ABRALA

Author name: João Lucas Barboza Marçal

Luiz Nazário e a Ophicina Digital

Publicado em: 18 de novembro de 2024 Luiz Nazário e a Ophicina Digital Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   A produção de animação em Minas Gerais na década de 1980 foi marcada pelas atividades realizadas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A escola construiu seu acervo em animação a partir de disciplinas como “Técnicas Alternativas de Animação”, “Técnicas Audiovisuais” e ” História da Arte”, além de cursos ofertados pela escola ou por parceiros (NOGUEIRA, 2015).  As produções nascem de projetos que podem ser financiados ou não. Pode-se destacar duas iniciativas, o projeto Ophicina Digital e a Universidade das Crianças. Dr Luiz Nazário ¹ Figura 1. Dr Luiz Nazário (2017) e a logo da Ophicina Digital. O professor titular da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais escreveu e dirigiu o primeiro longa-metragem em animação de Minas Gerais, a Trilogia do Caos (2001-2016), produzida com dois Prêmios de Incentivo à Produção, da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, e da Associação Curta Minas/CEMIG, e animada por jovens artistas da Escola de Belas Artes a partir da pesquisa Animação Expressionista, financiada pelo CNPq. O roteiro inclui uma narrativa sombria com inspiração no estilo expressionista, sendo a primeira animação de computação gráfica do país produzida em uma universidade. O filme é dividido em três partes, de 20 minutos cada aproximadamente, separadas pelos créditos, totalizando 55 min30s, incluindo apresentação e créditos. A primeira e segunda foram produzidas em 2001 e a última finalizada em 2016. A tela de abertura de cada parte é um fundo preto com letras brancas fazem um pequeno review das anteriores e situa o observador sobre a questão principal a ser desenrolada. A parte sonora não possui diálogos ou narrativa oral, é composta apenas de música de fundo e alguns foleys como por exemplo pessoas batendo palmas, multidão gritando, sussurros.  A primeira parte denominada “A flor do Caos” (2001) nasceu de um projeto de animação coordenado pelo Professor Luiz Nazário, cujo roteiro ganhou um prêmio da Secretaria Municipal de Cultura, o que permitiu alguns investimentos em equipamentos e formar uma equipe de dois técnicos. Novos recursos vieram financiados pela FAPEMIG, e com outro prêmio vindo da Associação Curta-Minas/CEMIG, para a produção de uma animação em película. Desta maneira, a sala ficou mais equipada e a equipe aumentou, sendo composta por uns doze animadores, todos alunos bolsistas e técnicos da Escola. Esta infraestrutura proporcionou a produção do segundo filme da Trilogia do Caos em quinze computadores, incluindo os da Ophicina Digital e os dos alunos. Na época uma animadora que estagiava em Cleveland, nos EUA contribuía com o projeto ao enviar seus trabalhos por e-mail.  A segunda parte foi intitulada “Selenita acusa!” e foi datacinada para uma película 35mm. A transferência do HD para a película foi realizado pelo laboratório Megacolor de São Paulo e o processo consistia em transferir as animações feitas no computador, editadas e convertidas em arquivos tiff de alta resolução para a película. Para essa etapa, a animação precisa já estar finalizada, bem como os créditos e a trilha sonora, que foi composta em São Paulo pelo compositor Lelo Nazario, irmão de Nazário. O filme inteiro em HD foi levado pelo próprio Nazário para o Laboratório Curt e Alex de São Paulo para a datacinagem e a sonorização em película 35 mm. Nazario (2005) acredita que esta foi a primeira animação desse formato (digital com transfer em película 35mm) de duração (longa), um fato inédito na Escola e em Minas Gerais. Durante a existência da Ophicina Digital foram produzidos aproximadamente 50 DVDs com a melhor produção da EBA. Esses DVDs podem ser consultados na Biblioteca. Também foram feitos vários catálogos e o livro Filmoteca Mineira foi publicado. Já a ideia do projeto Filmoteca Mineira era a de conservar os filmes produzidos em Minas aqui em Minas, e não enviar para a Cinemateca. Notas ¹ É docente, historiador de arte, crítico de cultura e escritor. Colabora para o caderno Aliás, do Estadão. Autor de diversos livros, dentre os quais Da natureza dos monstros (1988), As sombras móveis (1999), Todos os corpos de Pasolini (2007) e O cinema errante (2013). Referências TV UFMG. PANORÂMICA #10: Trilogia do Caos Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=zyxXgZDRV_k>. Acesso em: 15 de mar. de 2024. NAZARIO, Luiz (Org.). Filmoteca mineira. Belo Horizonte: Escola de Belas Artes da UFMG, 2004. 117 p. SILVA, Camila Cristina da. Paixão por preservar: acervos de imagem em movimento da Escola de Belas Artes (UFMG), Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte e Arquivo Público Mineiro. 318f. Dissertação (Mestrado em Artes). Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017. SOARES, Alexandre Martins. Memória Audiovisual na Sociedade Informatizada: arquivos físicos e digitais. 2006. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003. Filmografia Trilogia do Caos Realização Ophicina digitalProjeto Filmoteca Mineira CoordenaçãoDr Luiz Nazário ➤ PANORÂMICA #10: Trilogia do Caos | teaserhttps://www.youtube.com/watch?v=koCjPWHNbeE&list=PLBv8koRm6pO1zAlU4mLsc5Flg-K4hlihs&index=14 ➤ Flor do caos (filme curta-metragem)https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=nk9VoI6ZNBc ➤ ExperimentAnima 2024 – Ophicina Digital: estrutura, projetos e desafioshttps://www.youtube.com/watch?v=sQvyDCUGi3Q

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UFMG e a animação

Publicado em: 19 de abril de 2024 UFMG e a animação Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   A produção de animação em Minas Gerais na década de 1980 foi marcada pelas atividades realizadas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A escola construiu seu acervo em animação a partir de disciplinas como “Técnicas Alternativas de Animação”, “Técnicas Audiovisuais” e ” História da Arte”, além de cursos ofertados pela escola ou por parceiros (NOGUEIRA, 2015).  As produções nascem de projetos que podem ser financiados ou não. Pode-se destacar duas iniciativas, o projeto Ophicina Digital e a Universidade das Crianças. Figura 1. Dr Luiz Roberto Pinto Nazário (2017) e a logo da Ophicina Digital O professor titular da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais escreveu e dirigiu o primeiro longa-metragem em animação de Minas Gerais, a Trilogia do Caos (2001-2016), produzida com dois Prêmios de Incentivo à Produção, da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, e da Associação Curta Minas/CEMIG, e animada por jovens artistas da Escola de Belas Artes a partir da pesquisa Animação Expressionista, financiada pelo CNPq. O roteiro inclui uma narrativa sombria com inspiração no estilo expressionista, sendo a primeira animação de computação gráfica do país produzida em uma universidade. O filme é dividido em três partes, de 20 minutos cada aproximadamente, separadas pelos créditos, totalizando 55 min30s, incluindo apresentação e créditos. A primeira e segunda foram produzidas em 2001 e a última finalizada em 2016. A tela de abertura de cada parte é um fundo preto com letras brancas fazem um pequeno review das anteriores e situa o observador sobre a questão principal a ser desenrolada. A parte sonora não possui diálogos ou narrativa oral, é composta apenas de música de fundo e alguns foleys como por exemplo pessoas batendo palmas, multidão gritando, sussurros.  A primeira parte denominada “A flor do Caos” (2001) nasceu de um projeto de animação coordenado pelo Professor Luiz Nazário, cujo roteiro ganhou um prêmio da Secretaria Municipal de Cultura, o que permitiu alguns investimentos em equipamentos e formar uma equipe de dois técnicos. Novos recursos vieram financiados pela FAPEMIG, e com outro prêmio vindo da Associação Curta-Minas/CEMIG, para a produção de uma animação em película. Desta maneira, a sala ficou mais equipada e a equipe aumentou, sendo composta por uns doze animadores, todos alunos bolsistas e técnicos da Escola. Esta infraestrutura proporcionou a produção do segundo filme da Trilogia do Caos em quinze computadores, incluindo os da Ophicina Digital e os dos alunos. Na época uma animadora que estagiava em Cleveland, nos EUA contribuía com o projeto ao enviar seus trabalhos por e-mail.  A segunda parte foi intitulada “Selenita acusa!” e  foi datacinada para uma película 35mm. A transferência do HD para a película foi realizado pelo laboratório Megacolor de São Paulo e o processo consistia em transferir as animações feitas no computador, editadas e convertidas em arquivos tiff de alta resolução para a película. Para essa etapa, a animação precisa já estar finalizada, bem como os créditos e a trilha sonora, que foi composta em São Paulo pelo compositor Lelo Nazario, irmão de Nazário. O filme inteiro em HD foi levado pelo próprio Nazário para o Laboratório Curt e Alex de São Paulo para a datacinagem e a sonorização em película 35 mm. Nazario (2005) acredita que esta foi a primeira animação desse formato (digital com transfer em película 35mm) de duração (longa), um fato inédito na Escola e em Minas Gerais.  Durante a existência da Ophicina Digital foram produzidos aproximadamente 50 DVDs com a melhor produção da EBA. Esses DVDs podem ser consultados na Biblioteca. Também foram feitos vários catálogos e o livro Filmoteca Mineira foi publicado. Já a ideia do projeto Filmoteca Mineira era a de conservar os filmes produzidos em Minas aqui em Minas, e não enviar para a Cinemateca.  Filmografia Trilogia do Caos  Realização: Ophicina digital Projeto Filmoteca Mineira  Coordenação Dr Luiz Roberto Pinto Nazário ➤ PANORÂMICA #10: Trilogia do Caos | teaserhttps://www.youtube.com/watch?v=koCjPWHNbeE&list=PLBv8koRm6pO1zAlU4mLsc5Flg-K4hlihs&index=14 ➤ Flor do caos (filme curta-metragem)https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=nk9VoI6ZNBc Referências TV UFMG. PANOR MICA #10: Trilogia do Caos Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=zyxXgZDRV_k>. Acesso em: 15 de mar. de 2024. NAZARIO, Luiz (Org.). Filmoteca mineira. Belo Horizonte: Escola de Belas Artes da UFMG, 2004. 117 p. SILVA, Camila Cristina da. Paixão por preservar: acervos de imagem em movimento da Escola de Belas Artes (UFMG), Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte e Arquivo Público Mineiro. 318f. Dissertação (Mestrado em Artes). Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2017. SOARES, Alexandre Martins. Memória Audiovisual na Sociedade Informatizada: arquivos físicos e digitais. 2006. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.

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A “Criação” de Helvécio Ratton e Fausto Hugo Prats

Publicado em: 17 de abril de 2024 A “Criação” de Helvécio Ratton e Fausto Hugo Prats Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   Figura 1 – Cineasta brasileiro Helvécio Ratton O famoso cineasta brasileiro conhecido por diversas obras live action,entre essas, A Dança dos Bonecos (1986) e O Menino Maluquinho (1995), iniciou a carreira no cinema ao dirigir um desenho animado. Em 1977, Helvécio Ratton escreveu o roteiro e co-dirigiu com o ilustrador Fausto Hugo Prats (1945 – ) o desenho animado intitulado Criação (1977) (NAGIB, 2002. p. 367; LEITE, 2024). O curta-metragem colorido de 35mm, tinha 5 minutos de duração, foi desenvolvido na técnica tradicional com traço sobre o acetato e marca a proximidade do cineasta com o cinema. Ratton diz que, apesar da sua participação constante no processo, principalmente de seleção de imagens, sugestão de planos, enquadramentos e decupagem, foi Fausto o responsável pela animação e é o diretor principal do filme (VILLAÇA, 2005). A equipe executora teve participação de Carlos Giovanni na direção de fotografia e Célio Balona na Direção de som. O personagem principal é uma galinha, chamada Adalgisa, que botava planetas ao invés de ovos e formou o universo. A narrativa do curta é melhor descrita no texto da Cinemateca: Adalgisa, uma galinha, bota ovos-planetas e compõe o universo. O parto mais difícil é a Terra. Quando bota a Terra, o som se transforma e Adalgisa observa o ovo estranho. Imagens sofridas da terra se sucedem rapidamente. Adalgisa pisa na Terra e arrebenta o ovo-planeta. Fusão para galinha de verdade dormindo no poleiro. A galinha acorda com ruídos de balas e salta do poleiro. (Embrafilme/Arquivo CGV) O filme possuía conotação política mas passou pelo filtro da repressão na época da ditadura. Na época, os autores acreditavam que o filme não foi censurado por mostrar imagens genéricas e que não faziam alusão direta ao Brasil. A realização do curta foi viabilizada por meio da Filmes Geraes Ltda., de Victor Hugo de Almeida.  A animação recebeu prêmio da Associação Mineira de Cinema no Concurso de Filmes Mineiros de Curta-Metragem, 2, 1978, Belo Horizonte – MG e teve menção especial na Feira Nacional de Humor, 1, 1980, Curitiba – PR. O Jornal do Brasil (Minas […], 1978) destaca que a animação Criação de Helvécio e Fausto ganhou prêmio de Cr$ 50 mil no Concurso Nacional de Curtas-Metragens promovido pelo Governo de Minas Gerais.  Hoje a animação se encontra no Museu de Imagem do Som (MIS) de Belo Horizonte, sendo acessada por meio de moviola no dia 26/04/2024 pela servidora Soraia Nunes Nogueira e apreciação de Elisangela Lobo Schirigatti. Figura 2. Imagens da película, lata e filme da animação “Criação” na moviola do MIS-BH (2024) Segundo a Editora Dubolsinho, “Fausto começou a trabalhar em jornais aos 18 anos como ilustrador e cartunista. Em 1968, fundou com Raul Alvarenga Sobrinho, José Barbosa de Vilhena e Sebastião Nunes uma agência chamada RBV e depois Ponto Publicidade. (MARQUES, 2008, p. 99). No final dos anos 70, com outros cartunistas, lançou UAI!, primeira revista de HQ de Belo Horizonte. Hoje é diretor de arte sênior e continua atuando como freelancer para jornais e editoras”  (DUBOLSINHO, s/d, p. 17). Figura 3. A) Capas da revista independente UAI! número 1 e 2. B) Capa ilustrada por Fausto Prats. C) Ilustração apresentada por Prats no Salão Internacional de Humor de Piracicaba (1977). Figura 4. Tirinhas selecionadas de Fausto Prats pela revista Gibi Semanal (1975) Mesmo sem um título definido, foram publicadas tiras dos personagens O Cristo e Batvampiro. Ambas foram publicadas posteriormente em 1979 na revista independente Uai!!, de Belo Horizonte – MG. Animação Criação 1977 (CINEMATECA, 2024) Helvécio Ratton e Fausto Hugo Prats Categorias: Curta-metragem / COR/ Sonoro / Ficção Material original: Desenhos em acetato, fotos, 35mm, 5min, 120m, 24q Produção: Filmes Gerais Ltda Fotografia: Carlos Giovanni Som: Célio Balona Referências DUBOLSINHO. Catálogo.  Disponível em: <https://www.germinaliteratura.com.br/imagensblog/crisalida_folder.pdf>. Acesso em: 15 de mar. de 2024. FAUSTO Prats. O Grilinho Brincalhão. Reprod. do Capa do livro de Clemente Luz, 1985. Colorido. LEITE, Savio. Animação em Minas Gerais. 2022. Disponível em: <https://www.cinehumbertomauromais.com/post/animacao-em-minas-gerais>. Acesso em: 15 de mar. de 2024. MARQUES, Fabrício. Sebastião Nunes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.MINAS dá pacote de prêmios culturais. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, ano 88, n. 229, Nacional, p. 16, 23 nov. 1978. NAGIB, Lúcia. O cinema da retomada. São Paulo: Editora 34, 2002. p. 367 OLIVEIRA, Augusto Otávio Fonseca de; ADVERSE, Angélica Oliveira.  Entre as Artes Plásticas e os Quadrinhos: O Desenho Mineiro na Produção Editorial da Década de 1970. Vinco – Revista de Estudos de Edição, Belo Horizonte, v. 3, n. 1, 2023. SALÃO INTERNACIONAL DE HUMOR DE PIRACICABA, 8., 1981, São Paulo. Salão Internacional de Humor de Piracicaba (79/80/81). Piracicaba: Prefeitura Municipal, 1981. 112 p., il. p&b. SPsih-pira 8/1981 VILLAÇA, Pablo. Helvécio Ratton: o cinema além das montanhas. São Paulo : Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Cultura – Fundação Padre Anchieta, 2005. 440p LEITE, Savio. Fotografias MIS de Belo Horizonte. https://www.facebook.com/search/top/?q=Fausto%20Hugo%20Prats%20 SALÃO INTERNACIONAL DE HUMOR DE PIRACICABA, 8., 1981, São Paulo. Salão Internacional de Humor de Piracicaba (79/80/81). Piracicaba: Prefeitura Municipal, 1981. 112 p., il. p&b. SPsih-pira 8/1981 Ficha Técnica ➤ CRIAÇÃO (1977)Veja a ficha

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Mais animações produzidas por mineiros 1965-1978

Publicado em: 17 de abril de 2024 /*! elementor – v3.15.0 – 20-08-2023 */ .elementor-heading-title{padding:0;margin:0;line-height:1}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title[class*=elementor-size-]>a{color:inherit;font-size:inherit;line-height:inherit}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-small{font-size:15px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-medium{font-size:19px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-large{font-size:29px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-xl{font-size:39px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-xxl{font-size:59px} Mais animações produzidas por mineiros 1965-1978 Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   Zélio Alves Pinto nasceu em 20 de fevereiro de 1938 em Caratinga, Minas Gerais, desde então, já atuou como pintor, jornalista, artista gráfico, escritor, caricaturista e ilustrador. Em 1965, Zélio desenvolveu uma animação experimental intitulada No Caos Está Contido o Germe de Uma Nova Esperança. O filme foi apresentado no Festival JB¹ e na Mostra do Filme de Animação Brasileira. Esse curta influenciou alguns animadores instigando-os a fundar o Grupo Fotograma², no final dos anos sessenta. Outro filme dirigido por Zélio foi Amor Mor (1973), com 4 minutos de duração e com animação de Clóvis Vieira. O filme mostra um personagem não individualizado que representa toda uma classe social, preocupando-se com uma acomodação, sem saber que está chegando ao seu fim. O curta-metragem O mágico (1978) foi produzido pelo  artista  plástico Luiz Bandeira de Mello e é um desenho animado focado na destruição da natureza pelo homem. A obra com duração de 9 minutos contou com trilha sonora de Roger Henri³. /*! elementor – v3.15.0 – 20-08-2023 */ .elementor-widget-divider{–divider-border-style:none;–divider-border-width:1px;–divider-color:#0c0d0e;–divider-icon-size:20px;–divider-element-spacing:10px;–divider-pattern-height:24px;–divider-pattern-size:20px;–divider-pattern-url:none;–divider-pattern-repeat:repeat-x}.elementor-widget-divider .elementor-divider{display:flex}.elementor-widget-divider .elementor-divider__text{font-size:15px;line-height:1;max-width:95%}.elementor-widget-divider .elementor-divider__element{margin:0 var(–divider-element-spacing);flex-shrink:0}.elementor-widget-divider .elementor-icon{font-size:var(–divider-icon-size)}.elementor-widget-divider .elementor-divider-separator{display:flex;margin:0;direction:ltr}.elementor-widget-divider–view-line_icon .elementor-divider-separator,.elementor-widget-divider–view-line_text .elementor-divider-separator{align-items:center}.elementor-widget-divider–view-line_icon .elementor-divider-separator:after,.elementor-widget-divider–view-line_icon .elementor-divider-separator:before,.elementor-widget-divider–view-line_text .elementor-divider-separator:after,.elementor-widget-divider–view-line_text .elementor-divider-separator:before{display:block;content:””;border-bottom:0;flex-grow:1;border-top:var(–divider-border-width) var(–divider-border-style) var(–divider-color)}.elementor-widget-divider–element-align-left .elementor-divider .elementor-divider-separator>.elementor-divider__svg:first-of-type{flex-grow:0;flex-shrink:100}.elementor-widget-divider–element-align-left .elementor-divider-separator:before{content:none}.elementor-widget-divider–element-align-left .elementor-divider__element{margin-left:0}.elementor-widget-divider–element-align-right .elementor-divider .elementor-divider-separator>.elementor-divider__svg:last-of-type{flex-grow:0;flex-shrink:100}.elementor-widget-divider–element-align-right .elementor-divider-separator:after{content:none}.elementor-widget-divider–element-align-right .elementor-divider__element{margin-right:0}.elementor-widget-divider:not(.elementor-widget-divider–view-line_text):not(.elementor-widget-divider–view-line_icon) .elementor-divider-separator{border-top:var(–divider-border-width) var(–divider-border-style) var(–divider-color)}.elementor-widget-divider–separator-type-pattern{–divider-border-style:none}.elementor-widget-divider–separator-type-pattern.elementor-widget-divider–view-line .elementor-divider-separator,.elementor-widget-divider–separator-type-pattern:not(.elementor-widget-divider–view-line) .elementor-divider-separator:after,.elementor-widget-divider–separator-type-pattern:not(.elementor-widget-divider–view-line) .elementor-divider-separator:before,.elementor-widget-divider–separator-type-pattern:not([class*=elementor-widget-divider–view]) .elementor-divider-separator{width:100%;min-height:var(–divider-pattern-height);-webkit-mask-size:var(–divider-pattern-size) 100%;mask-size:var(–divider-pattern-size) 100%;-webkit-mask-repeat:var(–divider-pattern-repeat);mask-repeat:var(–divider-pattern-repeat);background-color:var(–divider-color);-webkit-mask-image:var(–divider-pattern-url);mask-image:var(–divider-pattern-url)}.elementor-widget-divider–no-spacing{–divider-pattern-size:auto}.elementor-widget-divider–bg-round{–divider-pattern-repeat:round}.rtl .elementor-widget-divider .elementor-divider__text{direction:rtl}.e-con-inner>.elementor-widget-divider,.e-con>.elementor-widget-divider{width:var(–container-widget-width,100%);–flex-grow:var(–container-widget-flex-grow)} Notas ¹ O Festival de Cinema do Jornal do Brasil ou Festival JB foi um encontro anual de realizadores brasileiros de filmes de curta metragem realizado no Rio de Janeiro e promovido pelo diário Jornal do Brasil. Iniciado em 1965, o festival existiu até 1979 e teve duas etapas: amadorística (1965-70) e profissional (1971-79). ² O grupo Fotograma era formado por Rui Oliveira, Pedro Ernesto Stilpen ‘Stil’, Carlos Alberto Pacheco, Antônio Moreno e Jô Oliveira. Entre os filmes produzidos pelo grupo estão O coelhinho sabido (1967), O palhaço domador (1967), O Cristo procurado (1980), A pantera negra (1968) e Status quo (1968). O grupo se desfez em 1969, porém, o trabalho do Fotograma possibilitou a criação de uma animação em 35mm, Batuque (1969), dirigida por Stil (BUCCINI, 2017). ³ Roger Henri Barroso Huthmacher nasceu em Niterói no Rio de Janeiro em 22 de maio de 1955. Iniciou seus estudos musicais aos 10 anos de idade e atualmente atua como arranjador, compositor e instrumentista. Referências APM. Imagens em Movimento. Pindorama. Disponível em: <http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/x_movie/x_movie_view.php?cid=1&lid=74>. Acesso em: 9 de abr. de 2024. CAMARGOS, Virginia Assis; SOARES, Pedro de Brito. História em Movimento. Revista do Arquivo Público Mineiro, 136. p. 141. Disponível em: <http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/acervo/rapm_pdf/arquivistica02_2009.pdf>. Acesso em: 9 de abr. de 2024. EMBRASHOW. Os Incríveis: Biografia. Disponível em: <https://www.embrashow.com.br/artistas/contato-contratar-os-incriveis/>. Acesso em: 9 de abr. de 2024. Link de acesso às obras citadas: ➤ Pindorama (1976)https://www.youtube.com/watch?v=SNLjX3VKPso ➤Pindorama – Os Incríveishttps://www.ouvirmusica.com.br/os-incriveis/1356375/ Fichas Técnicas ➤ NO CAOS ESTÁ CONTIDO O GERME DE UMA NOVA ORDEMVeja a ficha ➤ AMOR, AMORVeja a ficha

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Companhia Cinematográfica Souza Teixeira

Publicado em: 17 de abril de 2024 Companhia Cinematográfica Souza Teixeira Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   A Companhia Cinematográfica Souza Teixeira foi uma das produtoras que atuaram em Minas Gerais nas décadas de 1960 a 1970. As produções retratam diversos eventos realizados no estado mineiro, principalmente demandados por instituições estatais e órgãos municipais, incluindo inauguração de obras, confraternizações em datas comemorativas e posses de cargos públicos. Além dos registros dessas atividades, no portfólio da empresa constam o desenvolvimento de filmes publicitários e institucionais. A animação Pindorama¹ produzida em 1976 é um exemplo de conteúdo de categoria institucional que consta nos materiais audiovisuais cadastrados no Fundo da Companhia Cinematográfica Souza Teixeira do Arquivo Público Mineiro (APM). O curta-metragem cadastrado como documentário está disponível para apreciação no acervo online por meio do Sistema Integrado de acesso do APM. O material original possui a duração de 2 minutos, foi produzido em película, com imagens coloridas e som óptico². A música é da banda paulista Os Incríveis, que surgiu em 1962. Em 1967 o grupo realizava o programa “Os Incríveis” na TV Tupi e se torna líder de audiência nacional (EMBRASHOW, s/d). Já a estrutura visual é composta por uma animação 2D tradicional feita à mão com desenho quadro a quadro. Figura 2. Frames da animação Pindorama (1976) A narrativa é dinâmica e retrata várias cenas sequenciadas que vão desde os primeiros habitantes do Brasil no período de pré-colonização, ressaltando a flora e a fauna locais, passando pela evolução industrial, científica e tecnológica. O filme encerra com a população brincando em clima de felicidade. Pindorama (canção) Foi Pindorama a mãe Dessa terra gigante Chamada Brasil Unida na mesma língua No canto, na dança, Destino comum Índio, mulato e branco De todas as cores São todos por um A esperança de um novo amanhã Já presente No sorriso dessa gente Foi Pindorama a mãe Dessa terra gigante Chamada Brasil Unida na mesma língua No canto, na dança, Destino comum Índio, mulato e branco De todas as cores São todos por um A esperança de um novo amanhã Já presente No sorriso dessa gente Esse é um país que vai pra frente Notas ¹ Nome de um bairro periférico situado na região noroeste de Belo Horizonte, localizado na microrregião do Glória. A palavra Pindorama é de origem indígena, que significa em Tupi “terra boa para plantar”, também significa “terras das Palmeiras”, e era o nome dado ao Brasil pelos índios tupis. ²  O filme foi digitalizado com recursos da 4ª edição do Programa de Estímulo ao Audiovisual – Filme de Minas – promovido pelo Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com a Cemig, Companhia Energética de Minas Gerais. Referências APM. Imagens em Movimento. Pindorama. Disponível em: <http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/x_movie/x_movie_view.php?cid=1&lid=74>. Acesso em: 9 de abr. de 2024. CAMARGOS, Virginia Assis; SOARES, Pedro de Brito. História em Movimento. Revista do Arquivo Público Mineiro, 136. p. 141. Disponível em: <http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/acervo/rapm_pdf/arquivistica02_2009.pdf>. Acesso em: 9 de abr. de 2024. EMBRASHOW. Os Incríveis: Biografia. Disponível em: <https://www.embrashow.com.br/artistas/contato-contratar-os-incriveis/>. Acesso em: 9 de abr. de 2024. Link de acesso às obras citadas: ➤ Pindorama (1976)https://www.youtube.com/watch?v=SNLjX3VKPso ➤Pindorama – Os Incríveishttps://www.ouvirmusica.com.br/os-incriveis/1356375/

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Irreverência e Abstracionismo de Ângelo Marzano

Publicado em: 16 de abril de 2024 Irreverência e Abstracionismo de Ângelo Marzano Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   Autoretrato. Ângelo Marzano. O artista plástico realizou filmes experimentais desenhando interferências diretamente na película de super 8 criando obras como: Rostos (S/d, MG, Duração: 1min.), Retrato Mudo (2006, RJ, Duração: 1min36s), Crime Passional (1975, MG, Duração: 1min42s,), Gatunagem (1975, RJ, Duração: 1min20s) e 69, Uma Pornocharada Nacional (1979, Duração: 2min.,1979), sendo esta última inadequada para menores de 18 anos. Dos seis filmes, metade foi produzida em Minas Gerais e a outra no Rio de Janeiro. Como foram produzidas na década de 1970 em formato super 8mm, as obras foram passadas para arquivos digitais em 2005 e puderam ser exibidas na sexta edição do MUMIA, em 2008. A descrição e as fotos dos curtas foram extraídos do catálogo da mostra (MUMIA, 2008, p. 12 – 21) Retrato Mudo (2006, RJ, Duração: 1min36s) quadro a quadro o rosto de um pastor se transforma como se fosse a face mutante de Deus. Non sense (1979, RJ, Duração: 1 min.50s) Numa ginástica non sense, uma cadeira trava uma luta corporal consigo mesma e contra sua sombra. Crime Passional (1975, MG, Duração: 1min42s) Em um mesmo filme duas versões de um mesmo crime. A primeira é praticada à moda antiga, com uma câmera super 8mm nos anos 70. Na segunda, o crime é reeditado na moda clean contemporânea, mas deixa uma impressão digital. Um windows? Rostos (S/d, MG, Duração: 1min.) Uma colagem animada de rostos feita a partir de desenhos de um menino. 69, Uma Pornocharada Nacional (1979, RJ, Duração: 2min.) Janelas de cinema, prédios, cartazes, puteiros, peitos, bundas, caralhos, bucetas, viados, travestis, gigolôs, joãozinhos e Marias, prostitutas…Gatunagem (1975, RJ, Duração: 1min20s) Entre miados a gatunagem animada circula em grafismos na película Figura 2. Frames das animações de Ângelo Marzano: Gatunagem, Non sense, Retrato Mudo, 69 Uma pornocharada nacional, Rostos e Crime passional. Outras animações foram produzidas por Manzano, entre elas: Indefine-se (1973), Sessão da Tarde (1976), Pulsar Quasar (1976), Graffiti (1983) e PeiXinês (2011). O artista conta que muitas vezes iniciava um trabalho em um ano e finalizava-o ou alterava-o anos mais tarde. A animação Graffiti (2005, 2min.54s) foi selecionada e exibida na 14ª Edição do Festival Internacional de Animação do Brasil, o Anima Mundi 2006. Animações pintadas direto na película colorida ao som de “”loogie Boo”do Cootie Williams Sextet. Referências ANIMA MUNDI. 14.Festival Internacional de Animação do Brasil. 2006. Disponível em: <https://issuu.com/festanimamundi/docs/catalogo_2006_completo>. Acesso em: 15 de abr. de 2024. LEITE, Savio. Animação em Minas Gerais. 2022. Disponível em: <https://www.cinehumbertomauromais.com/post/animacao-em-minas-gerais>. Acesso em: 15 de mar. de 2024. MUMIA. Catálogo 2008: Sexta edição. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/1jG2FBy2kazxjBLxCfTA2ISNV6lnIV3S_/view>. Acesso em: 15 de mar. de 2024. MARZANO, Angelo. Exposição CORPO ESCRITO. Museu de Arte Contemporânea, Niterói, 2012. Disponível em: <http://angelo-marzano.blogspot.com/search/label/v%C3%ADdeos>. Acesso em: 15 de mar. de 2024. MARZANO, Angelo. Sobre as obras de animação da filmografia do artista plástico, Belo Horizonte, Brasil, 05 abril 2024. Entrevista concedida a Elisangela Lobo Schirigatti.  Filmografia Indefine-se – MG – 3min.30s – 1973 Sessão da Tarde – 2min.22s – 1976 Pulsar Quasar – 1min.57s – 1976 Rostos – 1min. – MG – 1979 Gatunagem – 1min.20s – RJ – 1975 Crime passional – 1min.42s – MG – 1975 *69 Uma pornocharada nacional – 2min. – RJ – 1979 Non sense – 1min.50s – RJ – 1979 Retrato Mudo – 1min.50s – MG – 1980 Graffiti – 2min.54s – 1983 PeiXinês – 5min.38s  – 2011 *Inadequado para menores 18 anos Link de acesso a algumas das obras citadas: ➤ Sessão da tarde & Graffitihttps://youtu.be/IDuPhrU-giM?si=2JkOVdHGUGTrZPzg ➤ PULSAR QUASAR filme de Angelo Marzano-1976.https://youtu.be/k21pS1CAOuY?si=ShRmlCu5lg0YKtRu ➤ NON SENSE de Angelo Marzano 1979https://youtu.be/3WeAGiNbsYU?si=ChDwqgWIOOFF4QXS ➤ FITO INFINITO.avi de ANGELO Fiungo MARZANOhttps://youtu.be/C0w1NnT4I94?si=sim6YXXJz_imokYf ➤ PeiXinês – animação de ANGELO Fiungo MARZANOhttps://www.youtube.com/watch?v=L4QAXOXzxiY

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Humberto Mauro e o Instituto Nacional de Cinema Educativo/ RJ

Publicado em: 15 de abril de 2024 /*! elementor – v3.15.0 – 20-08-2023 */ .elementor-heading-title{padding:0;margin:0;line-height:1}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title[class*=elementor-size-]>a{color:inherit;font-size:inherit;line-height:inherit}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-small{font-size:15px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-medium{font-size:19px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-large{font-size:29px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-xl{font-size:39px}.elementor-widget-heading .elementor-heading-title.elementor-size-xxl{font-size:59px} Humberto Mauro e o Instituto Nacional de Cinema Educativo/ RJ Elisangela Lobo SchirigattiMaurício Silva Gino   O período de 1936 e 1966 é marcado pela atuação do mineiro Humberto Mauro na produção de documentários curtas-metragens educativos realizados no Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), no Rio de Janeiro. Com o apoio do Ministro da Educação e Saúde, na gestão do governo de Getúlio Vargas, o objetivo principal do INCE era utilizar o cinema como instrumento para auxiliar no ensino e na educação popular. No total, foram produzidos aproximadamente 400 filmes, dos quais, o cineasta Humberto Mauro participou da produção de 350. Alguns filmes possuiam natureza educativa e outros eram destinados a documentação científica, técnica e artística, incluindo temas como prevenção e tratamento de doenças, costumes, plantas e animais.  Em geral, as técnicas de animação eram aplicadas em esquemas visuais para facilitar a compreensão da anatomia e fisiologia da flora e fauna brasileira, como por exemplo O puraquê (1938), Vitória Régia (1937), Orquídeas (1937), Araras (1940), e João de Barro (1956). Os materiais eram utilizados como conteúdo de apoio às disciplinas, constituindo uma forma de divulgação das pesquisas científicas realizadas nacionalmente e possibilitando a difusão da informação a lugares mais remotos do país. Dois filmes produzidos no INCE merecem destaque, O Dragãozinho Manso (1942) e A Velha a Fiar (1964) (SAMPAIO, 2013). O Dragãozinho Manso é uma animação de bonecos, com duração de 18 minutos, que conta a história de um dragão domesticado por São Jorge e que salva uma criança, ganhando o dom da invisibilidade. Já A Velha a Fiar utilizou a música popular homônima cantada pelo Trio Irakitan, sendo considerado por muito tempo, um dos primeiros videoclipes do Brasil. O live action possui duração de 6 min, (PB, 35mm) traz algumas cenas animadas em stop motion, dando a sensação de movimento de objetos e bichos. Ambos os filmes podem ser apreciados no acervo online do Banco de conteúdos culturais da Cinemateca Brasileira. /*! elementor – v3.15.0 – 20-08-2023 */ .elementor-widget-image{text-align:center}.elementor-widget-image a{display:inline-block}.elementor-widget-image a img[src$=”.svg”]{width:48px}.elementor-widget-image img{vertical-align:middle;display:inline-block} Figura 2. Frames do filme “A velha a fiar” com animação de objetos inanimados (1964). Referências CINEMATECA. Banco de conteúdos culturais: A velha a fiar.  Disponível em: <http://bcc.gov.br/filmes/443450>. Acesso em: 02 de abr. de 2024. CATELLI, Rosana Elisa. Cinema e educação: a emergência do moderno (anos 1920 a 1930). São Paulo: Edições SESC São Paulo, 2022. Disponível em: <https://issuu.com/edicoessescsp/docs/trecho-livro-cinema-educacao>. Acesso em: 03 de abr. de 2024. FIOCRUZ. Instituto Nacional do Cinema Educativo. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/brasiliana/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=418&sid=3>. Acesso em: 03 de abr. de 2024. GALVÃO, Elisandra. A ciência vai ao cinema: uma análise de filmes educativos e de divulgação científica do Instituto Nacional do Cinema Educativo (INCE). 2004. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. MASSARANI, Luisa. A divulgação científica no Rio de Janeiro: Algumas reflexões sobre a década de 20. 1998. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Instituto Brasileiro de Informação em C&T e Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1998. SAMPAIO, João Carlos. Animação que brota distante dos grandes centros. FilmeCultura, n. 60, 2013. Disponível em: <http://revista.cultura.gov.br/item/filme-cultura-n-60/>. Acesso em: 10 de abr. de 2024. SERRANO, Jonathas; VENÂNCIO FILHO, Francisco. Cinema e Educação. São Paulo: Comp. Melhoramentos de São Paulo, 1930. VÍDEOS CONSULTADOS: ➤ O Dragãozinho Mansohttps://www.youtube.com/watch?v=sQMmf8pTUa0 ➤ A VELHA A FIAR:http://bcc.gov.br/filmes/443450 ➤ O PURAQUÊhttp://bcc.gov.br/filmes/443277 Fichas técnicas ➤ O PURAQUÊVeja a ficha ➤ A VELHA A FIARVeja a ficha ➤ O DRAGÃOZINHO MANSO : JONJOCAVeja a ficha ➤ O OXIGÊNIOVeja a ficha ➤ O PAPELVeja a ficha ➤ O PAPELVeja a ficha

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