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Humberto Mauro e o Instituto Nacional de Cinema Educativo/ RJ

Publicado em: 15 de abril de 2024 /*! elementor – v3.15.0 – 20-08-2023 */ .elementor-heading-title{padding:0;margin:0;line-height:1}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title[class*=elementor-size-]>a{color:inherit;font-size:inherit;line-height:inherit}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-small{font-size:15px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-medium{font-size:19px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-large{font-size:29px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-xl{font-size:39px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-xxl{font-size:59px} Humberto Mauro e o Instituto Nacional de Cinema Educativo/ RJ Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   O período de 1936 e 1966 é marcado pela atuação do mineiro Humberto Mauro na produção de documentários curtas-metragens educativos realizados no Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), no Rio de Janeiro. Com o apoio do Ministro da Educação e Saúde, na gestão do governo de Getúlio Vargas, o objetivo principal do INCE era utilizar o cinema como instrumento para auxiliar no ensino e na educação popular. No total, foram produzidos aproximadamente 400 filmes, dos quais, o cineasta Humberto Mauro participou da produção de 350. Alguns filmes possuiam natureza educativa e outros eram destinados a documentação científica, técnica e artística, incluindo temas como prevenção e tratamento de doenças, costumes, plantas e animais.  Em geral, as técnicas de animação eram aplicadas em esquemas visuais para facilitar a compreensão da anatomia e fisiologia da flora e fauna brasileira, como por exemplo O puraquê (1938), Vitória Régia (1937), Orquídeas (1937), Araras (1940), e João de Barro (1956). Os materiais eram utilizados como conteúdo de apoio às disciplinas, constituindo uma forma de divulgação das pesquisas científicas realizadas nacionalmente e possibilitando a difusão da informação a lugares mais remotos do país. Dois filmes produzidos no INCE merecem destaque, O Dragãozinho Manso (1942) e A Velha a Fiar (1964) (SAMPAIO, 2013). O Dragãozinho Manso é uma animação de bonecos, com duração de 18 minutos, que conta a história de um dragão domesticado por São Jorge e que salva uma criança, ganhando o dom da invisibilidade. Já A Velha a Fiar utilizou a música popular homônima cantada pelo Trio Irakitan, sendo considerado por muito tempo, um dos primeiros videoclipes do Brasil. O live action possui duração de 6 min, (PB, 35mm) traz algumas cenas animadas em stop motion, dando a sensação de movimento de objetos e bichos. Ambos os filmes podem ser apreciados no acervo online do Banco de conteúdos culturais da Cinemateca Brasileira. /*! elementor – v3.15.0 – 20-08-2023 */ .elementor-widget-image{text-align:center}.elementor-widget-image a{display:inline-block}.elementor-widget-image a img[src$=”.svg”]{width:48px}.elementor-widget-image img{vertical-align:middle;display:inline-block} Figura 2. Frames do filme “A velha a fiar” com animação de objetos inanimados (1964). Referências CINEMATECA. Banco de conteúdos culturais: A velha a fiar.  Disponível em: <http://bcc.gov.br/filmes/443450>. Acesso em: 02 de abr. de 2024. CATELLI, Rosana Elisa. Cinema e educação: a emergência do moderno (anos 1920 a 1930). São Paulo: Edições SESC São Paulo, 2022. Disponível em: <https://issuu.com/edicoessescsp/docs/trecho-livro-cinema-educacao>. Acesso em: 03 de abr. de 2024. FIOCRUZ. Instituto Nacional do Cinema Educativo. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/brasiliana/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=418&sid=3>. Acesso em: 03 de abr. de 2024. GALVÃO, Elisandra. A ciência vai ao cinema: uma análise de filmes educativos e de divulgação científica do Instituto Nacional do Cinema Educativo (INCE). 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. MASSARANI, Luisa. A divulgação científica no Rio de Janeiro: Algumas reflexões sobre a década de 20. 1998. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Instituto Brasileiro de Informação em C&T e Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1998. SAMPAIO, João Carlos. Animação que brota distante dos grandes centros. FilmeCultura, n. 60, 2013. Disponível em: <http://revista.cultura.gov.br/item/filme-cultura-n-60/>. Acesso em: 10 de abr. de 2024. SERRANO, Jonathas; VENÂNCIO FILHO, Francisco. Cinema e Educação. São Paulo: Comp. Melhoramentos de São Paulo, 1930. VÍDEOS CONSULTADOS: ➤ O Dragãozinho Mansohttps://www.youtube.com/watch?v=sQMmf8pTUa0 ➤ A VELHA A FIAR:http://bcc.gov.br/filmes/443450 ➤ O PURAQUÊhttp://bcc.gov.br/filmes/443277 Fichas técnicas ➤ O PURAQUÊVeja a ficha ➤ A VELHA A FIARVeja a ficha ➤ O DRAGÃOZINHO MANSO : JONJOCAVeja a ficha ➤ O OXIGÊNIOVeja a ficha ➤ O PAPELVeja a ficha ➤ O PAPELVeja a ficha

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A TV Itacolomi e suas vinhetas animadas

Publicado em: 02 de abril de 2024 /*! elementor – v3.15.0 – 20-08-2023 */ .elementor-heading-title{padding:0;margin:0;line-height:1}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title[class*=elementor-size-]>a{color:inherit;font-size:inherit;line-height:inherit}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-small{font-size:15px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-medium{font-size:19px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-large{font-size:29px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-xl{font-size:39px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-xxl{font-size:59px} A TV Itacolomi e suas vinhetas animadas Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   /*! elementor – v3.15.0 – 20-08-2023 */ .elementor-widget-image{text-align:center}.elementor-widget-image a{display:inline-block}.elementor-widget-image a img[src$=”.svg”]{width:48px}.elementor-widget-image img{vertical-align:middle;display:inline-block} Frame de uma vinheta da TV Itacolomi. A TV Itacolomi, cujo nome homenageia o pico próximo da capital mineira, era carinhosamente chamada de “TV dos Mineiros”, foi a primeira de Minas Gerais, a terceira do grupo Diários Associados e a quinta do Brasil (BRANDÃO, 2011). A emissora de televisão foi fundada em 1955 em Belo Horizonte pelo jornalista e empresário Assis Chateaubriand, era afiliada à Rede Tupi de Televisão. A primeira sede da emissora, funcionou no Edifício Acaiaca, na Avenida Afonso Pena, 867, no Centro da cidade, onde o estúdio de gravação media 8 por 14 metros (REDE MINAS, 2003). Sua programação, sintonizada no canal 4, inovou na produção de conteúdos com atores e artistas locais de Belo Horizonte, sendo a primeira emissora montada exclusivamente por técnicos brasileiros.  Até a chegada do primeiro aparelho de vídeo-tape na emissora, em 1965, foram 10 anos de programação inteiramente ao vivo. Os programas mantinham características regionais, agradavam ao telespectador e tinham uma característica visual: as vinhetas eram animadas e o personagem principal era um mascote indigina que dizia “TV I-ta-co-lo-mi, sempre na liderança”. Acredita-se que as vinhetas foram desenvolvidas pela JMM Publicidade. A pioneira atuou sozinha no estado até a chegada da TV Belo Horizonte em 1960 e depois com a Globo em 1968. Com 25 anos de atuação, a TV Itacolomi teve sua concessão cassada e foi retirada do ar, marcando a memória afetiva dos mineiros.  As produções feitas em película se perderam com o fechamento da Rede Tupi e suas afiliadas em 1980. No entanto, Siomara Faria, gestora do MIS em 2019, durante entrevista com o programa Noite Ilustrada, da rádio UFMG Educativa (UFMG, 2019), ressalta que as películas das vinhetas foram telecinadas e estão no acervo do Parque Gráfico dos Diários Associados. Devido a esse processo, o material pôde ser apreciado na exposição “TV Itacolomi, a pioneira de Minas” organizada pelo Museu da Imagem e do Som. Figura 2. Frames de vinhetas da TV Itacolomi A JMM Publicidade foi uma agência fundada em 1950 no Rio de Janeiro, na época capital federal, pelo publicitário João Moacir de Medeiros que a dirigiu por quase 40 anos. A sua carteira de clientes apresentava muitas marcas de destaque, tais como: Café Paulista, Real Aerovias, Cigarros LS e Banco Nacional, entre outros (ABREU; PAULA 2007, p. 122). Em 1959, uma filial foi aberta em Belo Horizonte, sob direção de Walter Duarte de Andrade, marido da enteada de Medeiros (MEDEIROS, 2004, p. 25). De acordo com a contribuição de Alan Carneiro, para o livro Dicionário Histórico-Bibliográfico da propaganda no Brasil, em 1969 esta filial se tornou independente e começou a operar com a razão social JMM Publicidade Minas Gerais Ltda (ABREU; PAULA 2007, p. 122). Em 1985, os cotistas da sociedade de Belo Horizonte resolveram ampliar as atividades com a instalação de uma filial em Brasília/DF (DIÁRIO OFICIAL, 1985, p. 7). Segundo Amaury Nicolini, que atuou na JMM Publicidade Minas Gerais, foram criadas campanhas publicitárias para clientes como: TV Itacolomi, Banco Nacional, Líder Táxi Aéreo e Tecidos Marcelo. Mesmo depois da JMM Publicidade encerrar suas atividades no Rio de Janeiro em 1986, a marca JMM continuou ativa em Belo Horizonte (MEDEIROS, 2004, p. 25). Agradecimentos Soraia Nunes Nogueira – MIS/BH Thiago Veloso Vitral – MIS/ BH Referências ABREU, Alzira Alves de; PAULA, Christiane Jalles de. Dicionário Histórico-Bibliográfico da propaganda no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV: ABP, 2007. Amaury Nicolini. Disponível em: < https://janelapedia.com.br/index.php?title=Amaury_Nicolini>. Acesso em: 02 de abr. de 2024. DIÁRIO OFICIAL do DF. JMM Publicidade Minas Gerais Ltda. Brasília, terça-feira, 22 de outubro de 1985. p. 07. BRANDÃO, Cristina; LINS, Flávio; MAIA, Aline. Itacolomi – uma TV para Minas Gerais. Revista Famecos Mídia, Cultura e Tecnologia. Porto Alegre, v. 18, n. 3, p. 877-893, setembro/dezembro 2011. FRANCFORT, Elmo. Museu Brasileiro de Rádio e Televisão. A história da TV Itacolomi: A pioneira em Minas Gerais. 2017. Disponível em: < http://www.museudatv.com.br/a-historia-da-tv-itacolomi/>. Acesso em: 02 de abr. de 2024. MEDEIROS, João Moacir de. João Moacir de Medeiros (depoimento, 2004). Rio de Janeiro, CPDOC, ABP – Associação Brasileira de Propaganda, Souza Cruz, 2005. Disponível em: <https://www18.fgv.br/cpdoc/storage/historal/arq/Entrevista1290.pdf>. Acesso em: 02 de abr. de 2024. REDE MINAS. TV Itacolomi [memória]. 2003. Disponível em: <https://memoria.redeminas.tv/a-historia-da-tv-itacolomi/.> Acesso em: 02 de abr. de 2024. UFMG. Exposição resgata a história da TV Itacolomi. Disponível em: <https://ufmg.br/comunicacao/noticias/exposicao-resgata-a-historia-da-tv-itacolomi> Acesso em: 02 de abr. de 2024.   VÍDEOS CONSULTADOS: ➤ Coletânea de Vinhetas da TV Itacolomi – Anos 50/60https://www.youtube.com/watch?v=Bbj_8AxMXfQ ➤ Compilado de vinhetas da Tv Itacolomi (Anos 60)https://www.youtube.com/watch?v=yqDygR2MCIE ➤ VINHETAS REFEITAS (Parte 3)https://www.youtube.com/watch?v=iUHD7gvVqy0  

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Igino Bonfioli

Publicado em: 01 de abril de 2024 Igino Bonfioli Elisangela Lobo Schirigatti Maurício Silva Gino Foto do arquivo do Goes. A foto mostra Igino Bonfioli e uma câmera de sua própria fabricação. O cineasta Igino Bonfioli (1886-1965), conhecido pelos longas-metragens A canção da primavera (1923) e Tormenta (1928), é considerado um dos precursores do cinema mineiro que também se aventurou nas searas da animação publicitária e dos desenhos animados (LEITE, 2022). De origem italiana, Bonfioli emigrou para São Paulo em 1896, estabelecendo-se em Belo Horizonte em 1904, onde atuou como fotógrafo profissional a partir de 1912 (BEIRIGO, 2018, p. 122) em seu próprio negócio – Foto Bonfioli, destinado a revelação de filme, cópias e consertos de aparelhos fotográficos (SILVA NETO, p. 35). A experiência com a imagem analógica lhe trouxe subsídios para atuar no cinema e na animação. Em 1918 iniciou sua carreira no cinema ao realizar filmagens para reportagens de curta-metragens, como O enterrado vivo e A posse do presidente do estado de Minas Gerais. Na sequência, em 1920 começou a produzir documentários e em 1947 manifestou suas primeiras experiências na área da animação publicitária (Revista de Cultura Cinematográfica, 1958).  Em 1970, o acervo de Bonfioli foi doado pelas filhas ao Departamento de Fotografia e Cinema da Universidade Federal de Minas Gerais (FREITAS, 2010). O material foi restaurado e copiado, sendo que os Masters se encontram na Cinemateca Brasileira. No livro Minas Gerais: Ensaio de Filmografia de Márcio da Rocha Galdino (1983) pode-se destacar o registro de 04 curtas-metragens de natureza publicitária desenvolvidos por Igino Bonfioli. A princípio, dois deles são animações e foram realizados no ano de 1954, em parceria com Fábio Horta, um denominado de Geografia Infantil (Material original: 35mm, Branco e Preto, 3 min, 82m) e outro de Água Limpa (Material original: 35mm, Branco e Preto, 3 min, 82m). Ambos foram produzidos com película negativa a base de nitrato de celulose, um material muito instável, de fácil deterioração e altamente inflamável. Além dessas peças, o pioneiro da animação mineira também produziu a publicidade intitulada Aveia Quaker¹ , em 1958, onde foi utilizada a técnica de animação com recortes e figuração. O quarto curta publicitário chama-se Segurança do Lar (50m), uma propaganda criada para a comemoração da inauguração da sucursal em Belo Horizonte. O suporte fílmico utilizado foi positivo em nitrato e a característica desta peça é a presença de conteúdo sonoro. Os resultados da filmografia apresentados por Galdino (1983, p.389) não afirmam que Segurança do Lar utilizou alguma técnica de animação no seu processo produtivo. Diferente disso, o estudo de Marques (2007), realizado durante o mestrado em Artes na EBA/UFMG, sobre o Registro Inicial do Documentário Mineiro: Igino Bonfioli e Aristides Junqueira, sinaliza que a obra também possui animação com recortes e figuração. Informações decorrentes de um levantamento realizado pela equipe do Departamento de Fotografia e Cinema da escola de Belas Artes da UFMG pelos Professores: Luiz Gonzaga Teixeira, Carlos Hamilton de Almeida e José Tavares de Barros e diversos estagiários² (Boletim do Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, 1983).  Ainda sobre os filmes publicitários, ao consultar os registros da filmografia brasileira online organizada pela Cinemateca Brasileira, são encontradas informações sobre 04 animações de autoria de Bonfioli. Além de Água Limpa e Geografia Infantil, outras duas são peças promocionais não datadas e silenciosas, que foram produzidas entre os anos de 1934 e 1954, são elas a Publicidade: Araujo Alfaiate (Título atribuído)³ e a Publicidade: Cia. Petróleo da Bahia (Título atribuído)⁴. As duas animações foram examinadas pela equipe da cinemateca e os registros indicam que os filmes constam na lista de materiais enviados pela Universidade Federal de Minas Gerais dentro do lote <Bonfioli, Igino>, sendo restauradas pela Cinemateca Brasileira, durante o projeto Resgate do Cinema Silencioso Brasileiro da Secretaria do Audiovisual (SAV), em 2006-2007.  Com relação aos desenhos animados do mesmo autor, os registros da cinemateca mostram alguns dados sobre a obra Zé Pindoba (1956). O material não foi analisado pela instituição e por isso, não há muitos detalhes do conteúdo, somente descreve que este é caracterizado como curta-metragem, sonoro, ficção e o material original possui 35mm, BP, 3min, 82m, 24q. No entanto, uma matéria, publicada na Revista de Cultura Cinematográfica⁵ de 1958, ressalta o processo de desenvolvimento do desenho animado Zé Pindoba⁶ pelo departamento Cinematográfico da UPC Filmes (União dos Propagandistas Católicos), composto pelo cineasta Igino Bonfioli, que foi responsável pela produção, Fábio Horta, que realizou os desenhos e contou com a participação do cinegrafista Sinésio Silva. Segundo o relato, a produção do curta-metragem iniciou em 1956 e ainda se encontrava em desenvolvimento quando a matéria foi realizada, em 1958, sendo considerado o primeiro desenho animado a ser feito em Minas Gerais e um dos primeiros da categoria no Brasil.  A notícia de 1958 da Revista de Cultura Cinematográfica ainda destaca que a gravação sonora em 16mm, que era realizada em laboratórios do Rio de Janeiro, passou a contar com o trabalho do técnico Cauby José de Alencar que, ao montar um gravador, possibilitou unir a parte ótica e eletrônica, ficando a parte mecânica sob responsabilidade de Custódio Marino Sheid. Cristiano Coelho (2024) adiciona que, Bonfiglioli e Cauby eram os fotógrafos que se revezavam na filmagem enquanto que Aroldo Falabella era responsável pela sonorização. Além de Zé Pindoba, Bonfioli produziu os desenhos animados João Ventura e a Ferradura e José Vitamina em Barbão, o Pancadão, também contando com os desenhos de Fábio Horta.  Enquanto as atividades na UPC ocorriam na parte da tarde, Cristiano Coelho e Fábio Horta também trabalhavam juntos na parte da manhã, no Departamento Técnico de Artes do Jornal Estado de Minas, que pertencia ao Diário Associados. Eles ilustravam as peças comerciais demandadas pelo Departamento de Publicidade (Figura 2). Fábio Horta participou das animações produzidas pelo cineasta mineiro Igino Bonfioli entre 1934 a 1958. Segundo Coelho (2024), Fábio era o desenhista principal que realizava as poses principais das animações, que eram chamadas de Keyframes. Ainda de acordo com o relato de Coelho, o animador utilizava seus próprios personagens que eram criações voltadas para os quadrinhos, um exemplo é o José Vitaminas, cuja

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