Mobilidade Devolvida: Órtese Robótica

Dispositivos robóticos não recebem muita atenção quando falamos em reabilitação fisioterapêutica seja por não termos tantas pesquisas ou pelos aparelhos produzidos não possuírem boa independência funcional ao paciente.

Para que isso realmente ocorra, é necessário que a órtese possua peso, segurança e compatibilidade cinemática, além da adaptabilidade e ser ergonômica para o indivíduo, ou seja, ela precisa se adaptar, trazer conforto e precisão de controle que traz a segurança na repetição dos movimentos para quem a está utilizando.
Por esse motivo, estudos vêm sendo feitos para criar uma órtese que seja adaptável a todos os indivíduos.
Foi recomendado o uso de uma órtese de 0,85 kg pois para membros superiores, dispositivos mais leves colaboram para um melhor uso e precisão dos movimentos em indivíduos com doença de Parkinson.

Para a análise da ergonomia através da modelagem biomecânica, cinemática e eletromiografia, foram colocados marcadores em diferentes partes do corpo e os sinais foram processados detectando os principais picos, removendo os ruídos e decompondo os sinais em cinco níveis. Logo após, passa por outra suavização composto por um filtro com frequência de corte de 1Hz, seguido por outro filtro para eliminar pequenas flutuações. Os picos de sinal foram detectados para cada indivíduo usando um limiar.

O modelo biomecânico construído foi realizado a partir da captura de movimentos de uma pessoa saudável. Logo depois foram aplicados os dados do movimento de pessoas com a doença de Parkinson no modelo original.

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Pacientes que não utilizaram a órtese possuíram valores discrepantes devido à movimentos irregulares. Com a órtese, o eixo central do dispositivo atua como referencial reduzindo a variabilidade de movimentos irrestritos. Estudos estão sendo feitos para provar a relação a indivíduos com antebraços maiores e maiores limitações no uso da órtese.

Para membros inferiores, verificou-se que dispositivos mais pesados colaboraram para a ativação muscular. Porém, para membros superiores, materiais mais leves são mais recomendados.

Ao comparar os dois, é possível notar as trajetórias irregulares dos movimentos do voluntário. 

Apesar de duas das quatro variáveis do sensor apresentarem valores semelhantes, uma apresenta valor superior, o que indica um aumento na atividade eletromiográfica nos extensores do corpo. Como o movimento de flexão é favorecido pela gravidade, os valores da mediana no gráfico são semelhantes. Portanto, a órtese tende a ser mais útil em movimentos de extensão.

A órtese permite movimentos mais precisos e com menos variabilidade e maior padronização nos movimentos do punho, ajudando ainda na reabilitação muscular.
Indivíduos com outras patologias também podem se beneficiar com as órteses, já que pesquisas adotaram soluções semelhantes para reabilitação de pacientes com sintomas motores causados por AVC.
Por esses motivos, a órtese tem grande potencial para ser um dispositivo usado na reabilitação.

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