Luciana Eguti – sobre

Luciana Kimie Eguti é uma animadora muito influente na área de animação no Brasil, já tendo atuado como designer e diretora de arte, antes mesmo de entrar no mundo da animação.

Além de designer animadora, Luciana é também produtora executiva, empreendedora e sócio-fundadora da Birdo (um estúdio independente de animação em São Paulo, fundado em 2005 em conjunto com o seu sócio, Paulo Muppet).

A Birdo é um estúdio já muito reconhecido pelo seu trabalho de animação que, atualmente, abrange a grande maioria das emissoras infantis do país e em diversos outros países. Além disso, apresenta uma gama de projetos premiados e marcantes, como foi a criação dos Mascotes Olímpicos - Vinícius e Tom - de 2016.

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Formação Acadêmica:
- Graduação em Arquitetura pela FAUUSP (1995 - 2000);
- Pós-graduação em Computer Animation pela Sheridan College, no Canadá (2004)

Projetos:
Na maioria dos projetos de seu estúdio de animação, Luciana atua como produtora, produtora executiva, diretora de animação e diretora executiva. Ainda assim, quando possível, também trabalha como animadora, roteirista, criadora, artista de composição e supervisora de animação em alguns projetos.

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Alguns projetos de destaque:

Originais Birdo:

Oswaldo
- Co-produção Birdo (Brasil) e Symbiosys (Índia)

Cupcake & Dino: General Services
- Coprodução Birdo (Brasil) e eOne (Canadá)

Serviços de Produção:

Star Wars: Forças do Destino
- Serviços de produção para Ghostbot / Lucasfilm

Beatles, Hippies e Hells Angels
- Serviços de animação de personagens para United Tricks Inc.

Comerciais e Aberturas:

Disney XD - ID do Artista
- Serviços de Produção de Animação para Disney XD

Curtas Metragens e Videoclipes:

Caveirão
- Co-produção Birdo, Paranoid BR, Autour de Minuit, Hornet Inc.

Projetos Especiais:

Mascotes Olímpicos e Paralímpicos - Rio 2016
- Design de personagem

OSGEMEOS na Times Square
- Serviços de Produção para OSGEMEOS

Luciana Eguti

- Qual é o seu nome?
Luciana Eguti

- De onde você fala?
São Paulo, SP

- Que curso você fez e em qual instituição?
Eu fiz Arquitetura da FAUUSP (São Paulo), e depois uma Graduação em Computer Animation no Sheridan College (Canadá)

- Onde você atua?
Na Birdo, produtora de animação baseada em São Paulo

- Qual é o seu cargo?
Sou sócia fundadora e produtora executiva.

- O que você faz no seu trabalho?
Eu comecei a trabalhar na área como animadora, mas hoje atuo no estúdio como produtora executiva - meu trabalho é planejar e gerenciar os nossos projetos (animações, e qualquer formato) desde o desenvolvimento até a entrega, contemplando tudo que é necessário para produzir uma animação: criação, cronograma, produção, orçamento, contratos, relacionamento com canais/clientes/parceiros, citando os itens principais.

Como na Birdo temos vários projetos ao mesmo tempo, temos uma equipe de produtores que cuidam de projetos específicos, e meu trabalho também é gerenciar e dar suporte para esta equipe para que os projetos ocorram o mais possível dentro do planejado.

Além disso, como sócia da empresa eu sou responsável por cuidar da parte administrativa e financeira da empresa como um todo, além de tomar decisões da parte estratégica e planejamento em conjunto com o meu sócio, o Paulo Muppet.

Finalmente, quando sobra um tempo e os projetos permitem, eu consigo ainda desenhar e animar um pouco. São raras oportunidades mas é sempre bom matar as saudades

- O que é preciso saber para atuar na sua profissão? (Competências)
Bom, primeiramente queria colocar que tem muitos bons produtores executivos no Brasil com diversas formações, então não sei se consigo dar uma “fórmula”. Eu acredito que para a produção de animação em específico é importante conhecer bem o processo de produção na técnica do projeto (2d, 3d, stop motion, etc), porque entendê-los ajuda a planejar cronogramas e orçamentos. Então para quem não tem formação de animador creio que pesquisar sobre essas técnicas e os profissionais /estrutura envolvidos é bastante importante.

Em cargos de gestão também é importante ter conhecimento de gerenciamento financeiro (incluindo contabilidade) e de projetos. Calma que isso não quer dizer que é preciso fazer um curso de administração nem nada, mas é que tem muitas ferramentas e técnicas que existem e que podem ajudar a produzir de forma mais eficiente, então se o profissional tem esse repertório consegue aplicar na produção de animação.

Ainda dentro de formação/conhecimento, é sempre bacana (considerando que estamos no Brasil) conhecer os mecanismos de fomento, editais, e os processos de formalização e prestação de contas da Ancine. Eu acredito que são uma boa introdução para entender as fontes de investimento dos projetos e como o mercado audiovisual funciona.

No meu caso, ser organizada e sistemática ajuda muito na minha profissão, bem como ser objetiva e focada, pois muitas vezes trabalhamos sob pressão e eu creio que me isso me ajuda a lidar melhor com as questões.

Mas penso que uma competência importante no meu trabalho é ter empatia e saber ouvir as pessoas. Na produção de animação lidamos diretamente com animadores, produtores, ilustradores, atores, enfim, equipes muitas vezes grandes com indivíduos que tem suas questões particulares e as nossas animações são fruto do trabalho de todos eles – por isso creio que conseguir estar atento a demandas e o feedback que as equipes dão dos processos e dos resultados é muito importante para que a gente tenha uma produção que não seja só tecnicamente impecável mas que tenha sido uma experiência enriquecedora para quem faz parte dela.

- O principal desafio que você enfrenta no seu dia-a-dia ao executar seu trabalho?
Bom, creio que como todo produtor audiovisual brasileiro temos hoje a dificuldade de conseguir financiamento para os nossos projetos, e as dificuldades mais gerais de lidar com orçamentos e prazos apertados.

Sendo mais específica, creio que um dos maiores desafios do meu trabalho é conseguir conciliar as expectativas das equipes com os parâmetros dos projetos, pois muitas vezes temos que chegar no melhor resultado dentro do tempo e recursos, e nem sempre é o que tínhamos idealizado num primeiro momento. Dessa forma, manter a equipe motivada e mantendo o foco nos objetivos é um grande desafio.

Outro desafio que surgiu após a pandemia foi a adaptação ao trabalho remoto. Apesar de termos conseguido adaptar bem os nossos processos e sistemas para atender essa necessidade, a questão da comunicação ainda é um desafio, de modo que estamos sempre procurando melhorar os nossos processos de briefings, feedbacks, além de estimular o espírito de equipe e colaboração, que são muito importantes na produção de animação.

- Qual é a sua dica para as mulheres que desejam atuar na área de Animação?
Olha, eu acredito que as mulheres mandam muito bem em todos os departamentos da produção de Animação, e que apesar de ainda ser um mercado bastante masculino cada vez mais vemos mulheres em posições de direção, criação e gestão. Eu sei que às vezes é difícil lidar em algumas situações desconfortáveis dentro do ambiente profissional, e por isso é muito importante ter contato com a rede de apoio de outras animadoras/artistas mulheres – se não tiver no lugar de trabalho, esses grupos existem nas redes sociais e são bacanas para fazer trocas e contatos – mesmo que o perfil da pessoa seja mais tímido, ter esse apoio faz toda a diferença para termos mais confiança (até naquilo que já somos super capazes de fazer

Alison De Vere

ALISON DE VERE

16 de setembro de 1927 – 2 de janeiro de 2001

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Imagem ilustrativa realizada por Letícia Máximo - 23/01/2023

Nascida em Peshawar, Província da Fronteira Noroeste, Índia Britânica, Alison De Vere foi casada com Karl Weschke e estudou arte em Brighton e na Royal Academy.

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Foi a primeira mulher a receber o prêmio de melhor curta-metragem no festival internacional de animação Annecy, com o curta Mr. Pascal (1979).

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Imagem ilustrativa do curta metragem Mr. Pascal realizada por Letícia Máximo - 20/01/2023

Evelyn Lambart

EVELYN LAMBART

23 de julho de 1914 – 3 de abril de 1999

Photo courtesy National Film Board.

Nascida em Ottawa, Canada, Evelyn Lambart se formou em 1937 no Ontario College of Art.

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Foi a primeira animadora canadense e diretora técnica do National Film Board of Canada, conhecida por suas colaborações com Norman McLaren e posteriormente como diretora de seus próprios filmes .

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Photo courtesy National Film Board.

Claire Parker

CLAIRE PARKER

30 de agosto de 1906 – 3 de outubro de 1981

Imagem ilustrativa realizada por Letícia Máximo - 20/12/2022

Nascida em Boston, Massachusetts, Estados Unidos, Claire Parker foi engenheira e animadora, formada no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

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Foi casada com Alexandre Alexeieff e, junto à ele, foi co-criadora do Pinscreen, desenvolvido entre 1932 e 1935.

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"File:Écran d'épingles - Détail (face).jpg" by Lëa-Kim Châteauneuf is licensed under CC BY-SA 4.0.

O Pinscreen consiste em uma grade montada verticalmente de 240.000 a 1 milhão de hastes de metal deslizantes que são primeiro empurradas manualmente para a posição para criar áreas iluminadas e sombreadas e, em seguida, filmadas quadro a quadro.

Eliane Gordeeff

- Qual é o seu nome?
Eliane Gordeeff

- De onde você fala?
Agora, de Portugal

- Que curso você fez e em qual instituição?
Bacharelado em Desenho Industrial, habilitação programação visual

- Onde você atua?
Mestrado em Artes Visuais ambos pela UFRJ e Doutorado em Belas Artes, Especialidade Multimédia pela Escola de Belas Arte da Universidade de Lisboa

- Qual é o seu cargo?
CNPq e Universidade Paris 8/Erasmus+

- O que você faz no seu trabalho?
Atuo como animadora, pesquisadora escritora, artigulista, crítica de animação, professora, palestrante, designer, produtora

- O que é preciso saber para atuar na sua profissão? (Competências)
Sou co-diretora da Quadro Vermelho Produções, investigadora colaboradora do CIEBA-FBAUL, correspondente da Península Ibérica e Brasil para o site de animação independente Zipprfranes.com e Coordenadora do Blog Acadêmicos da Animação

- O principal desafio que você enfrenta no seu dia-a-dia ao executar seu trabalho?
Crio, escrevo, pesquiso, critico e penso a Animação

- Qual é a sua dica para as mulheres que desejam atuar na área de Animação?
Ter paciência, senso crítico e estético, além de sensibilidade, persistência e resiliência / Ter a cabeça aberta para coisas novas o tempo todo / Saber o que fazem, e por quê fazem

Ana Claudia França

Reproduzir vídeo

Meu nome é Ana Claudia França, sou de Curitiba. Sou graduada em Tecnologia em Artes Gráficos na UTFPR, instituição onde hoje sou professora. O meu trabalho com animação aconteceu no contexto da minha pesquisa de doutorado, quando pesquisei a trajetória e a filmografia do grupo Irmãos Wagner (Ingrid, Rosane, Elizabeth e Muti Wagner). O principal desafio foi encontrar documentos dispersos em diferentes acervos públicos e pessoais e realizar as entrevistas. A minha dica para mulheres que desejam atuar na pesquisa em animação é se aproximar de núcleos e instituições de pesquisa, mapear investigações publicadas, temáticas recorrentes e ausentes e acervos físicos ou digitais que podem ser espaços potenciais para pesquisa.