Escrito por: Roberta Aumann
Revisado e editado por: Beatriz Borinelli
As denominadas doenças neurodegenerativas são distúrbios que afetam o sistema nervoso central (SNC), que está envolvido em múltiplas funções do organismo. Essas doenças podem se manifestar de diversas formas, debilitando os indivíduos que são acometidos por elas. Entre as doenças neurodegenerativas mais comuns pode-se citar o Alzheimer e o Parkinson, sendo a deterioração cognitiva um elemento fundamental para que estes casos clínicos apresentem ou não o desenvolvimento da demência (Guimarães et al., 2009).
A doença de Alzheimer identificada principalmente por afetar a memória de pessoas idosas, é a doença que apresenta demência de forma mais decorrente, com uma prevalência de aproximadamente 60% dos quadros demenciais (Neto, Tamelini & Forlenza, 2005). Estudos mostram que há predominância da doença de Alzheimer em mulheres com relação aos homens, sendo de 1 a cada 6 a probabilidade das mulheres de desenvolver a doença após os 65 anos de idade. Os mesmos estudos relacionam o fato das mulheres terem maior probabilidade a desenvolver Alzheimer com as interrupções hormonais durante e depois da menopausa. Segundo a Associação Alzheimer Portugal, a nível mundial, dados apontam que 1 a cada 80 mulheres na faixa etária entre 65 e 69 anos apresentam demência dentro do diagnóstico de Alzheimer, e, para ambos os sexos, a demência afeta 1 a cada 4 pessoas.
Entretanto, na doença de Parkinson, que é uma doença neurológica identificada principalmente pelo tremor involuntário do indivíduo, se têm dados que apontam que os homens são mais afetados que as mulheres, com idade média de 60 anos, pois está relacionada aos efeitos neuprotetores do estrogênio ao longo da vida, justificando a predominância da doença no sexo masculino, porém ainda se tem controversas em relação a esse fato (LAU; BRETELER, 2006; STEIDL; ZIEGLER; FERREIRA, 2007; ANDRADE,1998; IBGE, 2013).
As doenças de Parkinson e Alzheimer podem ser identificadas de forma precoce, porém a incidência de demência nesses quadros clínicos, bem como outras doenças neurodegenerativas, tende a subir após o período de 65 e 72 anos, atingindo quase metade da população idosa com mais de 85 anos. Embora a maioria das doenças neurodegenerativas tenham a cura sendo estudada ainda, é indicado acompanhamento médico para melhorar a condição de vida dos pacientes, e também visando retardar a evolução e agravamento dos sintomas.
Os óbitos por doenças que atacam o sistema nervoso, no Brasil, vem crescendo de forma preocupante, isto que dados mostram que, em 2009, o Alzheimer se apresentou como causa básica em 65% das mortes de mulheres e 51,1% das mortes dos homens. O crescimento da mortalidade feminina em decorrência do Alzheimer se agrava ainda mais, considerando a feminização da população idosa brasileira, dado que as mulheres vivem em média mais tempo que os homens. Por isso, a prevenção ao longo da vida, com práticas saudáveis de alimentação e exercícios físicos, bem como o acompanhamento com especialistas é fundamental – principalmente, quando há mais propensão ao surgimento das doenças neurodegenerativas -, para retardar o surgimento da doença e obter um diagnóstico precoce.
Fontes
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MONACO, Bernardo de. O QUE É UMA DOENÇA NEURODEGENERATIVA?. Disponível em:https://www.drmonaco.com.br/website/index.php/pt/blog/o-que-e-uma-doenca-neurodegenerativa . Acesso em: 06 de março de 2023.
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