Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar, passará no dia 09 de maio de 2016, entre a Terra e o Sol, e o fenômeno será observado em sua totalidade de todo o Brasil. O trânsito também poderá ser visto do oeste e o norte da Europa, oeste da África do Norte, África Ocidental, Canadá, leste da América do Norte e grande parte da América Latina.
Imagem 1 – regiões onde o trânsito será observado.
Confira a programação especial que será realizada na UTFPR Curitiba, para a cobertura do evento. Em caso de mal tempo, o evento será exibido no mini-auditório com o auxílio de transmissões online.
As três últimas vezes que esse fenômeno aconteceu, foram em novembro de 1999, maio de 2003 e novembro de 2006. E os três próximos serão em novembro de 2019 (Visível do Brasil), novembro de 2032 e novembro de 2039.
Confira na tabela abaixo os principais horários do trânsito de 2016:
Em média, ocorrem 13 trânsitos de Mercúrio a cada século. Em comparação, os trânsitos de Vênus ocorrem aos pares, com uma separação de oito anos entre os dois eventos. Porém, mais de um século separa cada par de trânsitos. Uma das razões para esta frequência maior dos trânsitos de Mercúrio, é o período orbital de Mercúrio, que é mais curto que o de Vênus.
Como a órbita destes planetas são inclinadas em relação à órbita da Terra, elas só se cruzam numa linha, chamada de linha dos nodos. Os trânsitos planetários só podem ser observados quando a Terra e o planeta cruzam esta linha na mesma época.
Imagem 2 – Ilustração do plano orbital da Terra e Mercúrio.
O trânsito astronômico é um fenômeno durante o qual um astro passa diante de outro maior, bloqueando em parcialmente sua visão. O tipo de trânsito mais conhecido, por ser espetacular visto da Terra, é o eclipse solar anular, no que é a Lua que cobre parcialmente o Sol. Ainda podem ser vistos trânsitos planetários no Sol, ou em exoplanetas.
Da Terra apenas os trânsitos planetários de Mercúrio e Vênus, podem ser observados. Estes trânsitos são de extrema importância já que tem ajudado a estudar o Sistema Solar, por exemplo: cálculo da Unidade Astronômica (UA), que é a distância média entre a Terra e o Sol, cálculo do diâmetro do Sol, descoberta e caracterização de exoplanetas, e o estudo da atmosfera em Vênus.
Imagem 3 – Variação do fluxo de luz no tempo de uma estrela quando um corpo passa em frente.
PALESTRAS
Palestra 1: A importância do Trânsito de Mercúrio
Professor: Dr. Mário Sérgio T. Freitas
Professor de física do Departamento de Física da UTFPR. Doutor em Física pela Universidade Federal do Paraná, atualmente trabalha com projetos que envolvem Ciência e Arte, nas linhas de contextualização e interdisciplinaridade na formação de professores de Ciências.
Resumo: Em comemoração ao ano internacional da luz, conhecemos um pouco mais como a principal fonte de luz do sistema solar, o Sol, funciona. Entendemos como a energia é gerada no seu interior e transportada até a superfície solar. Utilizando imagens de satélites da NASA de última geração, enxergamos como a atmosfera solar parece em diferentes temperaturas e ver a multidão de fenômenos que lá ocorrem. Por fim, vimos os efeitos que o Sol pode ter sobre os planetas do sistema solar, principalmente sobre o nosso lar, a Terra.
Público total: 54
DAFIS: 17
UTFPR em geral (exceto DAFIS): 31
Externo: 6
Palestra 2: Fenômenos transitórios no Sistema Solar e Exoplanetas
Professor: Dr. Felipe Braga Ribas
Professor de física e astronomia do Departamento de Física da UTFPR. Ganhador do Grande Prêmio Capes de Tese 2014, é doutor pelo Observatório Nacional e Observatório de Paris. Em 2014 liderou publicação sobre a descoberta do primeiro sistema de anéis ao redor de um pequeno objeto do Sistema Solar.
Público total: 56
DAFIS: 16
UTFPR em geral (exceto DAFIS): 30
Externo: 10
Palestra 3: Determinando o tamanho do Sol com o trânsito de Mercúrio
Professor: Dr. Marcelo Emílio
Doutor em Astronomia pela Univesidade de São Paulo, Professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, desenvolve pesquisas em Astrometria Solar, Astrofísica Estelar, Física e educação em Astronomia.
Público total: 34
DAFIS: 19
UTFPR em geral (exceto DAFIS): 09
Externo: 06
Palestra 4: O CAUTEC nos trânsitos de Vênnus e Mercúrio
Professor: Dr. Bertoldo Schneider
Doutor em Engenharia Biomédica, Intrumentação pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, onde atua como docente. Tem publicações nas áreas de Eletrocirurgia, biotelemetria, instrumentação biomédica, entre outros. Foi coordenador do CAUTEC desde 1989.
Público total: 29
DAFIS: 15
UTFPR em geral (exceto DAFIS): 12
Externo: 02
Os objetivos do projeto foram atingidos, possibilitando a divulgação de alguns conhecimentos atuais de astronomia e astrofísica para um público leigo. Este público envolve alunos, funcionários e professores na UTFPR, assim como a comunidade interessada nos assuntos a serem ministrados.
O tempo não colaborou, não sendo possível a observação direta do trânsito, mas os telescópios ficaram montados durante o período do evento.