O Falando Para o Mundo é um tópico do Projeto Estímulo responsável pelo compartilhamento de informações e experiências sobre o Parkinson, a partir de entrevistas realizadas com profissionais de saúde e cuidadores. Nele podemos desfrutar de uma entrevista por mês, somando um total de doze entrevistas ao ano disponíveis para leitura.
No projeto, nós realizamos entrevistas com diversas pessoas envolvidas com a Doença de Parkinson: pacientes, cuidadores, profissionais da saúde, advogados especialistas, colaboradores da Associação Parkinson Paraná, membros do Projeto Estímulo, entre outros. Além de informar sobre a doença, o objetivo deste projeto é que as pessoas possam compartilhar e conhecer experiências, sentir que não estão sozinhas.
Entrevista Ariclê – Artista Plástica, Arteterapeuta, Contadora de História, Esp. Neuropsicologia, Docente de Pós Graduação, Arteterapeuta da Associação Parkinson Paraná.
“O paciente que cria na arte, cria na vida, o desenvolvimento da criatividade leva a autorrealização.”
Entrevista Helena – Criadora do programa “Cuide-se”, destinado aos cuidadores de pacientes com Parkinson.
“Diria para os cuidadores e para os doentes da DP que procurem uma nova perspectiva, que ressignifiquem a sua relação e o medo que ambos sentem da doença.”
Entrevista Dra Mariana – Especialista em Neurologia; membro titular da Academia Brasileira de Neurologia; especialista em distúrbios do movimento pela Universidade da Flórida – USA e Doutorado (PhD) na Universidade Federal do Paraná.
“Hoje em dia, existem diversas terapias e tratamentos, podendo-se viver uma vida normal e com uma boa qualidade quando a doença é tratada adequadamente. Existem muitos estudos que ocorrem no mundo todo com diversas novas medicações, então sempre vamos ter algo novo a oferecer para ele.”
Entrevista Edileusa – Funcionária estadual, formada em educação física e ex-atleta. Edileusa trabalhou na área da educação nos colégios estaduais por oito anos e trabalhou por 13 anos na APAE Paranaguá. Continua ligada às escolas com o projeto dança Afro MACULELÊ, agora como voluntária. Inquieta, após o diagnóstico com a doença de Parkinson, busca novos projetos para se aventurar.
“Para conviver com essa doença é preciso ter fé em Deus, força de vontade, muita, muita garra mesmo, humor, autoestima e determinação e essas coisas não me faltam, cada dia é único, cada aprendizado é necessário e por isso faço o que posso para ter uma boa qualidade de vida apesar do Parkinson.”
Entrevista Everton – Assistente social, 31 anos, filho de uma paciente diagnosticada com Parkinson.
“Penso que o diagnóstico de Parkinson em alguém amado nos obriga a parar para refletir sobre o sentido da capacidade e impotência em nossas vidas, começamos a medir nossa limitada capacidade de proporcionar ajuda e conforto a alguém que assiste sua capacidade de ação e de escolha diminuindo a cada dia.”
Entrevista Gilmar – Engenheiro, Psicólogo, Arteterapeuta, Esp. Psicologia Junguiana e Neuropsicologia. Atualmente trabalha com Arteterapia na Associação Parkinson Paraná e é voluntário na Igreja Guadalupe.
“A Arteterapia também é entendida como uma técnica que une a arte e a psicologia, capaz de trazer à consciência conteúdos reprimidos no inconsciente para serem trabalhados.”
Entrevista Jihad – Fisioterapeuta da Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo, em Curitiba, no Paraná.
“É muito importante destacar que o Parkinson se manifesta de uma forma distinta em cada indivíduo. Qualquer tipo de atividade física ou esporte sempre traz benefícios para o paciente, desde que ele consiga realizá-las de forma satisfatória e sempre bem orientado.”
Entrevista Jorge – Voluntário do Projeto Estímulo, neto de um paciente que viveu o Parkinson.
“É psicologicamente muito difícil para ambos, mas manter a cabeça no lugar, para conseguir lidar com as adversidades que virão, é muito importante.”
Entrevista Edna – Fonoaudióloga (UNIUBE), especialista em fonoaudiologia hospitalar (PUC-PR), mestre em distúrbios da comunicação (Tuiuti-PR) e doutora em medicina interna – neurologia (UFPR).
“O profissional fonoaudiólogo precisa ter um olhar além da patologia apresentada pelo paciente. Ele precisa ver o paciente com empatia, entendendo as grandes mudanças que lhe serão acarretados a partir do momento que iniciou seus primeiros sintomas que paralisará sua vida e destruirá seus sonhos e o mesmo perderá a fé de que tem capacidade de readaptação no mundo.”
Entrevista Katia – Formada em enfermagem pela PUC-PR, atuou na área de Oncologia por 6 anos, onde também fez Residência. Mestrado e doutorado em Engenharia Biomédica na UTFPR, atualmente trabalha como professora UTFPR-DAFIS, no Curso de Tecnologia em Radiologia e coordena o Projeto Estímulo.
“Não devemos olhar para o paciente de Parkinson com piedade ou dó, pré-julgando a sua condição, mas sim compreender que, mesmo com as suas limitações, o paciente tem plena independência para viver a sua vida.”