II Encontros 2025 Oficina 1
Oficina 1 – Oficina de Capoeira Angola: Mestres, Ancestralidade e Resistência Coletiva, por Daniel Cruz Neto1, Ana Cecília Santana de Oliveira2, Gabriel de Sousa Muniz3, Glaucia Maria Bressan4 , Elisângela Ap. da Silva Lizzi 5
1Graduando em Engenharia Elétrica, Membro NEABI-CP, UTFPR-CP, danielneto@alunos.utfpr.edu.br
2Graduando em Engenharia de Software, UTFPR-CP, anacecilia@alunos.utfpr.edu.br
3Graduando em Engenharia de Computação, UTFPR-CP, gabrielsouzamuniz@alunos.utfpr.edu.br
4 Professor Associada, DAMAT, PPGBIOINFO, PPGAB, Membro NEABI-CP e Coordenadora do Coletivo Prazer Feminismo,UTFPR – Campus Cornélio Procópio, Brasil, glauciabressan@utfpr.edu.br
5Professor Adjunta, DAMAT, PPGBIOINFO, PPGAB, Membro NEABI-CP e Coordenadora do Coletivo Ubuntu ,UTFPR – Campus Cornélio Procópio, Brasil, elisangelalizzi@utfpr.edu.br
Resumo: Introdução: A oficina de Capoeira Angola é conduzida pelo Coletivo Ubuntu Negras Raízes, onde se propõe uma imersão na tradição ancestral afro-brasileira, entendendo a capoeira como prática cultural, pedagógica e política de resistência. Sob o princípio de Ubuntu, “sou o que sou pelo que nós somos”, a atividade resgata a memória da capoeira enquanto forma de luta contra a escravidão, criminalizada até 1937, mas mantida viva pelos corpos negros que a transmitiram como saber coletivo, em diversas ramificações (luta regional bahiana, capoeira angola e capoeira contemporânea). Metodologia da ação: A vivência prática envolve alongamentos, ginga, movimentos básicos (aú, meia-lua de frente, esquiva, rabo de arraiá) e formação da roda com musicalidade (ladainhas, louvação e corridos). A oficina reconhece a contribuição de grandes mestres, como Mestre Pastinha (guardião da Angola), Mestre Bimba (criador da Regional), bem como tantos outros que transformaram a capoeira em instrumento de libertação e identidade. Ao mesmo tempo, destaca-se o papel das mestras contemporâneas, Jararaca, Janja, Gegê, Di, que rompem fronteiras históricas de exclusão, reafirmando que mulher na roda é para jogar, e não para enfeitar. Assim, a roda de capoeira se afirma como microcosmo do Ubuntu, espaço de coletividade, energia circular, diálogo e afirmação da corporeidade negra. Resultados esperados: A oficina reafirma a capoeira como espaço de descompressão e patrimônio cultural vivo, no qual tradição e transformação caminham juntas, e onde a memória ancestral encontra novas formas de resistência, equidade de gênero e afirmação identitária no presente. No âmbito acadêmico é resposta de inovação social e retomada de ancestralidade, pois o espaço acadêmico também é nosso, nossos corpos estão presentes nesse ambiente e nossas identidades vividas.
Palavras chaves: capoeira angola; corpo em movimento; diáspora africana; resistência
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, Bira. Capoeira: A Brazilian Art Form: History, Philosophy, and Practice. Berkeley: North Atlantic Books, 1986.
DINIZ, Flávia Cachineski. Capoeira Angola: identidade e trânsito musical. 2011.
NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo. Editora Perspectiva SA, 2020.
OLIVEIRA, José L. (Mestre Bola Sete). A capoeira angola na Bahia. Salvador: EGBA; Fundação das Artes, 1989.
NÚMERO DE VAGAS: 30 VAGAS
ESPAÇO SOLICITADO: SALA DE AULA OU ESPAÇO ABERTO
OBSERVAÇÕES: CAIXA DE SOM E ALEGRIA.
