Cotovia, Moratória, Mambembe :: uma investigação sobre a cenografia de Gianni Ratto

REIS, Andréa Renck; DIAS, Jose. Cotovia, Moratória, Mambembe :: uma investigação sobre a cenografia de Gianni Ratto. Dissertação (Mestrado em Teatro) – UNIRIO, 2007.

Palavras-chave: Gianni Ratto; O canto da Cotovia; A Moratória; O Mambembe.

Resumo: Esta pesquisa desenvolve uma reflexão sobre a obra cenográfica do italiano Gianni Ratto, no período inicial de sua atuação no Brasil, compreendido entre os anos 1954 e 1964, a partir das encenações O canto da cotovia, de Jean Anouilh, A Moratória, de Jorge Andrade e O Mambembe, de Arthur Azevedo, ao mesmo tempo em que apresenta uma retrospectiva de sua carreira e introduz fatos relevantes da cenografia brasileira na primeira metade do século XX. Baseada nos registros históricos dos espetáculos enfocados, a análise investiga, na obra do cenógrafo, indícios da introdução e consolidação de uma nova prática cenográfica no país, voltada para a encenação, e a valorização da cultura nacional por um artista estrangeiro.

Link: http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/11873?show=full

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O universo carnavalesco de Rosa Magalhães sob uma perspectiva cenográfica

SAMPAIO, André Sanches. O universo carnavalesco de Rosa Magalhães sob uma perspectiva cenográfica. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – UNIRIO, 2011.

Palavras-chave: Carnaval; Escola de Samba; Cenografia; Processo de criação artística; Teatro.

Resumo: Investigar modos como uma profissional, artista do carnaval e do teatro, produz conhecimentos em suas práticas cotidianas, e de que forma estes conhecimentos dialogam com sua formação acadêmica, foi o objetivo maior desta pesquisa. Nesse sentido, a ação investigativa procurou reconstituir os singulares caminhos percorridos por Rosa Magalhães na construção de um estilo artístico próprio, compreendendo, também, como o universo carnavalesco, no qual estava inserida, influenciou em sua concepção artística. O desafio assumido foi o de exercitar uma escrita que dialogasse com narrativas, conversas e imagens, abrindo possibilidades para um texto potencializador da experiência cotidiana. A opção teórico-metodológica, pela investigação narrativa, possibilitou a exploração de modos de narrar próprios da linguagem cenográfica. A conversa realizada com a artista, onde fotografias e vídeos dos seus carnavais estiveram presentes, permitiu a recuperação de memórias, tecendo uma rede de informações com o objetivo de reviver sua trajetória. Rosa Magalhães, tomada por sua cultura e tradição, deixa transparecer continuamente intensas marcas pessoais ao associar, constantemente, suas paixões, desejos e necessidades aos trabalhos realizados, fruto da união de preferências éticas e estéticas, relacionadas a tempos e espaços. A conexão estabelecida pela artista entre a linguagem teatral e carnavalesca, o contato com o mundo ao seu redor e os contínuos intercâmbios de ideias, contribuíram para a construção de uma estética própria de fazer carnaval.

Link: http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/11414?show=full

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Buracos de minhoca, janelas imagéticas, cibercenografia: do espaço ao hiperespaço em dispositivos cenográficos

SÁ, Luiz Henrique da Silva e. Buracos de minhoca, janelas imagéticas, cibercenografia: do espaço ao hiperespaço em dispositivos cenográficos. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – UNIRIO, 2017.

Palavras-chave: Cenografia; dipositivo cenográfico; panorama; imersão; enquadramento; buraco de minhoca; mídias ópticas; janelas imagéticas; cibercenografia.

Resumo: Conceitos científicos, filosóficos e teatrais de espaço e de tempo, assim como categorias de condicionamento e de recepção imagética na cenografia teatral ocidental, foram revisados de forma a abordar suas influências em conformações cenográficas sistematizadas (dispositivos cenográficos). Foi delineado um dispositivo panorâmico, que proporciona aos espectadores uma experiência imersiva, e um dispositivo direcionado, que segue a lógica do enquadramento espaço-visual. Influências da física moderna e das geometrias não euclidianas nas artes foram mapeadas para tratar das estéticas teatrais decorrentes da concepção de hiperespaço (espaço de dimensões adicionais) e das teorias sobre viagens através do tempo. Em seguida, o conceito de buraco de minhoca foi metaforicamente utilizado de forma a abordar características espaço-temporais da arte teatral. Foram traçadas práticas midiáticas aplicadas à cenografia, a partir do século XIX, e a metáfora do buraco de minhoca foi estendida a duas possíveis formas de utilização de tecnologias ópticas no teatro: as janelas imagéticas e a cibercenografia.

Link: http://www.repositorio-bc.unirio.br:8080/xmlui/handle/unirio/10939?show=full

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Memórias Costuradas: Cenários Como Dispositivos de Uma Poética Visual

ROCHA, Janaína Delgado Falcão da. Memórias Costuradas: Cenários Como Dispositivos de Uma Poética Visual. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas) – UFSM, 2009.

Palavras-chave: Costura; Memória; Fotografia; Cenário.

Resumo: Este trabalho resulta de uma pesquisa que foi direcionada à construção poética de Cenários compostos de elementos de memória autobiográfica, unidos pelo ato da costura que, juntamente com fotografias e objetos cênicos, compõem um trabalho de Artes Visuais que se aproxima conceitualmente do Cinema e do Teatro. O objetivo de construir trabalhos que narrassem histórias autobiográficas ligadas ao ato da costura levou a pesquisa para esta aproximação com as duas áreas citadas acima, sendo a relação com o Cinema evidenciada pelo conceito de montagem como geradora de conflito e significação, e com o Teatro pela idéia da montagem da peça, incluindo todos os elementos e procedimentos que envolvem esta construção. Esses conceitos foram relacionados a procedimentos das Artes Visuais que tratam o corpo do artista como suporte e mote de trabalhos artísticos. A fotografia como registro do processo e a fotografia encenada foram temas aprofundados durante o percurso da pesquisa, onde se procurou estabelecer as relações de recorte espaço-temporal proporcionado pela imagem fotográfica. Para tal procedimento, o trabalho está dividido em três capítulos que dissertam sobre Fotografia, Memória, Tempo e Vestígio(primeiro capítulo); o Auto-Retrato, o Corpo e as Estratégias Narrativas (segundo capítulo) e, finalmente, uma reflexão sobre a construção do trabalho artístico resultado desta pesquisa (terceiro capítulo), onde reflete-se sobre questões relacionadas às Montagens, no Cinema e no Teatro, e sua relação com os Cenários de Memórias que resultam como objeto de Artes Visuais de tal investigação.

Link: http://repositorio.ufsm.br/handle/1/5180

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Apolo sob o signo da devoração: a antropofagia no desenvolvimento de uma prática cenográfica

ESTEVES, , Carolina Lyra Barros da Silva. Apolo sob o signo da devoração: a antropofagia no desenvolvimento de uma prática cenográfica. Dissertação (Mestrado em Teatro, Especialização em Cenografia) – Instituto Politécnico do Porto, 2014.

Palavras-chave: Antropofagia, Cenografia, Arquitectura, Tragédia, Anthropophagy, Scenography, Architecture, Tragedy.

Resumo: O presente trabalho é estimulado pela reflexão sobre a similaridade que encontro na arquitetura do Teatro Oficina de São Paulo e os textos literários de Oswald de Andrade e Fernando Pessoa. A ampla janela que Oswald prevê como cenografia para sua peça O Rei da Vela, texto baseado em sua proposta filosófica de Antropofagia cultural se repete em uma janela alta, ampla e esplêndida no conto Um Jantar Muito Original, quando Fernando Pessoa descreve uma sala de jantar onde um banquete antropofágico é servido. No projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi e Edson Elito para o edifício do Teatro Oficina, companhia assumidamente “antropofágica” em sua linguagem, uma ampla janela exerce, numa leitura nietzschiana, uma função “trágica” de acolhimento do devir. Esta dissertação busca além de encontrar relações entre as “janelas” citadas, partindo dos conceitos teóricos de Oswald de Andrade e Friedrich Nietzsche, entender o processo de idealização do projeto e construção do edifício projetado por Lina Bo Bardi e Edson Elito para o Teatro Oficina.

Link: https://recipp.ipp.pt/handle/10400.22/8941

 

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Cenografia, ethos e autoria: uma abordagem discursiva do romance The picture of Dorian Gray

RODRIGUES, Kelen Cristina. Cenografia, ethos e autoria: uma abordagem discursiva do romance The picture of Dorian Gray. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Universidade Federal de Uberlândia, 2009.

Palavras-chave: Cena de enunciação, Ethos, Autoria, Discourse analysis, Literary discourse, Enunciation scene
Ethos, Authorship, Análise do discurso literário, Retórica.

Resumo: O objetivo maior desta dissertação é mostrar como uma abordagem discursiva do fenômeno literário, tal como concebida por Dominique Maingueneau (2006), pode trazer novas contribuições para o tratamento do objeto literário. O material de análise deste trabalho consiste no único romance de Oscar Wilde The Picture of Dorian Gray (1890-91), publicado em livro em 1891. O livro constitui uma obra prima do estetismo-decadentista, apresentando uma visão particular do fenômeno artístico. O que tomaremos, deste material, como corpus de análise são algumas cenografias construídas no/pelo romance, bem como os dizeres da personagem Lord Henry, em especial os proferidos nas conversas com a personagem Dorian Gray. O conceito de ethos tem lugar de destaque neste trabalho. Optamos por abordá-lo a partir do enfoque nos traços que o constituem, visto que nossa hipótese é de que a construção do ethos da personagem Lord Henry decorre dos traços característicos de seu posicionamento hedonista no romance. Foi a partir dessa relação que estabelecemos a hipótese central deste trabalho, a saber, que a categoria do ethos permite-nos relacionar o posicionamento hedonista de Lord Henry no romance e o posicionamento esteto-decadentista de Oscar Wilde no campo literário. Entretanto, ao buscarmos analisar o ethos em um discurso literário, pudemos perceber que a questão era, na realidade, de uma amplitude muito mais significativa. Não nos era possível ignorar indagações inerentes ao próprio objeto literário. Por esse motivo, nos debruçamos sobre a questão da cena de enunciação, da autoria, do posicionamento do escritor no campo, sobre o estatuto do discurso literário, seu caráter constituinte e paratópico categorias que, na verdade, explicitam o lugar epistemológico em que se inscreve este trabalho. Da perspectiva que assumimos, não se aborda o fato literário nem como texto, nem como contexto; do mesmo modo, a preocupação não é mais como se vai do texto ao contexto, nem do contexto ao texto. Diferentemente, o fato literário é abordado como evento enunciativo, e será, como já apontado, na proposta teórico-metodológica de Dominique Maingueneau, mais especificamente em sua obra Discurso literário, que encontraremos suporte para esse tipo de abordagem.

Link: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/15353

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A correspondência de Marguerite Yourcenar: presenças e ausências

HELENO, Alex Rezende. A correspondência de Marguerite Yourcenar: presenças e ausências. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal de Juiz de Fora, 2017.

Palavras-chave: Yourcenar-Crayencour, Autorretrato intelectual, Cenografia autoral

Resumo: Marguerite Yourcenar sempre se mostrou atenta a sua obra. Nas entrevistas, nos prefácios e nos cadernos de notas dos textos publicados são marcantes seus posicionamentos em defesa de seus textos. A autora, leitora e crítica de si mesma, oferece, com frequência, ao leitor, uma Ŗespécie de roteiroŗ para que a leitura e a interpretação se aproximem daquelas desejadas por ela. A correspondência de Yourcenar nos dá informações valiosas acerca desse posicionamento autoral com relação a sua escrita e a sua vida. As cartas nos mostram, sobretudo, a autora – Marguerite Yourcenar – pseudônimo criado a partir de um anagrama de Crayencour e adotado oficialmente a partir da aquisição da nacionalidade estadunidense. De acordo com Bruno Blanckeman, trata-se de Ŗuma ficção que ganhou corpoŗ. Esse estudo busca, portanto, analisar as cartas a partir desse Ŗapagamentoŗ de Marguerite de Crayencour e da visibilidade de Yourcenar enquanto autoridade sobre o texto. Pretende-se analisar, desse modo, a expressividade da construção de uma cenografia autoral (José-Luis Diaz), ou seja, a criação de meios e de cenários utilizados pela escritora para fixar sua identidade autoral e agir a partir desse eu-autor/autoridade.

Link: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6047

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A Dama do Mar de Ibsen: uma recriação cênica por Bob Wilson no Brasil

STAEHLER, Helena Cecilia Carnieri. A Dama do Mar de Ibsen: uma recriação cênica por Bob Wilson no Brasil. Dissertação (Mestrado em Letras) – UFPR, 2016.

Palavras-chave: A dama do mar; Adaptação; Robert Wilson; Henrik Ibsen; Susan Sontag; Teatro contemporâneo.

Resumo: A montagem teatral realizada por Robert Wilson a partir do texto-fonte A dama do mar (1888), de Henrik Ibsen, e de sua reescritura por Susan Sontag (1997) coloca em foco elementos como a voz, a luz, o cenário, a movimentação, a sonoplastia, ou seja, dá ênfase à visualidade e sonoridade. Este estudo analisa os mecanismos utilizados na transposição da obra original para a obra final, passando pela adaptação textual por Sontag, no contexto dos estudos da adaptação. É analisado o processo como a peça é transformada a partir das escolhas de Sontag, como os monólogos de frente para a plateia e a inclusão de textos folclóricos, e da estética de Wilson, que potencializa o substrato simbólico da peça com seu cenário e iluminação repletos de poesia, atuações que simulam o movimento de marionetes, gestual preciso e diálogos e movimentos propositadamente artificiais. Dentre os recursos utilizados para a análise, destaca-se a gravação em DVD do espetáculo apresentado em São Paulo em 2013 e a memória do espetáculo assistido ao vivo pela autora no mesmo ano; a peça de Susan Sontag publicada no Brasil pela editora n-1; entrevistas com atores da montagem, com o tradutor do texto de Sontag e o biógrafo da escritora, entre outras, e críticas sobre o espetáculo publicadas na mídia geral e especializada. A fundamentação teórica é proporcionado pelos estudos de Patrice Pavis, Linda Hutcheon, Robert Stam, Hans-Thies Lehmann, entre outros.

Link: https://hdl.handle.net/1884/45496

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Os elementos visuais do espetáculo no processo criativo do ator

MOURA, Luiz Renato Gomes. Os elementos visuais do espetáculo no processo criativo do ator. Tese (Doutorado em Artes) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2019.

Palavras-chave: Atores Estudo e ensino, Representação teatral, Criação (Literária, artística, etc), Cenografia.

Resumo: O objeto desta pesquisa é a problematização das relações possíveis entre o processo criativo do ator e os elementos visuais do espetáculo. As reflexões são fruto da percepção e experiência do pesquisador, como ator na Cia. de Teatro Engenharia Cênica. As investigações conceituais que constituíram a pesquisa estão baseadas em referenciais teóricos que discutem a cena, o trabalho de ator e os elementos visuais do espetáculo, especialmente a iluminação cênica, cenografia, figurino e maquiagem. Com base nesse estudo, foram criados princípios eestratégias que podem propiciar diálogos entre os elementos visuais e o ator na gênese da criação da cena. Com esta tese, o autor pretende contribuir para ampliação dos estudos sobre os elementos visuais do espetáculo, em especial as relações que podem ser estabelecidas para o aprofundamento das pesquisas sobre o processo criativo de ator.

Link: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/LOMC-BDRMHA

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O papel da cenografia na obra de Federico Fellini: Importância e significados do espaço cênico em Julieta dos espíritos eSatyricon

SANTOS, Eduardo Andrade dos. O papel da cenografia na obra de Federico Fellini: Importância e significados do espaço cênico em Julieta dos espíritos eSatyricon. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Universisdade Federal de Minas Gerais, 2007.

Palavras-chaves: Fellini, Federico, 1920-1993 Dolce Vita, Diretores e produtores de cinema Itália, Fellini, Federico, 1920-1993 Satyricon, Fellini, Federico, 1920-1993 Julieta dos Espíritos, Estudios de cinema, Cenografia.

Resumo: O objetivo desta pesquisa é estudar a cenografia como elemento ativo no discurso narrativo e como elemento essencial no processo de construção da imagem na obra do diretor italiano Federico Fellini. O primeiro capítulo enfoca La Dolce Vita (1960) como o ponto de transição na obra do diretor: a partir deste filme Fellini passa a usar o estúdio como uma das principais ferramentas no desenho de sua estética peculiar. O segundo capítulo apresenta uma análise geral da estética cinematográfica de Fellini através do levantamento de aspectospresentes na personalidade e na obra do artista. O terceiro capítulo apresenta uma análise do formato estético de Julieta dos espíritos (1965), primeiro longa-metragem em cores realizado pelo diretor, enfocando a cenografia como vetor ativo na construção do discurso narrativo. O quarto capítulo analisa Satyricon (1969) destacando o caráter pictórico de suas imagens e a importância da cenografia no processo de composição visual do filme.

Link: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/JSSS-7WLH26

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