Arquivo da categoria: Terapia Computacional

Por que Linux?

Por que usar Linux? Existe alguma vantagem? É bom? É difícil? É tenso? Pra onde vamos? E a greve? São muitas perguntas com certeza e eu na real não estou a fim de responder nenhuma. Contudo, vamos fazer algumas comparações e analisar alguns prós e contras.

O importante é sempre não querer dar uma de “xiita”, tanto a favor do Linux quanto a favor do Windows ou do OS X, equilíbrio e sensatez são necessários.

Quais são as necessidades de um usuário comum? Basicamente temos:

  • Internet
  • Office
  • Internet
  • Paciência, Freecell, Campo Minado
  • Internet

O Firefox e o Chrome rodam normalmente no Linux, Windows e OS X então acredito que o quesito Internet já esteja coberto. Para o uso comum o pacote Libre Office pode ser usado no Linux sem maiores dificuldades e supre todas as necessidades básicas. Do ponto de vista de um usuário, o que muda então no Linux para que tantos tenham medo? É a interface, a maneira como se está acostumado a usar um computador.

O ser humano é naturalmente resistente à mudanças. Conheço pessoas que mexeram há muito tempo no velho Wordstar e faziam as mesmas reclamações quando surgiram as primeiras versões do Microsoft Office. Então na real não é que o Libre Office seja ruim ou a interface do Gnome seja ruim, mas apenas uma questão de adaptação. Muitos é claro preferem não realizarem o trabalho hérculeo que é se adaptar.

E convenhamos, o que é tão incompreensível a respeito desta área de trabalho?

OK, então se você não é um usuário comum mas um graduando, ou no caso dos usuários dos nossos laboratórios, um graduando de um curso de informática. Quais seriam suas necessidades?

  • Internet
  • Redação de trabalhos acadêmicos
  • Desenvolvimento (Java, C/C++, Ruby, Brainfuck)

Bom, Internet nós já comentamos. Concordo com o ponto de alguns que o MS Word, por exemplo, possui alguns recursos a mais com relação à formatação de documentos. Concordo também que algumas tarefas simples tornam-se mais complicadas de se aprender ao usar o Libre Office. Porém não esqueçam que para trabalhos acadêmicos é extremamente recomendado o uso da plataforma Latex.

Se você nunca fez nada usando Latex não sabe o que está perdendo. Novamente, é difícil de se acostumar no começo mas o ambiente tem muitas vantagens, mesmo em cima do MS Word. O processo de criação de sumários usando Latex, por exemplo, é ridículo e deixa o MS Word no chinelo. Eventualmente podemos fazer um post aqui explicando o básico do Latex para os mais curiosos.

E para o desenvolvimento? Em Java as IDEs mais usadas funcionam perfeitamente, no caso o Nerdbeans Netbeans e o Eclipse. Com relação a C e C++ não há o que discutir, tudo em linux usa C ou C++ e o gcc é praticamente um compilador nativo. O Eclipse também pode ser usado como IDE para C/C++, assim como o Codeblocks e a foderosa plataforma Qt. Para os mais tr00 sempre há a possibilidade de se usar o bom e velho Vi ou até mesmo o Vim para editar o código fonte e fazer o processo de compilação no braço. Opções não faltam, basta se adaptar.

Obviamente algumas linguagens proprietárias como o C# ainda encontram dificuldade para adentrar no mundo livre, existem porém alguns projetos como o mono que começam a dar resultados interessantes: via Vivaolinux.

Outras vantagens óbvias incluem a dificuldade de se pegar vírus em ambientes Linux e a facilidade de encontrar e instalar aplicativos. Sim, existem vírus para o Linux mas são mais difíceis de serem pegos. Eu na realidade uso o Linux para limpar pendrives infectados e posso espetar na USB sem nenhuma preocupação. Usuários mais avançados de Linux podem blindar o sistema de várias formas, podem fuçar e alterar o kernel a gosto…é um mundo bastante interessante na real.

Para os usuários simples temos as distros mais amigáveis como o Ubuntu ou o Mint. O processo de instalação tem ficado cada vez mais simples e automático e o sistema está seguro e pronto para ser usado sem maiores complicações. Além disso, apesar de a maioria não acreditar, é muito fácil instalar praticamente qualquer aplicativo (media player, editor de texto, messenger, etc) nestas distros e outras, sem precisar ficar vasculhando a Internet para encontrá-lo. O Ubuntu e o Mint por exemplo possuem repositórios de pacotes onde tudo pode ser encontrado, baixado e instalado, através de um único programa que já está instalado por padrão, basta ter uma conexão com a Internet.

Em instalações que já fizemos de Ubuntu ou Mint os drivers são detectados de maneira automática enquanto que para alguns tipos de hardware foi necessário a instalação posterior dos drivers contidos no CD do fabricante para uma instalação com Windows 7. O tempo passou e as coisas mudaram, e muito.

Agora claro, se você for um usuário Gamer esqueça. No Linux você pode jogar usando os emuladores mais comuns, você pode jogar os mais famosos abandonwares no DOSBox, você pode até jogar alguns jogos do Windows usando o Wine (até WoW funfa com algumas customizações). Porém não há sentido em querer gastar processamento e memória tentando emular(a grosso modo) um Windows para jogar Max Payne 3…esqueça. Se você for Gamer o seu PC precisa rodar Windows e o motivo é um só: DirectX.

Tem medo de instalar? Medo de perder partições e perder Peta bytes de séries? Tente brincar com o Linux usando o VirtualBox. É um ambiente de testes extremamente seguro e você pode ter uma ideia de como funciona este excelente sistema operacional. Nos próximos posts podemos cobrir alguma coisa sobre a utilização do VirtualBox e a criação de VMs para os seus ambientes de teste.

Até o/

Debian Squeeze – Apache Básico I

      1. O que é o Apache HTTP Server?

Sem enrolações: é um servidor Web. Se você não acredita em mim acesse http://apache.org/ e descubra, fikdik.

      2. Instalação do Apache no Debian Squeeze

Mais simples impossível, como root execute:

# apt-get install apache2

Pronto, o apache2 está instalado e rodando. Para testar basta acessar do seu browser o endereço http://ip.do.seu.servidor … obviamente se algo abrir é porque está funcionando 😛

Cada distribuição Linux tem as suas particularidades e no Debian, existem algumas coisas interessantes com relação à localização dos arquivos de configuração. Vamos à elas:

Continue lendo Debian Squeeze – Apache Básico I