoamia oxidase ou agonista dopaminérgicos e incorporar mais tardiamente levodopa. A estimulação cerebral profunda no núcleo subtalâmico e globo pálido interno mostra resultados favoráveis. Há uma falta de estudos em pacientes jovens com doença de Parkinson, somado a diferenças metodológicas e controvérsias na delimitação da doença, precisando de mais estudos e melhores empadronamentos metodológicos, como mais treinamento nas manifestações motoras e não motoras, para reconhecer e tratar precocemente melhorando assim a qualidade de vida.