Produção acadêmica
Artigos científicos
Limites e possibilidades da educação popular no contexto da pandemia covid-19: a experiência do curso de comunicação popular da Rede Mandala
O contexto da pandemia da Covid-19, e as medidas de isolamento social para sua contenção, fizeram com que os processos formativos dos/as trabalhadores/as dos empreendimentos econômicos solidários ocorressem remotamente e intermediados por tecnologias de informação e comunicação (TICs). Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi analisar limites e possibilidades da Educação Popular no ensino remoto em um curso para trabalhadores/as de Economia Solidária. Tal análise foi realizada a partir de um curso de extensão universitária denominado de Comunicação Popular para Empreendimentos Econômicos Solidários realizado pela Tecsol – Incubadora de Economia Solidária da UTFPR (Curitiba) e pelo Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria) dirigido a trabalhadores/as da Rede Mandala – Rede Paranaense de Economia Solidária Campo Cidade. Para tanto, a metodologia adotada foi de uma pesquisa qualitativa e exploratória. As fontes de dados foram as avaliações realizadas pelos educandos/as (via formulário online) e pela equipe técnica (relato de reunião de avaliação). Os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo e à luz de teóricos da Educação Popular. Como resultados obteve-se quatro categorias de análise: organização e estrutura do curso; processo de aprendizagem; estímulo à reflexão; interação educador/a-educando/a. A falta de conhecimentos dos/as trabalhadores/as sobre o uso da plataforma de comunicação online e dificuldades de acesso à internet foram os principais limites. Já a interação dialógica e afetuosa entre educadores/as e educandos/as favoreceu a troca de saberes e a reflexão, demonstrando possibilidades da Educação Popular no ensino remoto.
Maria Luisa Carvalho, Marilene Zazula Beatriz, Lino Trevisan, Cecília Gomes da Rocha Ferraz Pereira, Rhuan Carlos Borges, Marcos Antonio Silvério
Trabalhos de Conclusão de Curso, Dissertações, Teses
Design participativo e economia solidária: o papel do designer numa experiência de desenvolvimento de material didático
Levando em consideração o papel do designer como projetista das necessidades de consumo da sociedade, propõe-se uma reflexão sobre seu papel na transformação social. O gatilho para o desenvolvimento do presente trabalho vem da experiência da autora durante a elaboração de uma material didático a ser feito de forma autogestionária através de Design Participativo, em grupo de trabalho, dentro dos espaços da UTFPR, junto a Incubadora de Economia Solidária, TECSOL, e a membros da Rede Mandala de Economia Solidária. Para tanto, é feita uma revisão de literatura básica acerca dos temas de Economia Solidária e Educação Popular, e acrescidas as áreas de Design Participativo e Design Social, com o objetivo de compreender as possibilidades de ação do profissional em um meio não convencional, ou seja, em espaços que não estejam ligados ao sistema capitalista, que acaba por gerar e perpetuar desigualdades sociais, como forma de ampliar a ação e a aplicação do design.
Luciane de Carvalho Hulyk
Centro público de economia solidária: emancipação e desenvolvimento social
A Economia Solidária (Ecosol) é uma prática social baseada na autogestão e na horizontalidade das relações, exercida por diversos atores que vivenciam diferentes modos de produção, comercialização e consumo. Tendo em vista a multiplicidade de espaços que promovem ações de estímulo à Ecosol e abrigam suas peculiaridades, faz-se necessário promover estratégias de integração entre os grupos envolvidos a fim de fortalecer a Ecosol como alternativa social e econômica. A partir disso, este estudo propõe o projeto de um Centro Público de Ecosol em Curitiba, que possa abrigar um conjunto de atividades da Economia Solidária, contribuindo nos processos de emancipação de seus agentes e no desenvolvimento socioeconômico local, alcançando o conjunto da sociedade. Para isso foram realizadas investigações a respeito da trajetória do movimento da Ecosol no Paraná e em Curitiba, uma análise do perfil de seus atores e de outros centros públicos de Ecosol já existentes, a fim de compreender as demandas espaciais, os usuários e como contribuir com a ampliação do movimento e a efetivação da política de Economia Solidária no Paraná.
Rayane Souza Costa
